The Journalist - Philoise

27.De cara com a morte

• Eloise Bridgerton

– El..– a voz de Anthony estava carregado de angústia – O papai... O papai se foi Eloise.

Minhas pernas fraquejaram, minha respiração acelerou, senti meu corpo frio..

Meu pai morreu!

Meu pai!

Meu paizinho!

Sem pensar duas vezes entrei em meu carro e dirigi o mais rápido que podia até a casa dos meus pais – que agora seria apenas da mamãe. Assim que cheguei fui recebida por uma desesperada Violet, minha mãe estava completamente desolada.

– Eloise... Minha filha..– suas lágrimas molhavam minha blusa enquanto eu me derramava na dor.

A energia estava pesada. A cada animada e cheia de vida, que um dia foi a casa Bridgerton, a casa que cresceu, agora estava sombria. Até os pequenos sentiam a dor que estava no ar.

Charlotte e Mary estavam sentadas no canto do sofá, com suas cabecinhas baixas e algumas lágrimas rolando por suas bochechas. Elas adoravam o papai.

Todo mundo o amava!

Mamãe não optou por um velório, ela preferiu que cremasse o corpo do papai e as cinzas fossem jogadas em um lago que meus pais adoravam. A história da família era que papai e mamãe haviam se conhecido nesse lago, o pedido de casamento aconteceu lá e cada um dos oito filhos ao completarem o seu primeiro ano de vida também eram levados lá. Bom... E agora? Agora as cinzas dele iriam para lá.

Todo o processo foi rápido, apenas para a família. Mary e Edwina também foram já que mamãe é uma grande amiga das Sharmas.

Tudo aconteceu da forma que deveria acontecer.

Agora estávamos todos em casa. Todos em completo silêncio. Apenas algumas lágrimas e fungados eram ouvidos na grande sala principal.

Recebi algumas mensagens de Phillip, faziam três dias que nós não nos falamos. Ele já soube do falecimento de meu pai, Edwina avisou.

Phillip sempre prestativo queria estar comigo, mas eu não respondi nenhuma mensagem. Eu iria voltar para minha casa e ficaria só, não queria falar com ninguém agora.

Eu não gostaria que ele me visse despedaçada.

Dói tanto!

Perder alguém não é fácil e nunca será! Ainda mais quando esse alguém é a pessoa que você mais amou na vida... Quando essa pessoa é seu pai!

Meu pai me fez rir quando ninguém mais podia, enxugou minhas lágrimas mesmo quando as suas caiam, me tirou do perigo e me amou em todos os momentos! Ele foi um verdadeiro guerreiro em toda a vida, um coração forte, justo e amoroso. Foi amigo, um conforto e uma alegria para mim e toda a nossa família. Mas acima de tudo ele foi um grande pai e uma inspiração de homem.

Por isso me orgulho em dizer que Edmund Bridgerton foi o melhor pai do mundo!

Já estava pronta para ir embora, me despedi de todos. Não sabia quando iria voltar aqui ou se ao menos iria voltar.

Antes de sair mamãe me chamou:

– Eloise? – me virei e ela caminhou em minha direção segurando um papel. – Seu pai escreveu para todos antes de partir... Essa está assinada para você..

Peguei o papel de suas mãos. Uma folha roxa. Acariciei imaginando ele escrevendo cada palavra. Guardei na minha bolsa, abracei minha mãe e parti para casa.

Assim que cheguei subi para meu quarto, um lugar solitário e vazio. Ignorei as mensagens e ligações de Phillip, eu ainda não estava pronta para conversar com ele e nem com ninguém.