Sem interromper o beijo por mais que alguns segundos necessários, elas tropeçaram sem pressa em direção a cama, em carícias cada vez mais atrevidas, e afobadas, se livrando do máximo possível de peças de roupa entre elas.
Julia riu ao ser empurrada contra o colchão. Os olhos infames da loira observando seu corpo de forma tão faminta quando se empenhou em lhe tirar a calcinha era uma verdadeira tentação, se sentia queimar internamente e em cada parte onde seus dedos lhe tocavam. Era quase inacreditável que fosse sua amiga ali, junto dela descobrindo de forma desajeitada como fazer aquilo funcionar.
Ela puxou o corpo de Lorrane para junto do seu, a fazendo rir também diante do impacto que sofreram. Se beijaram em meios aos sorrisos. Era como se a névoa de tensão estivesse dando chance a intimidade. Se sentiam reféns de uma química sem igual, de algo que definitivamente nunca haviam experimentado antes. Suas mãos novamente fizeram o caminho pelas curvas da carioca. O enlace de seus corpos por si só já era alucinante, a boca dela em seu pescoço, suas mãos tocando-lhe desde as costas até os quadris, o aperto na bunda dela que a fez marcá-la com uma mordida sem piedade alguma.
Julia as girou na cama, ficando cima dessa vez. Buscou em desespero por qualquer contato que lhe ajudasse com a inquietação em seu ventre, rebolando em seu colo enquanto a beijava sem pausa, se aliviando minimamente com fricção de sua intimidade na coxa dela.
Os olhos de Lorrane se direcionaram aos seios cobertos pela renda quase transparente do sutiã da morena, sua língua correu entre os lábios, sentindo a necessidade imediata de tê-los em sua boca, e a umidade lhe escorrer entre as pernas quando Julia ofegou em antecipação, segurando seus cabelos em um incentivo aflito para que fosse em frente. Ela afastou o tecido delicado. Sua boca salivando até finalmente ir de encontro aos mamilos enrrigecidos de excitação, que lambeu e chupou deliciosamente, enquanto agarrava com posse os quadris ritmados pela busca ansiosa da amiga por prazer. Quase não podia acreditar que era possível já se encontrar num estado de frenesi tão grande, somente por notar o quão molhada Julia estava para ela, o quão gostosa ela ficava rebolando daquela forma, o quão enlouquecida de tesão ela parecia.
- Lorrane... - o gemido soou sem permissão, quase como uma súplica para que lhe ajudasse de alguma forma a se conter. Tentou desviar a atenção de seus seios, erguendo o rosto da loira para si, preocupada com a possibilidade de serem ouvidas. Mas ao notar do que se tratava sua apreensão um tom perverso tomou a expressão de Lorrane, que abocanhou seus seios com ainda mais vontade, não lhe dando opção se não ceder ao prazer e deixar que quem quer que quisesse ouvir o que estava acontecendo ali ouvisse.
Julia se viu levada a outra dimensão, imaginando que não poderia ser melhor até que em uma breve interrupção ela tocasse sua intimidade, estimulando seu ponto mais sensível na ponta de seus dedos, lhe fitando com verdadeira adoração enquanto se contorcia em suas mãos desesperadamente. Não levou muito tempo até que o furor de um orgasmo a tirasse de órbita por um momento, tomando seu corpo em uma explosão de sensações que até então não conhecia.A morena se viu envolta em um abraço enquanto se recuperava, sentindo beijos castos em sua pele que deveriam lhe inspirar carinho, mas em seu nova condição libertina só fazia apressar-lhe a recomeçar tudo o quanto antes.
Aquela luxúria era perigosa. Quando seus olhos encontravam os de Lorrane, se via em um jogo gostoso de poder e prazer. Queria aquilo também, desarmar as defesas dela, deixá-la tão entregue quanto se sentia, fazê-la tocar o céu exatamente como sentia que esteve tocando.
Suas mãos seguraram com firmeza o rosto da carioca, e sua boca foi de encontro a dela mordendo seu lábio inferior antes de dar início a um beijo lento, provocante, quase criminoso. Um sorriso sórdido tomou seu rosto quando a falta de ar lhes obrigou parar, essa foi sua deixa empurrá-la contra o colchão.
Lorrane tomou fôlego ao vê-la tomar certa distância, se ocupando em prender os cabelos escuros que caiam em seu rosto suado em um coque, sem deixar de olhá-la um segundo sequer. Sentia seu corpo tremer em agonia, pronto para sucumbir-se a quaisquer que fossem as vontades de Julia.
Quando ela voltou a se aproximar, dedicando-se em beijar-lhe cada parte de seu colo enquanto retirava seu sutiã. Ela pensou que poderia implorar para que fosse mais rápida, ainda que uma parte de si desejasse estar ali para sempre. Os lábios da amiga se arrastavam em sua pele, se demorando em cada carícia, provando de seu corpo e das reações que podia lhe causar enquanto as mãos se ocupavam em retirar sua calcinha. Lhe ajudou como podia a se livrar logo da peça, e observou quando ela afastou suas pernas, se posicionando entre elas e recomeçando a trilha de beijos por sua barriga, parando estratégicamente na altura de seu umbigo, e a encarando apenas pelo gosto de vê-la enlouquecer em expectativa.
Lorrane assistiu hipnotizada quando ela lhe tocou primeiro com os dedos, deslizando por sua umidade com facilidade, devolvendo toda a tortura maravilhosa que lhe proporcionou antes. Os olhos da curitibana brilhavam por notar o quão molhada estava, um sorriso vitorioso surgia no rosto a cada gemido que a loira deixava escapar por seus estímulos ainda cautelosos.
Toda a cena por si só era um completo delírio, mas nada preparou a carioca para o êxtase do encontro da boca dela em sua intimidade provando dela com tamanha sede e destreza.
Era um pouco inacreditável que Julia fosse tão boa. Pelo visto até mesmo para ela que por um instante pareceu cogitar a hipótese de lhe questionar se estava indo bem. Mas Lorrane implorou rapidamente que continuasse, tentando o melhor de si para não proferir ao menos metade da lista de palavras absurdas que conhecia. Felizmente a única palavra que importava lhe invadiu a mente e os sentidos em meio a tanto prazer, e ela torceu para estarem conseguindo ser minimamente discretas enquanto gemeu descontroladamente o nome de Julia por todos aqueles minutos seguintes até o seu ápice.