Capítulo 40 - Abraço-Casa

1.1K 86 443
                                    

N/A: Oi, minha gente. Capítulo Especial da Meta do Projeto Autoras de 85K! Esse capítulo é gigantesco, meu Deus, espero que vocês gostem! Desculpem meu atraso, mas a vida fora da internet me é intensa demais.

Divirtam-se, votem e me contem nos comentários sobre o que acharam dos meus delírios dessa vez!

Beijos,

Annie

_____________________________________

"You're as smooth

As Tennessee whiskey

You're as sweet

As strawberry wine

You're as warm

As a glass of brandy

And honey, I stay stoned on your love

All the time..."(Tennessee Whiskey -Chris Stapleton)

__________

Diego acordou assustado, no sonho ele beijava seu amor até o amanhecer, respirou fundo sentando na cama, sentiu o coração subir na boca e começar a bater em sua gengiva, com a força de mil tempestades.

Ele estava alucinando ou tinha mesmo alguém batendo na porta.

Olhando no relógio: 02h02, bufou, as horas iguais o perseguiram.

Mais dois toques na porta.

Não podia ser ele, podia?

Ele tinha gravação cedo no Rio, não viria para São Paulo só para vê-lo uma noite...

Ou viria?

A respiração falhou.

O coração estava aprisionado entre os dentes, tão contido e algemado que sangrava.

O coração queria saltar pela boca, louco, desesperado, atrás de sua outra parte, aquela que faltava, aquela que Diego tinha deixado à sua revelia.

Levantou e andou tropeçando nas próprias pernas, o chão frio gerando choque em seus pés quentes.

Foi esbarrando em móveis como se desconhecesse o espaço físico de sua própria casa, porque era isso, não reconhecia aquele apartamento como lar.

Porque a casa da gente, na maioria das vezes, não se trata de um espaço geográfico, mas sim sobre em qual pessoa o nosso coração mora.

Ao chegar na sala correu como um bêbado em linha diagonal para a porta, como se o apartamento estivesse em chamas e sua única saída fosse aquela.

Abriu e sentiu o chão ser varrido de seus pés, uma sensação de gelado e quente se alternando como uma gangorra em seu estômago.

Amaury tinha a mão direita apoiada no batente, uma mochila nas costas, usava sua regata branca e uma calça jeans, com seus típicos tênis brancos.

Ele encarou Diego com um sorriso imenso e os olhos cheios de lágrimas, apenas abriu os braços e sentiu o menor se atirando contra ele com tanta força que o fez dar dois passos pra trás com o impacto, afundou o nariz no pescoço dele, Diego abraçou-o com as pernas, grudando-se nele, esfregando o rosto contra sua barba, cheirando-o, às mãos de Amaury subiam e desciam por sua costas, apertando, acariciando e arranhando.

Ambos tinham suspendido a respiração como se tivessem mergulhado.

Estavam embaixo d'água, naquele oceano infinito que era o amor deles, como sabemos pouco se conhece do fundo de mar, sua profundidade e o que ele abriga em segredo, assim é amor de Amaury e Diego, profundo e cheio de nuances escondidas.

Duas vezes vocêDonde viven las historias. Descúbrelo ahora