𝐃𝐨𝐞𝐧𝐭𝐞

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|Com Hershel incapacitado pela perda da perna, a responsabilidade de aprender a ajudar Elizabeth em seu parto recaiu sobre Carol. Embora o clima no presídio fosse sombrio, Carol tomou a tarefa com seriedade. Ela sabia que, em um mundo sem hospitais, sem médicos, tudo dependia de cada um deles. E ela não podia permitir que Elizabeth enfrentasse aquilo sozinha, especialmente com a gravidez avançada e todas as complicações possíveis.

Nas semanas seguintes, Carol passou horas estudando os poucos livros médicos que encontraram em uma farmácia abandonada. Ela assistia Hershel, que, apesar de sua condição, explicava calmamente cada detalhe. A preocupação de Carol aumentava à medida que o parto se aproximava, especialmente porque Elizabeth, emocionalmente esgotada, mal conseguia esconder o peso de carregar uma criança sob aquelas circunstâncias.

As contrações começaram fortes e inesperadas, rasgando o silêncio da noite dentro do presídio. Elizabeth sentia cada espasmo como uma faca cravada em seu ventre, e logo o pânico a tomou. Ofegante, ela tentou se levantar, mas seu corpo cedeu, a dor a imobilizando.

Carl, que estava de guarda por perto, correu ao ouvir seus gemidos e se ajoelhou ao lado dela.|


Carl — Vou buscar ajuda!

— Não...Fica aqui... por favor.


|Carl hesitou, mas assentiu, posicionando-se ao lado dela e oferecendo suporte enquanto ela lutava contra as ondas de dor. Ele segurou um balde enquanto Elizabeth, nauseada, vomitava, e gentilmente acariciava suas costas em um gesto reconfortante. 

As horas passaram como uma eternidade, com ela apertando o braço de Carl a cada contração, lágrimas escorrendo pelo rosto dela. O suor escorria pela testa, e seu corpo tremia.|


— Carl... vai até a Carol... Diz pra ela que... o bebê está vindo.


|Carl olhou para ela, sem querer deixá-la sozinha, mas sabia que precisava buscar ajuda. Limpando as lágrimas dos olhos, ele assentiu.|


Carl — Vou correndo, volto já!


|Enquanto Carl sumia no corredor escuro do presídio, Elizabeth respirava fundo, tentando se preparar para o que estava por vir. Ela sabia que a dor só pioraria, e o medo tomava conta de seu coração, mas ao mesmo tempo, algo dentro dela se recusava a desistir.

A dor era intensa, quase insuportável, mas algo ainda mais preocupante começava a incomodá-la. Ela não sentia o bebê se mexer.|


— Não... por favor, não... 


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|As contrações continuavam a se intensificar, o corpo dela respondendo ao processo natural do parto, mas a ausência de movimento dentro dela fazia seu coração se apertar. Ela apertou os olhos, lutando para não perder a calma. Carl ainda não havia voltado, e o medo de perder o bebê, somado à dor física, quase a paralisava.

Quando Carl finalmente voltou, acompanhado de Carol e Maggie, Elizabeth estava pálida, suando frio, as mãos trêmulas segurando o lençol que a cobria.|


Carl — Ela está em trabalho de parto há horas.


|Carol, que havia passado as últimas semanas estudando tudo sobre partos com Hershel, ficou imediatamente ao lado de Elizabeth. Seus dedos ágeis começaram a examinar a barriga dela, o semblante concentrado, mas grave.

Maggie estava do outro lado, limpando o suor do rosto de Elizabeth com um pano molhado.

Sangue começou a escorrer pelos lençóis amarelados,como uma cascata implacável. Elizabeth arfou, seus olhos arregalados de terror enquanto sentia a dor aumentando, mas agora, com o líquido quente manchando sua pele, ela sabia que algo estava drasticamente errado.

Carol olhou para baixo, para o sangue que encharcava o tecido, e seus olhos se arregalaram. Sem hesitar, ela tomou o controle da situação, tentando acalmar os nervos. Mas o horror nos olhos de Elizabeth era evidente. O fluxo não cessava.

 Cada segundo parecia uma eternidade.

Os gritos ecoavam pela prisão, atravessando as paredes frias de concreto como lâminas cortantes. Elizabeth se contorcia de dor, o sangue se espalhando rapidamente ao redor de seu corpo. Carol, pálida e com as mãos trêmulas, lutava para manter o controle da situação, enquanto Maggie corria de um lado para o outro, buscando toalhas e água. Mas a quantidade de sangue era esmagadora.

Do lado de fora, Rick estava desesperado.|


Rick — Glenn, pelo amor de Deus, me deixa entrar!


|Ele gritava, sua voz rouca e carregada de desespero, enquanto batia na porta da cela onde mantinham Elizabeth durante o parto. Glenn, trêmulo, bloqueava a entrada, tentando seguir as ordens de Carol e Maggie.|


Rick — Eu preciso vê-la! Eu preciso estar lá!

Glenn — Não é seguro agora!

Rick — Ela precisa de mim! Eu não vou perder ela também!

Glenn — Estamos fazendo o melhor que podemos, Rick!

Maggie — Eu não sei o que mais fazer! O sangramento não para!


|Rick, ouvindo os gritos e choros desesperados, se jogou contra a porta, batendo com os punhos até que os nós dos dedos começassem a sangrar.

Maggie segurava o canivete com mãos trêmulas, os olhos arregalados de medo e incerteza. Cada segundo que passava parecia uma eternidade, e o som dos gritos de Elizabeth preenchia o ambiente, deixando todos ali em um estado de pânico silencioso. Ela hesitou, observando o sangue escorrendo pelas pernas de Elizabeth, cada gota uma evidência do que estava acontecendo.

Carol, com um gesto rápido, agarrou a mão de Maggie, afastando o canivete de sua proximidade.|


Carol — Não!Ainda não. Nós podemos fazer isso. Ela está dilatando mais... há uma chance.


THE  NIGHT  WE  MET - Rick GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora