[N/A: Voltei! Creio termos passado da metade da história, já! Espero que gostem! Um beijo!]
A noite estava pesada, como se o ar carregasse a promessa de uma tempestade. O estacionamento subterrâneo do armazém abandonado, onde Rumlow acreditava estar se encontrando com um cliente, era perfeito para aquele tipo de transação: sombrio, mal iluminado, sem câmeras e longe da polícia. Ou assim ele pensava.
Bucky Barnes estava parado ao lado de um carro com os faróis apagados, o corpo relaxado, mas a postura alerta. Seu rosto carregava uma neutralidade estudada — a expressão de alguém acostumado a enganar criminosos ao longo de anos na força policial. Ele vestia roupas discretas, uma jaqueta de couro surrada e botas pesadas. Ao seu lado estavam dois policiais disfarçados, escolhidos a dedo para a operação. A armadilha estava montada, e agora tudo se resumia à paciência.
O plano era simples: um policial infiltrado tinha contatado Rumlow semanas antes, fingindo ser o intermediário de um serviço milionário. O trabalho: eliminar um alvo influente e sigiloso, exigindo alguém com a discrição e eficiência de Rumlow. O encontro naquela noite era para "negociar" os termos.
De seu posto próximo à entrada, o agente Jackson levou o dedo ao ponto eletrônico.
"Ele está vindo. Sedan preto, uns 30 segundos."Bucky assentiu sem dizer nada. Os outros policiais ajustaram as posições, as mãos próximas das armas sob os casacos. O motor do Sedan ecoou pelo espaço vazio, engolido pelo silêncio abafado do concreto. A viatura parou, e a porta se abriu com um rangido. Brock Rumlow desceu devagar, o casaco pesado oscilando com o movimento, e seus olhos varreram o local com desconfiança.
"Vocês que têm o serviço?" ele perguntou, a voz baixa e ríspida, encarando Bucky.
Bucky se manteve calmo, tirando um cigarro do bolso e acendendo-o sem pressa.
"Se você é tão bom quanto dizem, a gente tem o serviço."Rumlow deu um passo à frente, os olhos apertados enquanto avaliava os homens à sua frente. Tudo nele parecia relaxado, mas Bucky reconheceu o olhar inquieto, o cálculo silencioso de alguém sempre preparado para reagir.
"Quem é o alvo?" Rumlow perguntou, forçando um tom casual.
Bucky soprou a fumaça devagar, deixando-a pairar no ar.
"Antes disso, precisamos saber se você não vai pipocar."O meio sorriso de Rumlow não tinha humor.
"Vocês não têm ideia com quem estão lidando."Bucky devolveu o sorriso, frio como aço.
"Ah, eu acho que temos."Por um instante, o silêncio pesado ficou insuportável. Rumlow entendeu tarde demais. Os sorrisos confiantes, a postura casual demais para uma transação tão arriscada — tudo era uma encenação. Ele virou o corpo para o sedan, tentando fugir, mas Bucky já estava em cima dele.
"Vai a algum lugar, Brock?" A voz de Bucky saiu baixa, quase uma provocação.
Rumlow reagiu rápido, lançando um soco direto, mas Bucky desviou e agarrou o colarinho dele com força, jogando-o contra o carro. O baque ecoou pela garagem.
"Você acha que vai sair daqui?" Bucky rosnou, o rosto próximo ao de Rumlow, a arma já sacada do coldre e encostada contra o pescoço dele.
Os outros policiais sacaram as armas e apontaram para ele, deixando claro que não havia escapatória. Rumlow se contorceu, tentando soltar-se, mas Bucky o manteve firme, pressionando-o contra o metal frio.
"Vocês estão cometendo um grande erro..." Rumlow começou, mas a voz dele tremeu, a confiança murchando sob o peso da situação.
Bucky deu uma risada curta, sem humor.
"O único erro foi você ter aparecido."

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Welcome Home [ROMANOGERS]
RomanceRecém-saída de uma situação traumática, Natasha se viu obrigada a tomar a decisão mais difícil de sua vida. Como frequentemente acontece, outras histórias se interligam à dela, e o sofrimento acaba sendo ressignificado - o que causa lágrimas em uma...