~• Capítulo 03 •~

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Desperto de um sono profundo, meus ossos se movem de um lado para o outro na cama de colchão duro e áspero, nem mesmo os panos postos sobre ele tirava o desconforto de deitar ali, mas apesar de tantos pesares em relação a sua simplicidade, foi ali...

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Desperto de um sono profundo, meus ossos se movem de um lado para o outro na cama de colchão duro e áspero, nem mesmo os panos postos sobre ele tirava o desconforto de deitar ali, mas apesar de tantos pesares em relação a sua simplicidade, foi ali que tive o melhor sonho já tido depois de entrar para o palácio. Sinto o lençol fino ser puxado com força para longe do meu corpo que congelava, resmungo ainda me adaptando ao novo dia que se dispunha lá fora.

- Vamos menina! - a voz seca de minha mãe faz eco em minha cabeça, até que me lembro de onde estou de fato.

- Por que fez isso? Ainda está cedo... - fico rouca, esfrego os olhos enquanto me espreguiço espaçosa na cama, acompanhada de um bocejo.

- Vai me dizer que no castelo a mocinha dormia até altas horas da manhã?! Ande e vista sua roupa, ao que sei você tem de voltar para lá! - a mulher com rugas notáveis ao redor dos olhos me repreende com um olhar feroz, me fazendo choramingar internamente.

- Que horas são?.

- Não faz muito tempo que o sol nasceu, então se apresse!.

- Mas mamãe...

- Desculpe, você não vai poder vê-lo hoje, ele saiu com a tia.

- Você disse que ele estava aqui!.

- Sim, eu disse, mas era só para você ir logo dormir - suas mãos calejadas me puxam de cima da cama, ela ajeita o vestido curto e fino que cobre meu corpo.

- Onde está minhas roupas? Não lembro onde deixei.

- É claro que não lembra! Você deixa as próprias coisas tão largadas que me preocupo como deve cuidar dos bens da família real!.

- Eu sei bem a diferença de uma coisa para a outra, mãe - passo a mão no cabelo o tirando do meu rosto.

- E esse cabelo! Eu já disse que deveria cortar de uma vez!.

- Eu sei...

- É muito grande! Arnheid, você não tem tempo para cuidar dele, sabe disso.

- Eu sempre o mantenho preso, eu garanto, não me atrapalha em nada - ando até uma pequena escrivaninha, onde vejo um ursinho e uma pena ao lado, pego o brinquedo.

- Tomás não gosta que mexam nas coisas dele - ela vem até mim, com os olhos no urso mal costurado.

- Mas eu sou a mãe dele, acredito que tenho esse privilégio - devolvo o objeto em seu lugar, sorrindo ao lembrar dos dedos minúsculos saltitantes com o brinquedo na mão.

- Olha querida, ele quer muito ver você, já disse que breve você terá uma folga, mas ele é tão ansioso que me pergunta todos os dias se você irá aparecer! Isso me faz enlouquecer.

- Talvez eu também tenha feito a senhora enlouquecer quando era criança - rio quando ela revira os olhos e suspira - papai era meu tão esperado cavaleiro de armadura reluzente, a quem eu esperava tão desesperada.

A NOIVA SUBSTITUTA - casamento arranjadoOnde histórias criam vida. Descubra agora