A paixão pela ciência levou Jeon Jungkook a criar diamantes perfeitos, mas a descoberta o tornou vilão da própria história. Sequestrado e com a mente à venda, ele se alia aos criminosos controladores da Isis, a IA mais avançada do planeta. Nesse cen...
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Do terraço, Chang assistia à aproximação do piloto experiente Jung Hoseok até a aeronave, o homem que traria o funcionário desaparecido, a sua fonte de diamantes infindáveis, de volta aos olhos do diretor. Estava ansioso e preocupado, mantinha as mãos cruzadas nas costas tão rígidas quanto a sua expressão, mirando da parede de vidro transparente o plano ser executado.
— Tem certeza de que esse rapaz é seguro, filho? — Perguntou sem olhar para Taehyung, que permanecia impecável ao seu lado, levando uma sensação de conforto e segurança. E acima disso, zelando pela sua máscara e disfarce em seu jogo duplo.
— É o meu piloto de confiança. O único capaz de fazer um voo seguro sem acionar a torre de controle de tráfego aéreo. — Sorriu, virando a face serena e otimista para o homem que permanecia com os olhos colados aos movimentos de Hoseok dentro da aeronave. — É também quem tem feito meu coração voar, amigo.
Recebeu um aceno positivo como resposta.
Chang se virou para Taehyung e deu um sorriso curto, mostrando entendimento pela parte emotiva de Kim em relação ao piloto — Confio em você! — Um pigarro forçado e um porém — mas certifique-se de que ele vai cumprir o voo.
Taehyung mostrou a tela do celular para o diretor.
— Vamos acompanhar todos os segundos até o retorno dele.
Mal sabia Chang que o trajeto que assistiria seria completamente moldado pela Ísis, um GPS que parecia super tecnológico, mas não passava de mais uma peça de criação da IA.
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No Zefir
Yoongi, que acompanhava a missão através das câmeras de segurança transmitidas pela sua criação, permanecia em contato com os seus, respondendo à conversa de Chang, fazendo um sorriso mínimo e sutil brotar involuntariamente nos lábios de Taehyung.
"— Confio em você!"
— Vai confiando... — Acionava os drivers, comunicadores e alguns prompts de comando para que a conexão entre a aeronave da Global M e a Ísis se firmasse. — O coroa do helicóptero tá preocupado, Hobi.
— Ele olha de um jeito para o V que por muito menos Jimin já teria explodido ele...
— Punheteiro. Só mais alguns segundos e... — O painel da aeronave já aparecia para o seu total controle — Pronto, estamos dentro, pode acionar voo.
— Ísis, preparar para decolar... — O comandante ordenou.
— Iniciando a partida...
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Rotações Anteriores
Há alguns quilômetros, Park se preparava para deixar o chalé junto a Hyunjin, no Bell 459, com todo um arsenal que seria necessário para o funcionamento da operação.
Do lado de fora, conferindo o material, declarou como último aviso.
— Hyunlix, você sabe que se algo acontecer ao doutor, eu mato seu namorado e sua família inteira, incluindo seu tio. Não preciso ficar repetindo isso, né?
Jeon, que se aproximava da aeronave, deu um sorriso curto e entregou a caixa pequena a Hyunjin que organizava na área dos passageiros.
Enquanto carregava os objetos do celeiro para o helicóptero, Jungkook evitava olhar para o carro da dupla, onde dois corpos estavam armazenados. Um deles continha seu próprio DNA; o outro seria usado para justificar o corpo do piloto morto no acidente.
Jeon considerou olhar para aquele pedaço de ciência repousando na caixa especial no fundo do veículo, mas optou por deixar para a imaginação. Talvez fosse pesado demais ver um corpo com a mesma estrutura e tatuagens que a sua. Seria como se ver morto, e ele não tinha saúde emocional para lidar com mais essa sensação.
Toda saída de Park o deixava triste e em conflito, por mais que desse razão a Namjoon e não julgasse Jimin como um réu no banco dos próprios sentimentos, analisando o que ele merecia ou não receber, aquele incômodo existia graças a uma vida de aprendizado construindo muros com tijolos compostos entre certo e errado. Aquilo não mais te dividia, mas te habitava. Ainda era desconfortável.
— Sei. Preciso falar com você, tiozão. — O esforço para soar com o bom humor de sempre deixou todos meio balançados — Hyunjin trocou olhares com Jeon e com Lee e fingiu não se importar — assuntos maternais, se é que vocês me entendem.
Arrastou Jimin para próximo do carro, tentando parecer o mais natural possível.
— Ele tá com medo...
— Seja claro, Hyunlix, minhas bolas não são de cristal.
— O Hyunjin tá com medo... de fazer algo errado e isso causar uma grande merda. Medo do plano em si não funcionar, de não conseguir pilotar com a Ísis, sem o Hoseok. Medo... — Se apoiou no veículo, disfarçando ao chutar uma pedra perdida no chão. — E eu também tô, porque ele... ele é sempre muito corajoso, se ele tem medo, eu já fico... com medo também.
— Felix, — buscou os olhos naquela pose imponente e confiante — vai dar certo porque sempre deu certo. Ele está buscando em você o suporte que costuma ser, mas você é tão inútil quanto eu quando o assunto é relacionamento.
— Ele é importante pra mim.
— Azar o seu. Olha, ninguém vai morrer hoje, tá legal? — Fez uma ressalva tentando levar humor à tensão — se o doutor estiver inteiro quando eu chegar... — Recebeu um sorriso soprado — Prometo proteger ele com minha vida, moleque. Já que tá aqui, vamos levar os corpos para a aeronave, é só o que falta.
Estavam prontos. Em despedida, Park prometeu entrar em contato e voltar assim que fosse possível, recebeu um abraço caloroso de Jeon, daqueles que te envolvia inteiro e parecia te proteger do mundo. Daqueles que os olhos fecham enquanto você suspira o cheiro do outro como uma memória olfativa na ilusão de ser suficiente até o seu retorno. Daqueles que ele não sabia como era, mas que era muito bom ter.
Hyunjin, claramente nervoso, ocupou o banco de copiloto, ao lado de Park, que assumiria apenas se algum risco fosse evidente. Apesar da aeronave ser guiada pela Ísis, ele sentia a ausência de Hoseok como um desequilíbrio, uma peça essencial faltando ao próprio eixo.
Respiração mais rápida e olhos presos no painel, tudo estava pronto para decolar. Tudo, menos ele.
— Tá esperando um convite formal, Hyunlix? — Park provocou.
— Não é isso... Será que...
— Você passou horas com o Hoseok e a Ísis sobrevoando nessa lata. Você conhece essa máquina tão bem quanto qualquer um de nós. Você acha que o Hobi confiaria esse papel a você se não tivesse certeza de que você daria conta?