•SCARS• Chapter: 04

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Luísa Gerloff Sonza

E eu me encontrava deprimida,sentada na varanda daquela casa que estávamos temporariamente. Só tínhamos mais cinco dias aqui e eu não queria ir embora. Por causa de tudo que tem sido tão ótimo,tão tranquilo,numa paz e também por causa da garota que eu havia conhecido. Era algo bem rápido que estava acontecendo? Sim,eu já disse que era assustador e eu me sentia fortemente atraída por ela. Não sei se isso era apenas uma atração,mas eu queria ela pra mim,queria estar sempre ao lado dela,escutando as besteiras que ela fala e vendo das brincadeirinhas dela.

Duda: - Eu sabia! Eu sabia! Eu disse que você iria se apaixonar. - A Bittencourt joga na minha cara e eu pego a almofada pondo em meu rosto.
- Vocês duas ficam muito de mimimi pra lá,mimimi pra cá. Não acha que isso só seja tesão por ela não? - Tira a almofada do meu rosto.
- Vocês já transaram? - Pergunta e eu nego.

Luísa: - Ela está me ganhando. Aquele jeito doido dela,responsável,como ela faz as coisas,como fala e do jeito que se move. Eu sinto como se tivesse uma escola de bateria no meu peito toda vez que fica me olhando daquele jeito e é assustador. - Me sento.
- Não o jeito que me olha,mas o jeito como me faz sentir. Eu tenho medo de estar sentindo algo por ela. Porque eu já não aguento mais,amiga. - Digo frustrada.
- Eu não quero ter sentimentos por alguém para não ser retribuída. Eu quero reciprocidade,eu quero alguém que me ame. - Completo com lágrimas nos olhos.

Duda: - Miga. - Se senta ao meu lado.
- Existem pessoas que não entendem o significado da palavra "amor",que não entendem a força que esse nome e esse sentimento carrega ,então tratam isso como a coisa mais fácil do mundo. - Mordo meu lábio inferior.
- Amor se trata sobre você conhecer todos os lados da pessoa,sobre você conhecer os defeitos dela,mas mesmo assim continua do lado dela e continua a amando. - Deu uma pausa.
- Eu sei que estou pegando no seu pé em questão a isso,mas não é porque uma,duas ou três rosas tenham te espetado,que as outras vão te espetar também. - Me aconselha.
- SN pode ser diferente,ela parece uma garota legal. Mas ela é nova,tem 18 anos. Quem com essa idade quer se agarrar a alguém? Quer ter um relacionamento? Por isso que eu pego no seu pé. Você pode tentar com ela,mas se acontecer algo,servirá como aprendizado pra você lá na frente,como experiência. E bom,você vai ter sua amiga aqui ao seu lado. - Pega em minhas mãos e eu sorrio emocionada.

Luísa: - Obrigada amiga. - Agradeço a mais velha.

Duda: - Não precisa agradecer,vice? Agora vai correr atrás da sua carioca pra falar o que está sentindo. - Diz dando um tapinha em minha coxa.

Luísa: - Tá doida? Não vou não. - Faço uma careta me afastando dela.

Duda: - Eu não dei esse conselho atoa não,sua desgraçada! - Me taca uma almofada e eu ri.
- Mas hoje,já que vamos para a Ilha da Jibóia,você fala com ela. - Acrescentou.

Luísa: - Ilha da Gigoia,sua burra! - Jogo a almofada nela.
- E eu não sei se vou falar com ela sobre isso,não força a barra. - Me levanto do sofá e vou para o quarto.

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Era por volta das 16:30 da tarde,todos os amigos da SN estavam juntos com os meus,porque teríamos um passeio de barco pela Ilha da Gigoia. O lugar era magnífico e confesso que poderia até ser romântico se não tivesse companhia de amigos. Eu olhei para a SN e eu só conseguia a admirar.

Seus cabelos estavam soltos,ela usava uma regata preta e uma bermuda branca. A Hoffmann tinha optado por ficar descalço,não faço a mínima ideia do porquê,mas ela está linda daquela maneira,bem simples. Eu me encontrava bem simples também,usava apenas uma blusa fina de alça na cor nude e um shorts jeans. Como o dia estava bem quente,pedia para uma vestimenta bem fresca.

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