Desejo Profano (Taylor Swift)

4.

Taylor Swift
2024.

Não tenho noção de hora, só sei que o sol já está bem alto e queimando a cabeça de qualquer um.

Eloise ainda estava dormindo. Não a culpo, bebeu pra caramba. Não sei o motivo mas bebeu.

O celular dela tocou algumas vezes e depois veio um monte de mensagens.

O celular tocou de novo então eu fui atender. Fudeu, era o pai dela.

Call.

— Eloise C'est bien pour toi de t'expliquer et de dire où tu es!

— Não é a Eloise.
Ela está dormindo ainda.
Está dormindo e segura, se
essa é a sua preocupação.

— Quem está falando?

— Uma amiga, saímos ontem
e ela bebeu um pouco, achei
melhor ela vir pra minha casa
pra não incomodar com barulhos.

— Pode acordar ela? A gente
tem que ir na missa de
um ano da mãe dela.

— Ela vai estar aí
em quinze minutos.

Off.

Agora a ressaca tem sentido.

Eu sacudi, baguncei os cabelos dela, rolei ela pro outro lado da cama, chamei, gritei e ela não acordava.

— Menina o que você tá fazendo?

— Preciso acordar ela, o pai dela ligou. Você ainda tem aquela pena? Me traz.

Ele saiu do quarto e voltou em um piscar de olhos com a pena nas mãos, cutuquei os pés e nada.

— Eu vou ter que gritar de novo. ELOISE DUBOIS ACORDA!!! — ela sentou na cama no susto, com os cabelos bagunçados e cara de ressaca. — Funcionou. Seu pai te quer em casa em quinze minutos! A bonita esqueceu da missa de um ano da mãe?

— Aí não, não quero ir. Odeio ir a missas. Quem é esse? — ela diz olhando pro lado e vendo Colin com uma maquiagem totalmente nada haver na cara — Bom dia.

— É meu irmão. Agora levanta e arruma esses cabelos. Vou te dar um perfume pra você não chegar lá fedendo a álcool.

— Não, não vou — ela se deita e puxa as cobertas — Pra todo mundo ficar com peninha, caralho já faz um ano disso, e nem foi aqui. Me dá meu celular, vou avisar meu pai.

Entrego o celular a ela que manda um áudio falando alguma coisa em francês para o pai dela.

Ela fica uns bons minutos falando com ele, o que meu deu tempo de achar uma roupa e um perfume pra ela não ficar fedendo a álcool e sei lá mas o que ela tomou.

— Toma — entrego a toalha — banho porque você tá fedendo a álcool e sei lá mais o que.

— Minha mãe é outra. Mas obrigada, eu tô fedendo mesmo.

Ela vai até o banheiro do meu quarto e eu me atiro na cama bufando, por algum motivo eu estou cansada.

Vou até a cozinha preparar alguma coisa, não basta estar de ressaca vai ficar com fome? Não.