Apesar de ser uma secretária muito competente, com um currículo de dar inveja, tem uma coisa que Mila nunca conseguiu: o amor e a atenção de Hans, seu chefe na gravadora Mancini.
Cansada de ser desprezada, ela resolve dar uma lição em Hans, fingind...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
MILA
Dias depois...
Apenas uma semana se passou desde o acidente e minha vida tem se resumido a esperar o Guto acordar. Eu não quero sair do lado dele em momento nenhum porque tudo que eu quero é ser a primeira pessoa que ele vai ver quando acordar, que nem todos os dias.
A formatura da turma dele aconteceu e fizeram até uma homenagem pro Guto entrando com uma foto dele no dia. Mandaram fotos pra gente. Fiquei um pouco triste porque era uma coisa que ele queria muito.
O carro que causou o acidente foi encontrado abandonado naa saída de São Paulo. Seja lá quem tivesse sido, ou fugiu pela mata ou encontrou outra pessoa no caminho. Não vi mais ninguém parecido com o Hans, mas não quero acreditar que foi só coisa da minha cabeça.
— Ow Mila, você não quer voltar na pensão pra tomar um banho, comer alguma coisa e mudar de roupa? Eu tô aqui. Posso ficar com meu irmão. Se ele acordar, eu te ligo.— Chicão pergunta pra mim quando entra no quarto de novo.
— Eu...não quero sair do lado dele, Chicão. E se acontecer alguma coisa e eu não estiver aqui?
— Eu ligo pra você, Mila. Cê ouviu aí as coisa que o doutor falou hoje. Os batimentos do Guto tão normal. Quando ele tiver que acordar, ele acorda!
— Mas você não acha que tá demorando demais não?
— O meu irmão sempre foi meio devagar né...vai ver que pra isso ele também deve ser.— Chicão diz e é a primeira vez em dias que eu solto uma risada.
— Ai, Chicão! Só você mesmo viu? — digo rindo— Mas tá bom. Vou dar uma passada em casa. Se alguma coisa mudar, você me liga imediatamente, tá bom?
— Sim, capitã! Vai tranquila. Se quiser, pode até tirar um cochilo!
— Como se eu fosse conseguir dormir...— digo em um suspiro e saio do hospital, com um segurança me levando no carro até em casa.
— Oi, filha! Como que o Guto tá?— meu pai diz na recepção da pensão. Ele tá tendo que se desdobrar pra dar conta da pensão e do restaurante pra me deixar mais livre pra ficar com o Guto no hospital.
— Na mesma, pai...nenhuma melhora, mas também nenhuma piora. E por aqui? Como as coisas estão?
— Boas. A Chantal e a Lupita me ajudam de vez em quando na recepção e no restaurante então, tá dando pra levar.
— Ai, que bom, pai. Eu vou...tomar um banho e descansar um pouco pra voltar pro hospital...
— Tá bom, filha. Eu vou preparar alguma coisa pra você comer.
Sorrio agradecida e subo pro meu quarto, escolhendo uma roupa e entrando no banheiro pra tomar banho.
Depois de comer alguma coisa, saio de casa e olho pra ver se o segurança está por perto. Vejo que ele se aproximava com o carro e paro pra mexer no celular, avisando pra Chicão que já estava a caminho.