Mudança

106 17 1
                                    

momentos antes...

Próximo ao intervalo das aulas, Diego recebeu uma mensagem de Bruno, avisando que estava pelas proximidades da PUC e convidando Diego para um café rápido. O ruivo não pensou duas vezes e juntou suas coisas para se encontrar com ele.

— Meu Deus, amigo! Que saudades! — Diego abraçou Bruno forte, juntando toda a saudade acumulada de anos sem se encontrarem depois de atuarem juntos no mesmo musical durante a adolescência.

— Di! Nem me fala! Nossa, você não mudou nadinha.

— E você tá parecendo um frigobar de tão forte. Não posso dizer geladeira, porque o tamanho não permite!

Os dois riram da brincadeira de Diego e escolheram uma mesa, no café próximo à faculdade onde se encontraram, para poderem conversar melhor.

— Mas me conta... Como tá sendo aqui?

— Ai, amigo! Tá sendo uma experiência única, de verdade! Achei que teriam mais perrengues, mas o pessoal da faculdade me acolheu super, tô me saindo bem nas matérias, os professores são legais... Tô esperando a resposta pra um papel que eu fiz audição e um estágio que eu deixei currículo.

— Nossa, agora que você falou de papel, eu vou super indicar teu nome pra minha companhia de teatro aqui do Rio. A gente tá com a montagem de uma peça pra estrear no ano que vem, e eles ainda tão montando texto.

Diego arregalou os olhos, surpreso.

— Seria ótimo, e a gente voltaria a contracenar juntos! — Diego segurou a mão de Bruno sobre a mesa. — Saudades de dividir palco com você!

— Vai ser tudo! Já tô vendo. — Diego bateu palminhas, empolgado com a ideia. — Viu, sei que hoje cê não tá com muito tempo, então vamos marcar alguma coisinha lá em casa. A gente chama as meninas também, você conhece meu boy...

— Nossa, tô morrendo de saudade da Lari, cara. Acho que faz, sei lá, uns três anos que a gente não se vê.

— Mais ou menos isso. Quase o tempo que a gente também não se encontrava, não fosse pela viagem que eu fiz com a companhia pra São Paulo no ano passado.

— Juro, que loucura! Pensar que o universo tá nos reunindo de novo aqui no Rio, onde a gente se conheceu naquele workshop e fez o Peter Pan depois...

— É um sinal, amigo! Tenho certeza.

Bruno ergueu sua xícara com capuccino e bebeu o líquido ainda quente em seguida.

— Outra coisa, cê nem me falou onde que cê tá morando.

Diego riu nervoso.

— Ah, isso é um outro detalhe... Eu ainda não consegui um apartamento aqui. — Bruno franziu a testa pra ele, num pedido silencioso para que continuasse. — Eu meio que tô morando num hotel aqui perto e minhas coisas tão encaixotadas na casa da minha mãe, esperando eu ir buscar.

— Diego! — O ruivo sorriu amarelo. — Por que você não falou nada antes? Eu tenho um quarto livre lá em casa, agora é seu! A gente busca tuas coisas em São Paulo no final de semana.

— Não, Bruno. Não precisa se incomodar... Eu já tô procurando um aluguel, logo devo arrumar alguma coisa.

— De jeito nenhum! Cê vem lá pra casa e não se fala mais nisso.

— Cê sabe que não precisa fazer isso, né?! — Diego direcionou a Bruno, que assentiu.

— Eu sei que não, mas eu quero. Vai ser ótimo ter alguém pra dividir as contas, eu gasto muito. — O loiro riu e deu de ombros, recebendo um mostrar de língua em resposta.

Vous avez atteint le dernier des chapitres publiés.

⏰ Dernière mise à jour : Oct 09, 2024 ⏰

Ajoutez cette histoire à votre Bibliothèque pour être informé des nouveaux chapitres !

Sem ensaio - DIMAURYOù les histoires vivent. Découvrez maintenant