Ornoung, percebendo que o clima estava ficando pesado, decidiu mudar o foco da conversa e colocou a mão suavemente no ombro da amiga. — Vamos, venha comigo ao bar. Precisamos relaxar um pouco. Deixe Freen se divertir. Ela merece um pouco de leveza.

Nam hesitou por um momento, mas finalmente cedeu com um suspiro profundo, seguindo Ornoung para o bar. Mesmo enquanto se afastavam, ela continuava a lançar olhares para Freen e Becky, a inquietação ainda pesando em seus pensamentos.

Freen, por outro lado, sentiu-se finalmente capaz de respirar um pouco mais aliviada com a saída de Fai, mas o clima entre ela e Becky permanecia carregado. Enquanto a festa seguia, as duas continuavam próximas, mas o que havia começado como uma noite de diversão para a escritora estava se tornando algo muito mais complexo e inescapável.

A festa rolava e a pista de dança tomada por um mar de convidados que se moviam ao som de músicas internacionais e tailandesas, todas comandadas por um DJ que sabia exatamente como manter a energia do lugar vibrante. A luz ambiente refletia em cores pulsantes, criando um cenário que fazia qualquer um querer se perder no ritmo contagiante da música. Freen, depois de passar algum tempo com Becky, afastou-se por um momento para cumprimentar alguns amigos. Ela não queria deixá-la sozinha por muito tempo, mas achou que seria bom socializar com outros rostos conhecidos.

Enquanto isso, Becky, que se sentia um pouco deslocada no mundo de rostos desconhecidos, aproximou-se do bar e pediu um drink sem álcool. Observando o salão e as pessoas que dançavam com entusiasmo, ela sorriu, apreciando o clima da festa. O lugar estava cheio de energia, e a atriz de alguma forma gostava disso, mesmo sendo mais reservada em certos aspectos.

De repente, ela sentiu alguém se aproximar, e quando olhou para o lado, foi surpreendida por Sud, seu colega de trabalho. Ele abriu um largo sorriso ao vê-la.

— Becky! — O ator exclamou, indo diretamente abraçá-la com entusiasmo.

A britânica riu, retribuindo o abraço, embora um pouco surpresa. — Sud! O que você está fazendo aqui?

Sud deu de ombros, com um ar casual. — Eu conheço a Fai há anos. Somos amigos de longa data. Você parece surpresa, como se eu tivesse caído de paraquedas aqui. — Ele riu.

Rebecca piscou, claramente surpresa. — Sério? Não fazia ideia. O mundo é realmente pequeno.

— Pequeno mesmo! — O ator respondeu, dando uma olhada ao redor, antes de fixar os olhos nela de novo. — Mas, honestamente, estou mais surpreso de ver você aqui. Pelo pouco tempo que te conheço, achei que você era mais do tipo caseira, quietinha.

Ela riu de sua observação, balançando a cabeça. — Ah, eu sou, na maior parte do tempo. Mas, às vezes, é bom sair um pouco da rotina.

Sud sorriu, mas não deixou passar a chance de brincar mais um pouco. — Bom saber que você tem seu lado festeiro. — Ele fez uma pausa e apontou para a pista de dança com o queixo. — Que tal mostrar alguns passos? Vamos dançar.

A britânica olhou para ele com uma mistura de hesitação e diversão. — Dançar? Eu? Não sou muito boa nisso, Sud.

Ele não aceitou a desculpa e insistiu, rindo. — Ah, vai. Ninguém aqui é profissional, e a música está ótima. Eu não vou aceitar um "não" como resposta.

Becky, encurralada pela insistência divertida do ator, suspirou, mas com um sorriso no rosto. — Tá bom, mas não vá reclamar depois dos meus passos desajeitados!

— Desajeitada ou não, vamos lá! — Ele a puxou para a pista de dança.

Freen, que estava cumprimentando amigos, notou o movimento de Becky na pista. Seus olhos seguiram cada movimento enquanto a britânica ria e tentava acompanhar Sud na dança. O sorriso de Becky, a forma como ela parecia se divertir, tudo aquilo despertou algo dentro da tailandesa. Uma pontada incômoda, algo que ela não queria admitir, mas não podia evitar: ciúmes. A atenção de Rebecca estava voltada para um homem, o que deveria ser natural, mas, de alguma forma, machucava.

Midnight RainOnde histórias criam vida. Descubra agora