2. Nada mais me abala.

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— Jimin! Já terminou? — Rose não sabia se gritava mais ou batia mais na porta.

— Tô terminando — respondi ela todo embolado porque estava com pasta na minha boca.

Terminei de escovar meus dentes e pra alegria da Rose eu abri a porta. E como agradecimento ela atravessa a porta me empurrando com força contra o batente da porta.

— Sai do meu mei!

— De nada... — assim que sai do batente ela fechou a porta com força que eu acho até os vizinhos escutaram a batida.

— QUEBRA! — pude escutar os gritos da minha mãe de longe.

Olhei para o lado e vi que a vovó já havia acordado. Vish, ela deve tá aquele poço que ignorância que ela sempre é quando acorda. Ajeito minha toalha em minha cintura e dei a volta na cama para sair do quarto e dou de cara com a sala, o local onde dormi.

Olho para o meu lado esquerdo e vejo paredes sem pintura, só o tijolo a mostra. O cheiro de cimento pela manhã é um charme típico de casa em reforma. Não é à toa que durmo na sala com a Rose, o problema é que não lembro onde ficam nossas roupas...

Logo ao lado da sala tinha a mesa de jantar com quatro cadeiras uma diferente da outra, em frente a ela era a cozinha. Acabei vendo minha mãe na pia ajeitando nosso lanche.

Ela vira o rosto pro lado e me vê, seus olhos se arregalaram tanto achei que iam explodir.

— Oh, Jimin!

— Diga lá.

— SENHORA!

— Senhora.

— Vai se vestir, menino.

— Onde eu... — antes de terminar de falar ela virou o rosto pra pia e respirou fundo ao ponto de fechar os olhos.

— No quartinho, Jimin. O quarto ao lado de sua avó.

Ela voltou a fazer o lanche, pelo que vi ela estava enchendo duas garrafas vazias com suco.

— Esse menino anda no mundo da lua.

Voltei meus passos e segui em direção ao corredor de tijolos. Havia somente uma porta, o resto era apenas um buraco indicando o local que a porta ficaria.

Abri a porta e dou de cara com a Rose já vestida em frente a um espelho que estava em cima de uma caixa, ela tava se penteando. O quarto tinha apenas duas cômodas com roupas, o resto era cerâmica e telhas espalhadas. Pude ver alguns baldes de colcha de cama mais pelo fundo do quarto.

— Se veste logo, tamo atrasado.

Rose estava de costas pra mim para que eu pudesse vestir pelo menos minha cueca. Olho em cima da cômoda e meu uniforme já estava dobrado só esperando por mim.

— Já me vesti, pode se virar — peguei minha calça e comecei a vestir minha farda.

— Ok, vou separar nosso material aqui.

Terminei de me vestir e me sentei em um banco para calçar meu tênis da escola. Me arrisquei a me olhar no espelho e misericórdia, como alguém consegue ficar bonito de farda?

Ao Fim do Começo || JJK + PJM ||Onde histórias criam vida. Descubra agora