A escuridão que se propaga no profundo mais obscuro sempre me perseguiu, eu temia e me escondia até um dia que soube que a besta mística era você. Cinicamente rodeou me pela sua sombra mas nunca se misturando, e eu repetidamente tinha comigo essa escuridão devoradora. E quando eu ia tocar seu rosto você simplesmente desaparecia, como nunca tivesse existido.
E eu era o oposto, a luz que eliminava
os caminhos.
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No dia seguinte |
' Dormia tranquilamente na cama de espessura macia e tranquila, um vento frio o rodeava e os fios loiros esparramados pelo forro de cor negra, sem travesseiro, sua nuca começava a dor e se espalhava pela cabeça do garoto que tentava dormir agora que sentia uma luz sobre o seu angelical rosto o iluminando e incomodando lhe fazendo se virar de cabeça para cima e abrir os olhos olhando diretamente pro teto, não via as suas estrelas e nem suas luas, confuso arqueou uma de suas sobrancelhas e resolveu dizer algo.
— o woo tirou as minhas coisas, cadê minhas estrelas, ele vai se ver comigo.— o loiro se revirou na cama, e olhou ao redor se deparando com guitarras nas paredes e bateria no chão, carros de coleção e paredes pretas, ar condicionado ligado o fazendo arrepiar por inteiro e móveis com led, tudo era lindo mas não a sua cara.
— Puta merda, aonde eu vim parar, O Taehyung vai pagar aquele golpista descarado, tudo culpa dele e daquele Whisky e gelo. — estava em desespero, se perguntando quem poderia ter levado ele para casa, e cadê as roupas que eu estava? Ele iria enlouquecer a qualquer instante, ouvia barulhos vindo de um cômodo do quarto, uma porta que logo foi aberta, os seus olhos se deparavam com um ser caminhando lentamente o olhando com um olhar confuso e intenso.
Ao escorregar os olhos até o seu corpo com uma toalha envolta no quadril marcado malhado e com respingos de água e luz por todo ele, o seu abdômen reluzente e as veias extrapolavam tendo total certeza que era o homem que tinha visto ontem a noite, e não teve uma boa lembrança e atos impulsivos.
— os meus olhos estão mais pra cima. — Jeon ditou mostrando, gostava da situação inusitada.
— porque bulhufas eu estou aqui?. — Jimin indignado olhou ao redor pela segunda vez e logo se cobriu com acoberta ao lado, o homem que ele tanto sentiu e escureceu tinha o trazido pra sua casa e aonde estava o que tinha o levado? ficando furioso, iria pensar muito antes de sair com o tal novamente.
— Que mal agradecido, além de trazer reclama. — se virou, suas costas enormes ficaram a mostra uma verdadeira geladeira Electrolux, era impossível de não olhar pra Jeon, até os mínimos detalhes lhe agradava, parecia que o homem de cabelos escuros fazia de propósito jogando o seu charme, uma cilada.
— não estou reclamando, você está ouvindo coisas, imbecil. — continuo deitado até sentir uma sombra se aproximando, era Jeon que rapidamente ficou sobre o corpo menor que ficou paralisado, suas mãos percorreram dos fios de cabelo até os seus lábios fartos que estremeceram, seus olhos convidativos deixou Jimin nervoso querendo sair correndo e se esconder pra não ser visto, parecia descarado ontem a noite mas estava em efeito de álcool e com isso qualquer um fica sem vergonha, e então só queria fugir.
— Vê se fala direito comigo, pimentão. — disse sério mas logo riu, o intimidando com seus lábios.
— pimentão? Sai de cima de mim, eu vou gritar de desespero. — Jimin se rebelou tentando se soltar das mãos rígidas que o apertava.
— claro, fica a vontade. — puxou as mãos do loiro o levantando rapidamente pra observar o seu jardim que era totalmente sem cor e no centro os senhores estavam olhando para os portões atentos a qualquer situação, e a disposição, rapidamente a garganta do garoto trava e os seus olhos se enchem de água, tinha uma impressão medonha sobre os homens das capas negras, ele já tinha pressentido ou visto uma parte daquela cena vivida como se fosse uma memória antiga e cinematográfica.
— Como eu vou ir embora? Se eu ficar mais um minuto com você vou enlouquecer. — Jimin estava pensando em seu irmão e em seu tio que o aguardava no hospital toda semana, desesperado ele se sentou no sofá perto da cama, incrédulo.
— Vai esperar o sol descansar, gracinha. — O moreno pegou suas roupas calmamente e foi se trocar no banheiro.
— Gracinha nada, aí que ódio desse homem maluco, e ainda vou ter que ficar até de noite ouvindo baboseira. — o loiro reclamou por longos minutos por estar preso a Jeon pelo resto do dia até que chegasse a noite, o homem tinha uma beleza inacreditável só que as palavras dele eram tão fortes e sorrateiras, sem contar com o seu ego grandioso.
— agora me ofendeu, e você também não é aquelas coisas lá não. — os seus desejos iam aumentando a cada vez que os lábios fartos eram abertos e as palavras cuspidas o atingia.
— To muito preocupado com isso. — o loiro deixou um sorriso escapar.
' Os minutos pareciam horas e as horas pareciam eternidades, Jimin não aguentava mais olhar pra aquele quarto sem vida, não tinha uma cor se quer e muito menos era caloroso, o frio se instalava lá e não o deixava como uma força sobrenatural, e a atmosfera caía sobre os corpos, o cheiro era divino e o perfume do outro então, amadeirado com um toque de sinfonia perfeito pra personalidade alheia, mas insignificante pro momento de surto que enfrentava, só queria ir embora ver como estava sua família que era mais importante do que um "simples" revirar de estômago.
Pensava e pensava como ele poderia ir mas acabou não pensando em nada apenas na noite anterior, o homem tinha dito que não queria sua presença mais o levou pra sua própria casa, e a respeito da casa ela tinha um ar pesado e rigoroso que se grudavam na parede.
Suas mãos estavam tremendo repentinamente, a energia caiu e tudo ficou escuro pelo prazer do outro em fechar a janela e as paredes serem negras, bateu-lhe o desconforto e se levantou procurando o outro que saiu do banheiro no exato instante, mas como iria lhe chamar, não sabia o seu nome até sentir sua presença que não era difícil de se sentir a quilômetros de distância, tinha algo muito estranho acontecendo.
— Cadê você? Eu tenho medo de escuro. — o garoto mentiu tentando tê-lo pra si pra tentar atender oque ocorria em seu ser, fechou os olhos e suas mãos se encontraram com o peitoral do homem alto, a sua destra fez uma trilha até o rosto marcante do moreno que acabou deixando por insignificância.
Jimin tocou um lado de seu rosto e sentiu uma turbulência extravagante, parecia que o seu corpo não se encontrava mais naquela realidade, os seus ouvidos estavam chiando e ao mesmo tempo como se estivesse ouvindo árvores se balançando e o frio percorreu pelos seus fios até a ponta de seus pés o abraçando e nada era aconchegante só a presença do homem, abriu os olhos e viu o rosto de Jeon em sua frente mais o lugar era completamente diferente do seu quarto, uma espécie de jardim de esculturas envelhecidas, a tinta acaba como se não fosse avistadas há um bom tempo.
As lágrimas escorriam pela mão do loiro e essas lágrimas eram escuras e avermelhadas e desciam deixando machucados no loiro que não se preocupava com a dor e as expressões do homem de ódio e rancor apareciam lentamente e ao perceber os ferimentos ele beijava a mão do garoto, mais as feições não parecia que era pra si e sim a outro alguém diabólico e silencioso.
