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13.

O tumulto atraiu a atenção dos seguranças do hospital, que correram em direção à briga. "Parem! Parem agora!" gritou um dos seguranças, agarrando Rumlow pelos ombros enquanto outro se dirigia a Steve.

"Ele é um criminoso! Ele não deveria estar aqui!" Steve exclamou, a adrenalina pulsando em suas veias. Ele olhou para Rumlow, que estava sendo contido, e viu um sorriso sarcástico se formando no rosto do homem, como se estivesse se divertindo com a situação.

Os seguranças, percebendo a gravidade do momento, separaram os dois. "Calma, calma! O que está acontecendo aqui?" Um deles se voltou para Rumlow, sua expressão endurecida. "Senhor, já passou muito do horário de visitas, o que está fazendo aqui?"

"Eu não estou fazendo nada! Este maluco está me atacando!" Rumlow protestou de forma evasiva, mas a tensão no ar era palpável. O segurança, sem se deixar levar, insistiu: "Quem estava visitando? Nome e sobrenome."

"Vocês não podem me expulsar! Eu tenho direitos!" Brock disse, se provando ser tão imbecil que nem conseguiu inventar um nome qualquer.

"Se você não sair pacificamente, vamos chamar a polícia," um deles avisou, a firmeza em sua voz não deixando espaço para debate.

Rumlow hesitou por um momento, mas a expressão desafiadora em seu rosto se transformou em raiva. "Isso não acaba aqui!" ele gritou, antes de ser arrastado para fora do hospital, os seguranças segurando-o com firmeza.

Steve, ainda ofegante, observou a cena, sua frustração fervilhando. Ele queria gritar, queria expor Rumlow para que todos soubessem do perigo que ele representava. Mas agora, ele estava fora do hospital e, por enquanto, parecia ter se safado.

Com um último olhar na direção da saída, Steve sentiu a necessidade de agir. Ele não podia deixar isso assim. A proteção de Natasha e principalmente de Arabella estava em jogo, e ele precisava encontrar uma maneira de garantir que Rumlow não voltasse.

~

O silêncio no escritório do diretor era pesado, interrompido apenas pelo som distante de um relógio na parede. A sala era grande, cheia de móveis austeros e um tapete caro, fazendo jus ao dinheirão que Steve gastava diariamente mantendo a filha ali, já que o seguro saúde não cobria quase nenhuma despesa. Estava sentado em uma cadeira diante da mesa de madeira, ainda se recuperando do confronto com Rumlow, o maxilar tenso e as mãos fechadas sobre os joelhos.

O diretor do hospital, um homem que já passava dos sessenta, com óculos grossos e uma gravata ligeiramente desalinhada, olhava para ele do outro lado da mesa, franzindo a testa com uma expressão de preocupação genuína.

"Sr. Rogers, eu... entendo que a situação tenha sido estressante, mas precisamos lidar com isso de forma apropriada," o diretor começou, a voz tentando manter a autoridade, mas com um toque de hesitação. O doutor Ben Rosenfeld era um antigo conhecido dos Rogers - tinha sido o cardiologista de Joseph Rogers até o momento de sua morte precoce, quando Steve tinha apenas vinte e um anos.

Steve se inclinou levemente para frente, o olhar firme fixo no do diretor. "Aquele homem não deveria estar aqui. Brock Rumlow é perigoso. Ele estava no hospital com um propósito claro, e eu o vi tentando escapar." O tom de Steve era controlado, mas as palavras carregavam uma urgência que o diretor não podia ignorar.

"Se importa de elucidar qual propósito?"

Steve engoliu em seco. Não havia muito que pudesse dizer sem expor Natasha. Arabella não tinha sido entregue para adoção naquele hospital, mas o Dr. Rosenfeld sabia que ela não era filha biológica deles, pois Peggy tinha falecido ali e o prontuário dela estava disponível.

"Ele é ex-namorado da minha atual namorada e tem nos perseguido. Já tentou usar Arabella para nos atingir."

O diretor suspirou, apertando os olhos por trás dos óculos. "Rogers, nós verificamos o nome dele e olhamos as câmeras. Ele não estava aqui como paciente registrado, mas a recepcionista... bem, ela permitiu a entrada dele sem questionar." Ele mexeu nos papéis à sua frente, incerto de como continuar. "Vamos tomar as medidas cabíveis para garantir que isso não aconteça de novo."