X - O Caos se Aproxima

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Josh estava sentado no sofá de seu apartamento, a luz suave do pôr do sol iluminando o ambiente. Ele estava imóvel, perdido em seus próprios pensamentos. Seus dedos tamborilavam nervosamente no braço do sofá, enquanto a mente se recusava a desacelerar. Depois de ter ajudado Marco a levar Noah para casa, tudo parecia ter tomado proporções maiores do que ele jamais poderia imaginar. A ideia de um tribrido — algo que ele considerava uma lenda ou, no máximo, uma história para assustar crianças sobrenaturais — era agora uma realidade inegável. E essa realidade tinha um nome: Noah Urrea.

Josh suspirou, passando a mão pelo cabelo, enquanto tentava processar o turbilhão de pensamentos.

— Como algo assim pode existir? — ele se perguntou em silêncio. Era como se a existência de Noah fosse um paradoxo. Um tribrido não deveria ser possível, mas ali estava ele. Um ser que carregava dentro de si a essência de três raças distintas — lobo, bruxo e vampiro.

Josh não conseguia afastar a imagem dos olhos de Noah misturando as características de lobo e vampiro. As presas afiadas combinadas com o olhar predatório e a aura mágica que o cercava.

— "Ele é um caos ambulante" — pensou Josh. Não apenas por causa do poder latente dentro de Noah, mas pelo que ele representava para o mundo sobrenatural.

A descoberta de Noah como tribrido era algo que, se viesse à tona, poderia causar uma guerra entre as raças. Lobisomens, bruxos e vampiros sempre estiveram em conflito por território, poder e sobrevivência. Se as lideranças sobrenaturais descobrissem que um ser que carrega o poder das três raças existe, não demoraria para que quisessem usá-lo a seu favor ou destruí-lo antes que se tornasse uma ameaça. O pensamento fez um arrepio percorrer a espinha de Josh. Ele podia ver os clãs vampíricos, alcatéias de lobisomens e até covens de bruxos se mobilizando para capturar ou eliminar Noah. O caos seria inevitável.

Josh sabia que o segredo de Noah precisava ser protegido a qualquer custo. Ele precisava manter Noah seguro e, ao mesmo tempo, garantir que ninguém descobrisse o que ele realmente era. Mas como fazer isso quando o próprio Noah parecia estar à beira de perder o controle? Josh fechou os olhos por um momento, tentando pensar em uma solução. Ele queria proteger Noah, não apenas porque se importava com ele, mas também porque sabia que o mundo não estava pronto para alguém como Noah.

Quando abriu os olhos novamente, havia uma determinação renovada em seu olhar.

— Eu vou proteger você, Noah — ele murmurou para si mesmo. — Mesmo que isso signifique enfrentar meu próprio pai ou qualquer outro que venha atrás de você. — Mas, no fundo, ele sabia que isso não seria fácil. Noah era uma força incontrolável, uma mistura de poderes tão distintos que qualquer pequena falha no equilíbrio poderia significar destruição para ele e para todos ao seu redor.

Josh se levantou do sofá, sentindo a necessidade de fazer algo, qualquer coisa para tentar aliviar a pressão em sua mente. Ele caminhou até a janela, observando as luzes da cidade começarem a se acender.

— "Se descobrirem o que ele é, o que vai acontecer? Quem vai caçar quem?" — ele refletiu. As possibilidades eram aterrorizantes, mas, ao mesmo tempo, ele não conseguia evitar um certo fascínio pela singularidade de Noah.

Ele precisava encontrar uma maneira de manter Noah seguro, de ajudá-lo a controlar suas habilidades e, ao mesmo tempo, garantir que o segredo permanecesse escondido. No entanto, Josh sabia que eles não estavam sozinhos. Ele sentia no ar, em sua própria intuição vampírica, que outros olhos estavam observando. Pessoas que estavam à espreita, esperando o momento certo para agir.

Josh não deixaria isso acontecer. Ele faria o que fosse necessário para proteger Noah, mas sabia que o tempo estava contra eles.

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