Era um sábado tranquilo e Maya, Flávia e Jade estavam reunidas no apartamento de Flávia. As três haviam decidido passar o dia juntas para relaxar e aproveitar um tempo em boa companhia. Enquanto Jade e Flávia conversavam animadamente sobre um novo projeto de ginástica, Maya estava deitada no sofá, aparentemente alheia à conversa.
Maya estava claramente incomodada, com um bico visível e uma expressão de dramatização que não passava despercebida. Flávia, que percebeu o desconforto da namorada, deu uma olhada para Jade, que já estava tentando segurar o riso.
— Você está bem, amor? — Flávia perguntou, inclinando-se para tocar o ombro de Maya.
Maya fez uma cara de quem estava profundamente ofendida e respondeu com um tom de drama exagerado.
— Não, Flávia. Eu estou aqui, tentando ser um suporte moral para a minha irmã, e parece que tudo o que você e Jade fazem é se divertir sem se preocupar comigo. — Maya cruzou os braços e deu um suspiro profundo, o que fez Jade não conseguir mais conter a risada.
— Ai, Maya, você é impossível — Jade riu, olhando para Flávia com um olhar divertido. — Não precisa ficar com ciúmes, nós só estamos conversando sobre ginástica nada pessoal
Flávia riu também, balançando a cabeça.
— Ah, eu entendi o que está acontecendo aqui — Flávia brincou. — Você está com ciúmes da minha amizade com a Jade, não é?
Maya fez um bico ainda maior, mas não conseguiu manter a expressão por muito tempo, já que a risada de Flávia e Jade era contagiante.
— Tá bom, tá bom. Eu só não gosto de ficar de fora das conversas — Maya admitiu, finalmente soltando um sorriso.
— Você está sempre incluída, amor — Flávia disse, envolvendo Maya em um abraço apertado. E deixando um selinho em seus lábios — É só que às vezes Jade e eu temos essas conversas de amigas, e você fica tão fofa quando faz drama.
Jade concordou, dando um tapinha amigável no braço de Maya.
— E é por isso que amamos você. Agora, venha cá Vamos falar sobre algo que te interesse também, o Flamengo talvez.
Maya sorriu, aceitando o convite e se juntando à conversa, agora com um olhar mais relaxado e divertido. As risadas e a leveza do momento ajudaram a dissipar qualquer ciúmes restante, e o trio continuou a tarde com uma sensação de harmonia e diversão.
Depois que Jade foi embora, o clima no apartamento de Flávia mudou um pouco. O riso e a animação que tinham preenchido o espaço começaram a dar lugar a um momento mais íntimo entre Maya e Flávia. A atmosfera estava suave, com a luz do fim da tarde filtrando-se pelas cortinas, criando um ambiente aconchegante.
Flávia se virou para Maya, que ainda estava sentada no sofá, com um olhar pensativo. A expressão de ciúmes anterior tinha desaparecido, mas Flávia podia perceber que algo ainda incomodava a namorada.
— Ei, você está bem? — Flávia perguntou, se aproximando. — Não precisa ficar assim só porque a Jade foi embora.
Maya sorriu, mas era um sorriso meio forçado.
— É só que... eu me sinto meio deixada de lado às vezes, sabe? — Maya disse, mordeu o lábio. — Às vezes, sinto que vocês têm uma conexão que eu não consigo alcançar, mesmo sendo sua namorada.
Flávia sorriu e se sentou ao lado dela, pegando a mão de Maya entre as suas.
— Maya, você é a pessoa mais importante da minha vida. A Jade é como uma irmã para mim, e eu adoro a amizade que temos, mas você é quem eu amo. — Flávia olhou diretamente nos olhos de Maya, procurando transmitir toda a sinceridade de seu coração. — Eu não trocaria isso por nada.
Maya sentiu seu coração aquecer com as palavras de Flávia. O que era uma preocupação boba agora parecia insignificante diante do amor que elas compartilhavam.
— Eu sei, eu sei. — Maya suspirou, sorrindo genuinamente agora. — É só que eu tenho que me lembrar disso de vez em quando.
Flávia deu um leve puxão na mão de Maya, puxando-a mais perto.
— Vamos fazer algo divertido para celebrar a nossa relação? — Flávia sugeriu, com um brilho nos olhos. — O que você acha de um filme e pipoca?
Maya sorriu, animada pela ideia.
— Isso soa perfeito! — disse, levantando-se. — Posso escolher o filme?
Flávia assentiu, seguindo Maya até a estante de filmes. Elas começaram a discutir opções, enquanto Flávia ia até a cozinha preparar a pipoca. O ambiente ficou leve novamente, recheado com risadas e brincadeiras sobre os filmes que Maya escolhia, sempre focando nas comédias românticas, enquanto Flávia tentava convencê-la a optar por um filme de ação.
Quando finalmente se acomodaram no sofá, cada uma com um cobertor e a tigela de pipoca entre elas, o mundo exterior parecia desaparecer. As preocupações sobre ciúmes e inseguranças foram sendo substituídas pela conexão intensa que compartilhavam, aquela que só aumentava com cada risada e toque.
No fim da noite, quando o filme terminou, Flávia olhou para Maya e disse:
— Eu amo passar tempo com você assim. Não importa o que aconteça, sempre estaremos juntas.
Maya assentiu, apertando a mão de Flávia.
— E eu amo você. Obrigada por sempre me lembrar disso.
Elas se inclinaram uma para a outra e trocaram um beijo suave, um lembrete perfeito de que, apesar das pequenas inseguranças, o amor delas sempre seria maior
Enquanto o filme começava, Maya e Flávia se aconchegaram no sofá, cada uma com um cobertor enrolado ao redor de si. Flávia escolheu uma comédia romântica, e logo a tela se iluminou com a história de um casal de lésbicas que estava lutando para formar uma família.
Conforme a trama se desenrolava, Maya assistia com atenção. O casal no filme enfrentava desafios, mas o amor e a determinação delas eram palpáveis. Em uma cena especialmente tocante, as duas mulheres adotaram uma criança e, juntas, criaram um lar cheio de amor e risadas.
— Olha como elas são fofas! — Flávia comentou, rindo quando uma das mulheres fazia caretas para o filho, que estava rindo.
Maya, por outro lado, se sentia cada vez mais emocionada. Ela não conseguia conter as lágrimas quando viu a cena em que as duas mães sentavam com a criança para contar histórias antes de dormir, envolvendo-a em abraços calorosos.
Flávia a olhou com um sorriso suave para Maya vendo a mesma em prantos
—Você tá chorando, amor—Flávia falou e puxou ela para um abraço apertado
—amor, eu quero tanto viver isso com você—Maya falava entre soluços junto ao peito da menor
— Eu também. — Flávia respondeu, abraçando a namorada e com um sorriso bobo— Acho que ter uma família é um sonho maravilhoso.
Maya riu entre as lágrimas e a felicidade, olhando para a tela novamente.
— E imagina se tivermos uma menina? — Maya disse, sorrindo. — Ela vai ser uma mistura de nós duas!
Flávia começou a rir, imaginando uma pequena versão delas.
— Com certeza, ela vai ser a mais teimosa e divertida! — Flávia brincou, fazendo gestos exagerados. — E você vai ficar tão protetora!
Maya deu uma risadinha, sentindo o coração aquecer.
— E você vai ser a mãe legal que sempre traz doces!—Maya disse se aconchegando no peito de Flávia fazendo desenhos em sua barriga
As duas se divertiram com a ideia, rindo juntas. O filme continuava, mas para Maya e Flávia, aquele momento se tornava mais significativo a cada cena.
No final da película, quando o casal finalmente encontrava a felicidade plena em sua nova família, Maya sentiu uma onda de esperança e amor. Ela se virou para Flávia, os olhos brilhando.
— Eu amo você, e quero construir esse futuro com você. — Maya disse, a voz cheia de emoção.
Flávia sorriu amplamente, envolvendo Maya em um abraço apertado.
— Eu também, meu amor. — Flávia murmurou. — Isso é apenas o começo.
E assim, enquanto o crédito subia na tela, elas permaneceram ali, uma na companhia da outra, sonhando com um futuro cheio de amor e possibilidades.
No final da película, quando o casal finalmente encontrava a felicidade plena em sua nova família, Maya sentiu uma onda de esperança e amor. Ela se virou para Flávia, os olhos brilhando.
Enquanto o filme se desenrolava, Maya se sentia cada vez mais envolvida pela história tocante. As emoções do casal no filme, sua luta e, finalmente, a alegria de construir uma família juntos, despertaram algo profundo dentro dela. Quando a cena em que as duas mães acolhiam os filhos, fazendo um piquenique no parque, começou a passar, Maya não conseguiu conter as lágrimas.
Ela se derramava em lágrimas, lembrando-se de seus próprios sonhos, de como imaginava sua vida ao lado de Flávia, cheia de risos e crianças. Cada sorriso das crianças na tela parecia ecoar em seu coração, fazendo-a pensar no futuro que desejava tanto.
Maya sorriu, mas as lágrimas continuavam a fluir. Ela sabia que estava em um lugar seguro, rodeada pelo amor de Flávia. Enquanto a tela exibia o final feliz do filme, Maya se permitiu sentir a esperança e a expectativa pelo futuro que desejavam juntas.
Passou um tempo, as duas acabaram dormindo ali mesmo, em um abraço perfeito apenas com a luz Da lua entrando pela janela e seus corpos aquecendo a noite, elas eram definitivamente feitas uma para outra.