10.

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Amaury acordou sem abrir os olhos, e sentiu um peso sobre o seu peito. Passou a mão pelo braço que lhe abraçava a cintura e sorriu ao ouvir Diego resmungar em sono. Revelou as orbes negras e notou, pela luz fraca da aurora que entrava pela janela, que ainda era muito cedo.

Fazia muito tempo que não acordava com alguém. E mais tempo ainda que isso não era um incômodo. O corpo nu e quente do ruivo em seus braços era confortável, e a forma que ele estava aninhado, com a cabeça em seu peito, o braço o prendendo pela cintura e as pernas entrelaçadas, era natural, fazia tanto sentido.

Deslizou a ponta dos dedos do braço para as costas, e podia jurar que, mesmo dormindo, a pele de Diego arrepiou ao seu toque.

Não podia ver o rosto dele, mas a cabeleira ruiva estava próxima ao seu nariz, e inspirou fundo para dentro das narinas o cheiro floral que vinha dali. Era seu óleo essencial preferido, o cheiro que lhe curava e acalmava.

O sentiu se mexer, erguendo levemente o rosto, sem abrir os olhos e levar o nariz fino para o seu pescoço, como se também buscasse pelo seu cheiro. Um beijo leve foi deixado na carne negra, e depois outro, mais forte, até começar a arrastar os lábios por lá.

Amaury se arrepiou e ouviu a arfada que veio do menor quando suas unhas deslizaram pelas costas sardentas.

Sem cerimônias, e mais acordado do que parecia, Diego subiu em seu corpo, sem afastar o rosto de seu pescoço, onde continuava a distribuir beijos, escorregando a língua quente e gemendo com o gosto da pele crua de Amaury.

O preto, com o outro descarregando seu peso sobre si, peitoral com peitoral, entre suas pernas, desceu as mãos das costas para a cintura, até chegar nas nádegas fartas e as apertar, fazendo com que seus paus se tocassem, corpo a corpo, e suspiros escapassem de ambos.

Diego arrastou a boca até encontrar a de Amaury, onde iniciou um beijo tão suave, que deveria ser assim que uma nuvem beijava. Porém, logo uma chupada lábio carnudo inferior, fez Amaury subir uma mão à nuca ruiva e o segurar contra sua boca, intensificando o beijo, fazendo as línguas se chocarem e se deliciarem em reconhecimento.

A outra mão ainda estava ocupada em apertar a bunda do mais novo, cada vez mais forte, como se tocá-lo nunca fosse o suficiente. Sentiu Diego levar uma das mãos para entre seus corpos e envolver seu pau, já ereto, entre os dedos e começar uma masturbação lenta, que arrancava ofegos do maior para dentro dos lábios rosados.

Esfregava os dedos na glande melada e os deslizava para extensão, fazendo com que os movimentos de vai e vem com a mão ficassem mais fáceis e gostosos. Diego deixou um selinho demorado na boca do preto e foi descendo a sua pelo corpo alheio, deu uma mordida no maxilar barbudo e parou, depois, com os lábios no mamilo esquerdo, colocando a língua para fora e o rodeando.

Os movimentos com as mãos não cessaram, e era prazeroso demais encarar Amaury se recontorcendo de tesão sob o seu corpo, com os gemidos mais constantes e os olhos procurando pelos seus, com fome. Chupou o mamilo para dentro da boca e o prendeu assim por uns segundos, tendo o homem acariciando os fios de seus cabelos.

Enquanto descia seu corpo, junto da língua que escorregava pelo abdômen contraído do outro, o viu se mexer e colocar ao lado deles na cama o lubrificante e a camisinha. Sorriu safado e recebeu o mesmo sorriso em resposta.

Se pôs de joelhos na cama, entre as coxas grossas de Amaury, beijando o interior delas e subindo com a boca até às bolas, passando a língua e o vendo tremer de prazer. Pegou lubrificante e espalhou na mão, voltando a masturbá-lo com os dedos melados, mas por poucos segundos, até descer para a entrada do preto, a rodeando com a ponta de dois dedos.

don't say yes to him Onde histórias criam vida. Descubra agora