"O Brasil tem cidades infestadas por crianças que vivem armadas e cometem furtos. Ninguém toma providências, ou acham que a única solução é encher as ruas de policiais. Essas crianças já têm uma vida de adulto e experimentam uma liberdade que algumas pessoas até invejariam."
Várias vezes os jornais policiais mostram a violência apenas de um lado. Estou sentado, comendo, vendo TV numa casa com a janela aberta. As notícias falam de uma facção cometendo furtos e tomando bairros. Eles são um grupo de meninos assaltantes. A PM atualizou suas viaturas – metade delas nem tem rodas, são como naves, e quase todas estão equipadas com armas pesadas. Enquanto isso, muitos desses garotos não têm sequer moradia, e metade deles perdeu os pais.
Essas crianças são desprezadas pela educação, pelas suas próprias famílias, e a maioria delas é cristã. Elas estão entregues à criminalidade e são conhecidas como 'Facção viatã', nome que vem do bairro onde vivem. O quartel deles é uma garagem, onde usamos IA e contrabandeamos chips para criar armas. Construímos robôs armados, e o comandante, um garoto de 13 anos, é o mais terrível de todos. O jornal comenta: 'É um absurdo! Cadê o juizado de menores? Os políticos não fazem nada?' Minha mãe, sentada, assiste a esses noticiários e comenta: 'A criminalidade só aumenta.' A TV continua, e o jornalista, um homem magro, fala com raiva: 'Tem que recolher esses criminosos! Eles não deixam ninguém dormir nesse bairro.
Saí de casa e fui para a garagem. 'Hoje temos que pegar alguns chips e trazer para cá', disse o comandante, explicando onde buscá-los. O lugar era a casa de José Silva, não muito longe, onde só moram pessoas brancas que têm poderes nas mãos. O avô dele veio de Portugal e se misturou com uma mulher indígena. A casa era um pouco grande, com um jardim no quintal.
Douglas', ele me chamou, 'você vai com esses garotos pegar os chips.' Dois meninos me acompanhavam: o primeiro, de 8 anos, vestia uma camisa verde e um mini short amarelo; o outro, de 10 anos, com pele retinta e cabelo crespo, carregava um revólver calibre 38. O terceiro garoto, de 13 anos, usava um bracelete vermelho, capaz de causar choques e disparar munição.
Na orelha, havia algo que parecia um comunicador, com um pequeno LED vermelho. Ele servia para, quando estivéssemos longe, chamar o grupo. O carro que usávamos era um Corsa modificado, com um LED laranja na traseira e vidros azuis.
O carro flutuava, um Corsa modificado, com rodas prateadas e LEDs laranja. Os garotos conversavam animadamente: 'Vou pegar logo as correntes.' Um deles acrescentou: 'E os diamantes, pega a visão.
No caminho, parecia que a lua me seguia. Ao virar uma rua, as pessoas estavam fora de casa, andando pela rua como se não tivessem medo do que poderia acontecer. Eu olhava fixamente para frente enquanto os garotos permaneciam quietos. Parei o carro em uma área com mato. A casa tinha um jardim, e o clima estava abafado. O jardineiro notou uma criança de 8 anos pulando o muro e ficou assustado. Ele se afastou imediatamente quando os garotos apontaram uma arma para ele.
ASSALTO
Seis minutos se passaram desde que os garotos amarraram o jardineiro e invadiram a casa. Eu entrei, rindo: 'Isso é um assalto.' José se assustou, e sua esposa deixou o copo cair no chão. 'Não façam nenhum movimento,' eu ordenei. A mulher começou a chorar.
José já havia sido julgado; ele mandou um PM matar seus rivais e, de certa forma, comprou a polícia. Os garotos pegaram um chip e um cordão de ouro, rindo. Enquanto isso, o jardineiro conseguiu se soltar e invadiu a casa com um facão. O garoto com o bracelete reagiu rapidamente, disparando um choque, e o jardineiro caiu. Ainda havia uma cápsula de IA. Depois de pegarmos tudo, corremos em direção ao jardim.
No jardim, havia uma criança, vestindo apenas uma camisa. Era o neto deles, que estava de visita. Ele olhou para nós e perguntou: 'Vocês são aqueles garotos?
Ele parecia ter 11 anos e estava molhado. Eu disse: 'Somos aqueles garotos.' Os meninos riram, e ele também riu. Era um garoto branco, com cabelos negros e uma camisa preta encharcada. Corremos para o carro enquanto ele ficava parado, apenas nos observando. Acelerei, e logo a polícia chegou com suas viaturas marrons. Começou uma perseguição. Um policial atirou no carro, e os garotos se abaixaram. O menino com o bracelete reagiu, disparando contra eles com o próprio bracelete." O garoto nadava na piscina nu?
Virei o carro para a esquerda e a viatura da PM, acelerada, capotou depois que o bracelete acertou nela. Acelerei mais e virei novamente pela esquerda, conseguindo chegar na garagem. 'Conseguiram?' perguntou o chefe, já esperando. 'Peguei a cápsula de IA e a bateria,' respondi.
Essa cápsula continha vários códigos para finalizar nossa arma: um robô, parecido com aquele do Robocop 2, que construímos usando partes de um carro. Uma menina e um menino se aproximaram e olharam para o projeto. 'Isso vai demorar um pouco,' disse o garoto. 'Os códigos aqui são bem complexos,' comentou a menina.
O robô estava armado com uma metralhadora e pintado de verde. 'Essa vai ser nossa arma contra a facção rival. Queremos tomar parte do bairro que a outra facção dominou.
O robô ainda precisa de melhorias.
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VIATÃ
ActionEm uma cidade devastada pela desigualdade, crianças se tornam protagonistas de um cenário dominado pela violência. Elas carregam fuzis e cometem furtos como parte da rotina, vivendo uma "liberdade" que poucos adultos conhecem. Mas essa liberdade é...