Assumindo um compromisso

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Colin foi até a casa de Marina para tentar consertar a situação. Ela estava visivelmente irritada, e ele sabia que precisaria de uma boa explicação.

— Marina, me escute, por favor. Eu sei que você está com raiva, mas eu realmente não tinha ideia do que estava acontecendo. Benedict colocou algo na nossa bebida. Eu não estava no meu estado normal, não tinha noção do que estava fazendo.

Marina cruzou os braços, a expressão dura.

— E o que me diz sobre o que vi entre você e a Penélope? Vocês estavam tão próximos, parecia mais do que só uma dança.

Colin suspirou, tentando manter a calma.

— Não aconteceu nada entre nós, eu juro. Penélope e eu somos amigos há muito tempo, e eu jamais faria algo para arruinar isso. Estávamos bêbados e drogados, mas não passamos dos limites.

Marina ficou em silêncio por um momento, avaliando as palavras dele. Finalmente, ela balançou a cabeça, ainda com um olhar cético.

— Eu preciso de um tempo para pensar, Colin. Essa situação toda foi demais para mim.

— Claro, eu entendo. Só quero que saiba que eu nunca faria algo para machucar você ou Penélope.

Marina olhou para Colin com uma expressão determinada, ainda visivelmente magoada.
— Pare de falar o nome dela, Colin! — gritou — Penélope isso, Penélope aquilo... chega! Se realmente não há nada entre vocês, podemos ficar noivos. É a única maneira de me livrar dessa humilhação pública que me fizeram passar, no dia do meu aniversário. Minha família, meus amigos estavam lá!
Colin ficou surpreso com a sugestão. Ele não esperava que a conversa tomasse esse rumo.
— Marina... — começou ele, hesitante. — Isso é um grande passo. Não sei se é a solução certa para o que estamos enfrentando agora.
Ela cruzou os braços, sua expressão permaneceu firme.
— Para mim, é. Se você realmente quer que eu acredite que nada aconteceu, e que você quer um futuro comigo, então essa é a prova que eu preciso.
Colin sentiu o conflito interno crescer. Ele sabia que Marina estava profundamente ferida, mas a ideia de um noivado como uma forma de remediar a situação o deixava desconfortável.
— Preciso pensar, Marina. Isso é algo grande, e não quero tomar uma decisão impulsiva.
Marina olhou diretamente nos olhos de Colin, sua voz cheia de determinação.
— Você não tem tempo para pensar, Colin. Me humilhou sem pensar, então tome uma atitude sem pensar também.
Colin sentiu a pressão aumentar. A expressão de Marina não deixava dúvidas de que ela estava falando sério. Ele percebeu que estava em uma encruzilhada, onde qualquer decisão que tomasse teria consequências duradouras.
O silêncio que se seguiu foi pesado. Colin sabia que, ao concordar, poderia acabar com as dúvidas de Marina e salvaguardar seu relacionamento confortável e estável. Ao mesmo tempo, algo dentro dele hesitava.
Finalmente, ele respirou fundo, sua mente correndo com pensamentos e sentimentos conflitantes.
— Marina, eu... — começou ele, mas suas palavras morreram na garganta, sem saber como continuar.

*****

Na manhã seguinte, Penélope acordou e percebeu que Colin não estava em casa, não sentiu o aroma do café sendo preparado, e nem o barulho dele mexendo nas panelas, também não estava lá para levá-la ao trabalho como de costume. Sentiu-se estranha, uma sensação de vazio e desconforto a invadiu. Tentou afastar os pensamentos enquanto se preparava para o dia.

No trabalho, Penélope atendeu muitos pacientes, mas sua mente estava distante, tentando se concentrar no que precisava ser feito. O dia foi longo, e ela estava ansiosa para chegar em casa e descansar. Quando finalmente terminou o expediente e teve um momento de descanso, seu celular emitiu uma notificação.

Polin - Limite da amizadeOnde histórias criam vida. Descubra agora