Após derrotar Velkar, o Devorador de Destinos, Kai acreditava que a paz finalmente reinaria em Agon. Ele havia moldado uma nova força no universo — a criação do impossível. Mas, ao evitar o Trono dos Tronos, ele também permitiu que um novo tipo de caos surgisse: o caos da liberdade infinita.
O Conselho dos Supremos
Embora Hayato tivesse restaurado o equilíbrio em seu tempo, os Supremos, as entidades ancestrais que outrora governaram o cosmos, começaram a despertar de sua hibernação. A ausência prolongada deles havia criado um vácuo de poder. Com Kai recusando o Trono dos Tronos, os Supremos começaram a ver a nova liberdade como um risco ao próprio tecido da realidade.
O Conselho dos Supremos, liderado por Azrael, o Juiz Eterno, convocou Kai para uma audiência. Em um salão celestial repleto de tronos vazios, os Supremos discutiam o estado do universo, preocupados com a imprevisibilidade que Kai havia introduzido.
Azrael, com sua voz ecoando como trovão, disse: “Kaito, filho de Hayato, seu poder desafiou o ciclo e criou o impossível. Mas você também trouxe o caos. Sem o Trono dos Tronos, o equilíbrio não pode ser mantido. Escolha: assuma seu lugar como Guardião ou enfrente as consequências de sua criação.”
Kai, mantendo sua postura desafiadora, respondeu: “Eu nunca quis ser o Guardião. O poder que meu pai trouxe foi para manter o ciclo. Eu estou aqui para quebrá-lo. A realidade não precisa de controle, mas de liberdade para se recriar.”
O Conselho se agitou com sua resposta. Para eles, a estabilidade era prioridade. Mas antes que Azrael pudesse sentenciar Kai, uma nova força se manifestou: Akasha, a Teia dos Destinos, uma entidade neutra que mantinha o fluxo de todas as linhas temporais. Akasha interrompeu a sessão, com sua presença revelando que o universo estava se reconfigurando de maneiras inesperadas.
O Renascimento do Vazio
Enquanto Kai tentava entender seu papel e os Supremos debatiam a necessidade de controle, o Vazio, a entidade primordial que fora contida por Hayato e os antigos Guardiões, começou a renascer. Só que desta vez, o Vazio não estava interessado em consumir a realidade, mas em transformá-la.
Nivara, uma figura misteriosa surgida das profundezas do Vazio, entrou em contato com Kai. Ela era a manifestação do novo Vazio, mas diferente de Zyphar, seu propósito era se conectar à força criadora de Kai.
“Você não entende, Kai,” disse Nivara, com sua voz ecoando como o vento através de universos não criados. “O Vazio agora deseja algo novo — uma fusão entre o nada e o tudo. Você, com seu poder de criar futuros impossíveis, é a chave para esse novo começo.”
Kai ficou desconfiado, lembrando dos antigos perigos que o Vazio representava. Mas Nivara não era como os antigos inimigos. Ela representava um caminho novo, algo que poderia redefinir a própria natureza da criação. Ela oferecia uma aliança, uma fusão de liberdade e destruição para criar algo maior.
O Dilema Final
Agora, Kai estava diante de um dilema. De um lado, havia o Conselho dos Supremos, que insistia que ele assumisse o Trono dos Tronos para manter a ordem e o equilíbrio do universo. Do outro lado, estava Nivara, que oferecia a chance de moldar uma nova realidade, onde a criação e o Vazio coexistiriam em um ciclo perpétuo de transformação.
Kai sabia que sua decisão impactaria não apenas seu futuro, mas o destino de todas as realidades. Ele buscou conselhos com seu pai, Hayato, que agora era um ser de pura energia, conectado ao Trono dos Tronos.
“Pai, tudo o que você lutou para proteger está em risco. Se eu tomar o Trono, tudo o que fiz será perdido. Mas se eu aceitar a proposta de Nivara, eu posso recriar tudo de novo, de uma maneira que nunca foi imaginada. O que devo fazer?”
Hayato respondeu calmamente, “Kai, minha luta era pelo equilíbrio, porque era o que eu acreditava ser necessário. Mas você, você é diferente. Eu nunca quis que você seguisse meus passos. O universo precisa de algo novo agora — talvez essa seja sua oportunidade de fazer isso. A decisão é sua.”
Com isso, Kai percebeu que, no fundo, ele já sabia o que precisava fazer. Ele não era como seu pai, e sua jornada não era sobre manter o equilíbrio, mas sim sobre evolução.
A Fusão de Mundos
Kai decidiu por um caminho que ninguém havia previsto. Ele forjou uma aliança com Nivara, permitindo que o Vazio se fundisse com a criação. Em vez de seguir o ciclo de equilíbrio imposto pelos Supremos, Kai criou algo novo: um universo onde o caos e a ordem coexistiam, gerando infinitas possibilidades.
No momento da fusão, o Trono dos Tronos se desfez em pura energia, espalhando-se por todas as realidades. O Conselho dos Supremos desapareceu, percebendo que seu tempo havia acabado. Akasha, a Teia dos Destinos, se expandiu, acolhendo as novas possibilidades que fluíam do poder de Kai.
O universo, agora livre do ciclo antigo, começou a se recriar em formas inimagináveis. Novas realidades surgiram a cada momento, e Kai, como o Guardião das Possibilidades, observava, não mais como um governante, mas como um catalisador do futuro.
O Novo Guardião
Kai havia se tornado algo que nem mesmo os Supremos poderiam prever: o criador de futuros. Ele não precisava de um trono ou de um título, pois o verdadeiro poder não estava em controlar o universo, mas em permitir que ele florescesse com liberdade.
Assim, o legado de Hayato encontrou sua evolução em Kai. Onde antes havia equilíbrio, agora havia infinita transformação. E Kai, o filho que recusou o destino de seu pai, tornou-se o verdadeiro símbolo de um novo começo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Legado dos Tronos Eternos
AdventureKaito, também conhecido como Kai, é o herdeiro da missão de proteger o equilíbrio do universo. Após o sacrifício de Hayato (Yato), Kai assume o papel de Guardião do Destino, ocupando a Cadeira do Destino entre as 12 Cadeiras, que governam aspectos f...