ELES PERMANECERAM ajoelhados e revoltados com a situação, se perguntavam a que ponto aquilo havia chegado?
— Querida, por favor — Han-Won falou, e logo após soltou uma risada. Escutaram a porta do carro bater, e passos se aproximarem. A mulher se aproximou e Han-Won sorriu.
— Min-ji? — Leah soltou em um quase murmúrio, incrédula, e sentiu o homem que a segurava apertá-la mais. A mulher, agora mais madura, com uma expressão neutra no rosto, caminhou até a Van, para checar se as barras eram realmente verdadeiras.
Tom e Matheo congelaram, se eles dessem o azar dela pegar uma barra falsa, Leah seria morta ali mesmo. Estavam suando frio, a humilhação era o de menos ali, já que eles realmente estavam preocupados com o estado em que a Ruiva se encontrava. O silêncio se fez presente enquanto todos os olhos estavam focados na mulher, menos os dos irmãos que ainda olhavam para baixo, ela pegou uma das barras, observou de perto, e balançou um pouco nas mãos, olhou para Han-Won e balançou a cabeça.
— É real — Os irmãos soltaram a respiração que não sabiam que estavam prendendo. Ela se aproximou, ficando ao lado do outro Coreano, passando o olhar de forma rápida em Leah, que a olhava incrédula.
— Muito bem, parece que você deu sorte, bonequinha, acabou... — Não concluiu sua fala, e escutaram um barulho de tiro pelo local, um homem, da gangue dos Ridlles estava escondido atrás da Van e havia atirado em cheio no cara que segurava Leah. Ela se soltou dos braços dele e correu para trás dos irmãos, que imediatamente levantaram sacando suas armas e atirando contra Han-Won que a essa hora já se encontrava atrás do carro com Min-ji.
Homens do Han-Won se aproximaram com armas, e homens dos Riddles também, ocasionando uma imensa troca de tiros. Leah se arrastou com dificuldade até atrás do carro, para ficar protegida, seguida dos irmãos que apareceram ao seu lado, ofegantes. Ela colocou a mão sobre o local onde havia tomado a facada, sangrava, a dor não era tão grande assim, talvez por causa da adrenalina que sentia.
— Sabe usar? — Matheo a entregou uma arma carregada, ela assentiu com a cabeça, ainda encostada no carro.
— Eles estão se aproximando, fiquem atentos. — Tom afirmou segurando a arma em posição para atirar.
Leah respirou fundo uma vez antes de agarrar a arma e se levantar, ficando em posição para atirar junto com eles.
A troca de tiros era intensa, Leah via sua vida passando diante dos seus olhos diversas vezes, mas estava sempre focada em algo maior que fazia ela nunca desistir, sua filha e vingança.
— MINHA MUNIÇÃO ACABOU! — Ela gritou enquanto se escondia novamente atrás do carro.
— A MINHA TAMBÉM! — Matheo também gritou se escondendo ao lado dela, Tom permanecia atirando, mas estavam fragilizados e em breve a munição dele acabaria, só um milagre para salvá-los agora.
Quando a munição de Tom acabou e eles se viram perdidos e protegidos por um carro perfurado por balas, implorando para que algo os salvasse, um barulho alto de ronco de motor foi escutado por todos, era Pansy, que chegava com estilo, parando o carro entre os dois grupos que trocavam balas até então. Ela carregava dois fuzis e atirava com eles através da janela do carro. Isso fez com que eles levantassem e corressem para trás do carro em que Pansy estava, Matheo abriu a porta do passageiro e viu que ali tinha outros fuzis, entregou um para cada e começaram a atirar junto com Pansy.
Agora eles estavam mais fortes, e isso fez com que alguns dos homens de Han-Won recuassem, e os outros caírem mortos no chão. Leah respirou fundo sentindo seu corpo dolorido e seu ferimento arder.
— Você precisa cuidar disso. — Mtheo falou enquanto se aproximava. — Vou esperar os carros aqui com Tom, vão levar a Van e depois vamos atrás deles, vai com a Pansy, ela te leva para um lugar seguro.
— Não quero ir. — Sussurrou negando com a cabeça. — Quero ficar com vocês.
— Você não pode, você não está em condições. — Respondeu enquanto segurava o rosto dela com as duas mãos.
— Você não tem ideia do que ele fez comigo Matheo... — Disse, contendo as lágrimas nos olhos. — Eu não vou descansar, enquanto eu mesma não matar aquele filho da puta. — Cuspiu as palavras e ele concordou, ainda repudiando a ideia.
— Tá bom. — Tirou a mão do rosto dela. — Vou ajudar Tom a tirar o ouro da Van, você fica aqui com Pansy. — Ela afirmou e ele foi até o irmão.
Se virou para Pansy que estava sentada no braço do carro, ofegante e com uma expressão aparentemente cansada.
— Tudo bem? — Perguntou, e quando a mulher ia responder, sangue saiu de sua boca, a ruiva se assustou e arregalou os olhos, correu para abrir a porta, vendo uma poça de sangue na barriga de Pansy. — Não!NÃO! — Gritou apavorada e colocou uma das mãos em cima da mão da amiga, fazendo pressão em cima do ferimento, lágrimas rolaram de seus olhos pensando na possibilidade dela morrer.
— Leah... — Sussurrou com dificuldade. A ruiva passou a mão pelo cabelo dela colocando-o atrás da orelha.
Nesse momento os riddles já correram até elas preocupados, e quando viram a cena se entreolharam.
— Muito...o-obrigada... — Sangue escorria de sua boca enquanto falava.
— Não..Não fala assim! — Negou com a cabeça enquanto se virava para os irmãos. — Liguem para alguém! Façam alguma coisa! — Pediu chorando desesperada.
— Não se preocupa...eu tô' tranquila. — Disse sorrindo com dificuldade. — Obrigada Tom, Matheo...vocês me salvaram.
— Para de falar assim! Você não vai morrer! — Gritou desesperada, tentando se convencer de que o fim dela não seria esse. — Você não pode morrer... — Sussurrou.
— Leah... — Colocou uma das mãos no rosto da mais nova, fazendo carinho em sua bochecha com o polegar. — Você foi a melhor amiga que eu poderia ter, muito obrigada...fala para a Soso...que eu... — Disse com mais dificuldade. — Amo.. — Parou de falar, seus olhos perderam o brilho, sua respiração ofegante se acalmou e a mão que estava na bochecha dela escorregou.
— Não!NÃO! — Gritou chorando desesperada. — Por favor!Não, não, não, não pode ser. — Negava com a cabeça implorando para que não fosse verdade, escutaram um barulho alto de carros se aproximando.
— Precisamos ir Leah! — Tom falou tocando nos ombros dela.
— Não!Não podemos deixar ela aqui! — Implorou choramingando.
— Ela vai com a gente, precisamos mesmo ir! — Matheo disse e a garota se debateu quando Tom a puxou pela cintura e a jogou no banco de trás fechando a porta, enquanto Matheo carregava o corpo de Pansy para o porta mala, deixando-o em cima das barras de ouro.
Eles entraram no carro, Matheo dirigia e Tom ia no banco do passageiro, Leah tentava conter às lágrimas, encolhida no banco de trás.
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Oi amores!!!
Quem é vivo sempre aparece, não é?Demorei porque eu tinha 0 criatividade para escrever.
Talvez esse seja o penúltimo capítulo😭
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Possessão - Tom e Matheo Ridlle
FanfictionOnde Leah é adotada por Regina Clarke e Felipe Bennet,com apenas 5 anos, teve uma infância traumática e sofrida, já que os pais só davam atenção para os irmãos e a tratavam como lixo. Até que decidem arranjar um casamento para ela. Possessão. (A fi...