12-everything that was happy is over

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Dona Rosa deixou as crianças na sorveteria enquanto aproveitava a oportunidade para explorar a cidade. Com um sorriso no rosto, ela se despediu, sabendo que estava deixando os pequenos em um lugar seguro.

Assim que as crianças chegaram ao local, seus olhos brilharam como estrelas. A sorveteria era um verdadeiro paraíso de doces: vitrines recheadas de sorvetes coloridos, bolos decorados e uma variedade de guloseimas que pareciam ter saído de um conto de fadas. O cheiro doce no ar era irresistível, e as risadas das crianças ecoavam felizes enquanto elas corriam de um lado para o outro, admirando cada delícia.

Rebeca e Simone, observavam com alegria. Elas queriam fazer todas as vontades dos pequenos, pois não havia maneira melhor de celebrar a vitória recente do que ao lado deles, compartilhando momentos de pura felicidade. A energia contagiante das crianças fazia o coração delas transbordar de amor e gratidão.

- Olha aquele sorvete arco-íris! - exclamou Elis, apontando para uma taça impressionante repleta de camadas coloridas.

- E aquele bolo de chocolate! - gritou Liam, com os olhos arregalados diante da iguaria.

Rebeca e Simone trocaram sorrisos cúmplices; elas estavam determinadas a proporcionar um dia inesquecível. Cada escolha do cardápio parecia ser uma nova aventura, e cada risada ecoava como um lembrete do quanto aquelas pequenas vitórias eram importantes.

No entanto, a alegria teria que acabar.

-Então... A gente trouxe vocês aqui porque temos que conversar.-começou simone

-vocês viram que competimos em grupo, agora vocês lembram oque vem depois?- Rebeca perguntou as crianças

-dividual geial- Elis falou enquanto se lambuzava com o sorvete colorido

-isso mesmo pequena!

-No individual geral o Liam vai ter que ficar com o papai dele, certo?

-NÃO.- as duas crianças que estavam entretidas com os doces logo pararam de comer

-Liam você tem que ir.

-Não vou. Liam vai ficar com a vovó Rosa.- falava com convicção

-Elis no quer ficar sem Liam.- falava a pequena com a voz embargada

Naquele momento o coração das duas apertou, era difícil ver as crianças reagindo daquela maneira.

-mas é só até as mamães ganharem a medalha, não demora muito, vocês viram ontem...depois o Liam vai pra vovó Rosa de novo!

-Papai não ama Liam.- Liam falava com lágrimas nos olhos

- quem disse que o papai não ama o Liam?

-São os atos mommy não as palavas

-Até um criança tem consciência disso- Rebeca falou baixo

-ele não vai errar com você meu amor, é só na hora do jogo, nem da tempo minha vida... Olha oque ele falou de você - Simone disse o entregando o telefone

"Esta medalha simboliza não apenas o talento dela, mas também a força e a determinação que ela tem para superar desafios.
E o melhor de tudo é que essa conquista é dedicada ao nosso filho Liam. Ele é a razão pela qual ela se levanta todos os dias disposta a dar o seu melhor. Ver a alegria nos olhos dele ao assistir à sua mãe competindo e vencendo é algo que não tem preço. Essa medalha representa o amor que temos como família e os sonhos que estamos realizando juntos. Estou tão emocionado por testemunhar esse momento histórico, e mal posso esperar para celebrarmos essa vitória em família!"

-É metira.- Liam falou paralisado

-Que? Não meu amor... Claro que não...

Liam começou a chorar como uma criança desesperada, uma criança triste, uma criança que foi traída ou até abandonada.... Uma criança sozinha em seus próprios sentimentos.

E sua mãe, que não sabia oque fazer, apenas chorava nos braços de Rebeca repetindo inúmeras vezes "eu sou uma mãe horrível", "eu não acertei um pai pro meu filho" , "porque comigo?", "onde eu errei"

Rebeca estava tão atordoada que não sabia se acalmava Liam ou se acalmava Simone, aquilo tinha virado um completo caos, estava saindo de controle.

-Liam, não choia, voxê não tá sozinho, a Eîs tá aqui... Eu te amo Liam- Elis falava o abraçando

-Tá doendo muito Elis- Liam falava soluçando

-onde?

-no sentimento.

-E se um passarinho cantar
Levará o som por intermédio
Pra curar saudade o remédio
Achar o seu anel estrela
Entre o céu e o mar
Resta sempre alguma esperança
Na morada da insegurança
Você sabe que eu vou chegar
Hoje eu saio no vento só pra te buscar- Elis cantava a música que sua vó cantava pra eles toda noite

Liam foi se acalmando a cada palavra da menina

-Eu te amo Lilica- Liam falava emocionado

-Eu também te amo Lili. Eu vou sempe estar com voxê, mesmo a vida te fizer tiste.

Agora quem chorava era Rebeca olhando a cena enquanto imaginava como ia ser quando voltassem para o Brasil. Maior pecado seria separar aquelas crianças (como diz o povo da igreja: é o fim dos tempos)

Naquele momento a única pessoa que já não tinha mais lágrimas nos olhos era Elis. A única coisa que ela queria era ver seu amigo bem.
...

Depois de todos se acalmarem Liam falou que iria com o pai, para não ver a sua mãe sofrer quando voltassem para casa.

Agora os quatro estavam ali em silêncio apenas aproveitando a presença um do outro, mas aquele clima não durou muito tempo. Fora da sorveteria estava se armando um barraco, e as vozes que estavam gritando era bem conhecidas.

-VOCÊS TÃO MALUCOS PORRA. OLHA A FALTA DE RESPEITO VOCÊS SÃO UM BANDO DE SEM NOÇÃO- Flávia gritava com os fotógrafos que estavam do lado de fora da sorveteria tirando fotos das crianças pela porta de vidro

-PODE APAGAR TUDO, SE NÃO EU ACABO COM VIDA DE CADA UM DE VOCÊS.- Lorrane gritava estressada

-ELAS VÃO PRECISAR REPETIR OU EU VOU TER QUE IR A DELEGACIA? NINGUÉM AQUI DEU AUTORIZAÇÃO PRA EXPOR O ROSTO DAS CRIANÇAS DESSA FORMA- Jade gritou

O telefone de Rebeca toca tirando um pouco a atenção na discussão e é um número desconhecido, oque é estranho pois ninguém tinha acesso ao seu número

Ligação on
-Diz pra sua amiga Simone que o próximo escândalo que ela se meter o filhinho dela vai rodar.
Ligação off




Entre dores e amores- Rebeca Andrade e Simone Biles Onde histórias criam vida. Descubra agora