Capítulo 10: O Coração da Tempestade

4 0 0
                                    

A batalha em Valtoria estava em seu auge, e a cidade parecia estar em um estado constante de caos e destruição. O cerco continuava feroz, e as forças de Satuzen não mostravam sinais de recuar. Asuna e Eryon estavam no centro dos esforços de defesa, lutando com toda a força que tinham para proteger a cidade e manter a barreira ativa.

Zarathos, o Destruidor de Mundos, liderava a ofensiva com uma força devastadora. Seu poder era imenso e parecia quase insuperável. A barreira criada pela Espada Celestial e o Amuleto da Luz Eterna ainda resistia, mas o custo para manter a proteção estava se tornando cada vez mais alto.

Asuna estava exausta, mas sua determinação não vacilava. Ela estava concentrada em manter o poder do amuleto e garantir que a barreira permanecesse intacta. A Espada Celestial estava ao seu lado, emitindo um brilho intenso que iluminava a cidade durante a noite.

Eryon, embora ainda se sentisse à margem do grande confronto, estava fazendo tudo o que podia para ajudar. Ele corria de um lado para o outro, assistindo os soldados e ajudando na coordenação das defesas. A batalha estava empurrando todos ao limite, e Eryon estava determinado a fazer sua parte, mesmo que fosse apenas um pequeno fragmento no grande esquema da luta.

Em um momento de calma relativa, Asuna se aproximou de Eryon enquanto ele ajudava a organizar os suprimentos. A preocupação estava evidente em seus olhos, e ela parecia cansada, mas ainda resoluta.

— Eryon, precisamos reforçar a defesa da barreira — disse Asuna, sua voz carregada de tensão. — A força de Zarathos está crescendo e a barreira não vai resistir por muito mais tempo.

Eryon acenou com a cabeça, compreendendo a gravidade da situação. Ele sabia que a resistência da cidade estava em um ponto crítico, e qualquer falha poderia significar a ruína de Valtoria. Com um esforço renovado, ele se dirigiu para os soldados e começou a organizar uma defesa mais robusta, buscando maneiras de fortalecer a resistência da cidade.

No meio da batalha, a figura de Vespera, a Senhora do Caos, fez sua entrada. A presença dela foi imediatamente sentida através de uma onda de desespero e tumulto. As emoções dos soldados e habitantes de Valtoria começaram a desmoronar, e a discórdia se espalhou como um vírus.

Asuna, percebendo o impacto de Vespera, concentrou-se em combater o efeito corrosivo da sua influência. Ela canalizou o poder do Amuleto da Luz Eterna para criar um campo de proteção que mitigava, pelo menos em parte, a influência de Vespera. O brilho do amuleto parecia lutar contra a escuridão emocional, mas a pressão estava se tornando insuportável.

Enquanto a batalha continuava, Eryon teve um vislumbre de uma possível solução. Ele se lembrou de uma história antiga que seu pai lhe contara sobre um antigo ritual de união que poderia potencialmente reforçar a proteção da barreira se realizado no momento certo. Com uma nova onda de determinação, ele procurou Asuna para compartilhar sua ideia.

— Asuna, há um ritual que poderia ajudar a fortalecer a barreira. Não tenho certeza se funcionará, mas pode ser nossa única chance.

Asuna olhou para ele com uma expressão de surpresa e esperança. Apesar da exaustão, ela estava disposta a tentar qualquer coisa para salvar a cidade.

— Se você acha que pode funcionar, então vamos tentar. O que precisamos fazer?

Eryon explicou os detalhes do ritual, e Asuna começou a reunir os recursos necessários. Enquanto isso, a batalha ao redor deles continuava, com a situação se tornando cada vez mais desesperadora. Cada momento era crucial, e a coordenação e o foco eram essenciais para a sobrevivência de Valtoria.

Com os preparativos em andamento, Eryon e Asuna realizaram o ritual no centro da cidade, onde a Espada Celestial e o Amuleto da Luz Eterna eram os focos principais. O ritual exigia uma conexão profunda entre os artefatos e a energia mágica da cidade. À medida que realizavam o ritual, uma aura brilhante começou a se formar, e a barreira ganhou uma nova força.

A influência de Vespera começou a enfraquecer, e as forças de Satuzen foram temporariamente desaceleradas. A batalha não havia terminado, mas a resistência de Valtoria havia recebido um impulso crucial. A esperança se reacendeu, e os soldados e cidadãos lutavam com renovada coragem.

No entanto, a batalha estava longe de ser vencida. A força dos demônios continuava a ser uma ameaça, e a cidade ainda estava em perigo. Mas o esforço de Eryon e Asuna fez uma diferença significativa. A resistência estava se fortalecendo, e a luta pela sobrevivência continuava.

O futuro de Valtoria ainda era incerto, mas a determinação de todos os envolvidos estava firme. Eryon, embora ainda se sentisse um simples espectador, havia encontrado seu lugar na batalha. Sua coragem e dedicação estavam começando a ser reconhecidas, e a lenda que ele se tornaria estava se formando a cada dia.

Eryon, O Último NaraOnde histórias criam vida. Descubra agora