Yang Jungwon, um jovem universitário, define que deveria viver a vida intensamente.
Sair para as baladas mais vibrantes de Seul, se embebedar, testar os seus limites e aproveitar a juventude, era isso que o jovem, assim como os amigos, conceituava...
A adolescência é o período em que se distinguem aqueles que de fato almejam ser alguém na vida e aqueles que preferem passar noites intermináveis em festas noturnas se embriagando. Jake, meu melhor amigo, é, sem dúvidas, o segundo exemplo.
Sou amargurado, talvez. É como sou rotulado por esse idiota, quando, mais uma vez, considero recusar qualquer convite que envolva festas ou baladas adolescentes. Não sou amargurado, muito menos tenho espírito de velho, apenas sou mais responsável, não é?
Por mais vergonhoso que pareça aos 17 anos nunca ter beijado uma boca, estou bem com isso. Sim, nunca beijei ninguém. E daí? Não é um prêmio de consolação para mim. Nunca ter beijado não significa, também, que pretendo fazer disso um "ritual", isto é, fazer do meu primeiro selinho algo memorável e significativo com alguém que amo. Não sou dono de nenhum clichê.
Colégio de Goyang para garotos 30 de outubro, 2019 10h35
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Para todas as meninas que pretendem se aproximar de Sim Jaeyun, vai o meu conselho: fiquem longe desse cara!
— Seu babaca! — Uma voz aguda, aparentemente feminina, pôde ser pescada ao percorrer do extenso corredor que levava às salas de aula, acompanhada de um estalo. Uma bofetada. Era Minjae, namorada - ex namorada, na verdade - de Jake. Estava trajada com o uniforme da academia Ajin - escola para garotas -, que se encontrava a um quarteirão do nosso colégio. Como entrou aqui? Não faço a mínima ideia. Não é sem mais nem menos que é costume dizer que a ira de uma garota pode mover montanhas.
De longe, acompanhei a cena, de braços cruzados. Porque a falta de reação? Bom, já era previsível que isso iria acontecer, uma hora ou outra.
— Eu posso explicar, Minjae... — Disse, Jake, enquanto a prendia pelo pulso, tentava, pelo menos.
Furiosa, sacudiu o braço e se desvencilhou do jovem Sim. Deu de costas e marchou, acompanhada das amigas, rumo ao exterior. Estava satisfeita, afinal, a impressão de sua mão no rosto de Jake já era o suficiente para deixar seu recado.
Vencido, soltou um suspiro e, cabisbaixo, cruzou o corredor, parando frente à Jungwon. Os curiosos que assistiam a discussão de longe, aquém amontoados nas redondezas, desfizeram os olhares e se agregaram junto aos diversos alunos que transitavam ao longo do corredor.
Yang correspondeu ao suspiro e, de braços cruzados, dirigiu ao amigo um olhar reprovador, como uma mãe dirigiria ao seu filho após um inconveniente. — Isso foi merecido. — Protestou-se, concisamente
— Eu estava bêbado, em minha defesa. — Disse, pouca convicção podia ser lida em suas palavras. Queria, contudo, argumentar a todo custo, mesmo sabendo que estava errado. Um baita cabeça dura, não?
