19 - Camilla Coppola

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Camilla presa no porão da mansão dos Coppola

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Camilla presa no porão da mansão dos Coppola

Camilla Coppola

A mansão da família estava silenciosa, via que todos os soldados estavam me olhando com pena enquanto meu pai dava as novas regras da casa, onde ele dizia a todos olhando para mim.

— Essa garota é apenas um peso, a partir de hoje ela não tem mais o meu sobrenome, ele está morta a partir de hoje para todos vocês, não a quero circulando pela mansão e aconselho ficar reclusa no porão até que a envie para Oleg! — Mantenho a cabeça erguida, sem temer nenhuma retaliação.

Na verdade, anseio que ele me bata o suficiente para me matar, assim não será necessário partir para Rússia e viver uma vida de merda ao lado daquele monstro. Quando Denaro se afasta meu olhar vai para Letícia e vejo a marca avermelhada na maçã do seu rosto me sentindo culpada.

— Fica quieta! — Ela diz mexendo apenas os lábios.

Meu olhar também vai para Andreia e Fabrizio, sei que eles vão encontrar uma forma para me tirar daqui, ainda não sei como será. Mas tenho certeza que tudo dará certo.

Depois de toda a ceninha que Denaro fez para os funcionários da casa, um de seus soldados mais fiéis me leva para o porão sujo que há em casa. Ouvia gemidos de dor vindo de um área no fundo do porão.

— Sinto muito senhorita, mas preciso deixá-la aqui! — O soldado diz.

E naquele momento percebo o quanto é difícil a vida deles, muitas vezes aquilo que eles acreditam, precisa ser escondido sob uma fachada de um servo bom e fiel. Olho para o soldado e apenas confirmo com a cabeça. Ouço a porta sendo aberta novamente e vejo Andreia entrando e puxando a mala que voltou comigo de Nova York.

— Senhorita, só foi permitido que trouxesse essa mala com roupas para você! — Andreia diz e o vejo sinalizar com os olhos para a mala.

— Obrigado Andreia... — Digo e pego a mala de sua mão.

Sinto quando o seu polegar toca em minha mão e massageia entre o meu indicador e o polegar, de certo modo aquilo me acalma mesmo que naquele momento o meu desejo fosse estar novamente entre os braços do Bispo que me fez a sua mulher.

Fecho os olhos e suspiro sabendo que todos eles me ajudarão a sair daqui, não sei como, mas sairei dessa.

Alguns Dias Depois

Denaro não deixou de cumprir nenhuma das promessas que me fez, ele vem me deixando a pão e água nesse muquifo que usa para torturar os seus ratos. Para piorar os meus dias nesse lugar, sou obrigada a assistir às torturas que fazem nesse buraco.

Já era tarde da noite podia ouvir o moribundo agonizando depois de ser açoitado por Denaro que a cada golpe olhava para mim com fúria. Via que o infeliz ainda estava vivo e implorava pela morte. Olhando para os golpes abertos que o coitado tinha pelo corpo, fez ter certeza que quando ele açoitava podre coitado, o seu desejo eram que eu estivesse no lugar daquele rato que ousou roubar bem embaixo de seu nariz.

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