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"A única coisa que pode destruir a casa Targaryen era ela mesmo."
A guerra civil entre a Casa Targaryen. Um período de disputas de poder entre Rhaenyra e seu meio-irmão Aegon, quando ambos acreditavam ter direito sobre o trono de ferro.
O reino fi...
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Sangue e Queijo em King's Landing
A noite caía sobre Porto Real, trazendo consigo o manto negro da vingança. Nas sombras do Fosso dos Dragões e dos becos que circundavam o castelo, Sangue e Queijo caminhavam lado a lado, silenciosos como predadores à espreita. Eles eram instrumentos de guerra, assassinos moldados pela promessa de vingança pelo filho da Rainha, Rhaenyra Targaryen, mandado por Daemon a Harwin. O alvo era claro: o príncipe Aemond Targaryen, o homem que havia matado Lucerys Velaryon, filho da Rainha Rhaenyra.
Contudo, a missão tomaria um desvio inesperado. Os espiões da cidade haviam informado que Aemond não estava no castelo naquela noite; ele participava de uma reunião de guerra em outro lugar. Sangue, o cruel ex-carcereiro, e Queijo, o sorrateiro ratoeira, adaptaram rapidamente seus planos. Eles ainda tinham uma chance de ferir profundamente a Casa dos Verde. Com a ajuda de cúmplices entre os servos, os assassinos entraram na Fortaleza Vermelha sem levantar suspeitas. Os corredores eram labirintos.
Mas Queijo, que conhecia cada passagem secreta, conduzia Sangue como um mestre conduzindo um aprendiz. O destino deles era o quarto onde Helena Targaryen, esposa de Aegon II, que estava com seus filhos. Ambos chegaram na calada da noite, empurrando a porta do aposento com força suficiente para despertar a princesa e as crianças.
— Silêncio... – rosnou Sangue, segurando sua adaga contra o pescoço de Helena. A princesa Helena chorava em desespero, enquanto seus filhos tremiam ao seu lado. Jaehaerys e Jaehaera, gêmeos de apenas seis anos, abraçavam-se, aterrorizados, enquanto Maelor, o mais novo, soluçava de medo.
— Vocês escolheram o lado errado na guerra... – murmurou Queijo, com um tom quase casual. — Agora, um preço deve ser pago. – Helena implorou por misericórdia. Prometeu ouro, joias, qualquer coisa que quisessem, mas os assassinos não estavam ali por riquezas.
— Escolha um... – disse Sangue, os olhos fixos na princesa. — Ou matamos todos eles.
Helena gritou, incapaz de responder. O tempo parecia se arrastar enquanto ela encarava o terror diante de si. Incapaz de decidir, ela soluçou e pediu que poupasssem suas crianças. Sangue, impaciente, tomou a decisão por ela. Em um golpe rápido, ele cortou a garganta de Jaehaerys, o filho mais velho. Helena gritou, um som que ecoou pela noite, mas não havia ninguém para salvá-los a tempo no momento.
— Entreguem isso ao rei Aegon... – disse Queijo, jogando o anel ensanguentado do menino sobre o chão de mármore.
Antes que os guardas pudessem chegar, Sangue e Queijo desapareceram pelas passagens secretas. Na manhã seguinte, o castelo foi tomado pelo horror. A morte de Jaehaerys marcará um dos momentos mais sombrios da Dança dos Dragões, consolidando o ódio entre as duas facções da Casa Targaryen. Sangue e Queijo haviam "cumprido" sua missão, mas o preço dessa tragédia ecoará por gerações nos seres reinos.
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