Capitulo 46

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_________ Nat's pov________

"Estava despertando, de novo...
Meu corpo estava dormente e meus olhos ainda fechados.
Mas pelos barulhos dos equipamentos, pelo jeito que eu estou deitada e pela mão segurando a minha, diria que estou em um hospital.
- querida?
Abri os olhos e encontrei Rebeca alí.
Olhei ela e ela sorriu.
- meu Deus...
- o que?
- você....
- o que tem eu Nat?
- é linda.
Ela sorri dessa vez envergonhada e me beija.
- já deve estar se sentindo melhor, não é?
- um pouco.
Faço força pra levantar mas ela me para.
- ei, ei, não faz força. Saiu de uma cirurgia complicada.
Me deitei.
- quanto.... Quanto tem eu tô aqui?
- dois dias.
- dois dias? Meu Deus!
- a cirurgia foi complexa, você teve uma parada cardíaca na ambulância a caminho daqui e mais duas na mesa de cirurgia. Deu um bom susto em nós.
- desculpa.
- tudo bem. Não foi sua culpa.
- o aconteceu com o Erick?
Ela beijou minha mão.
- o carro dele capotou na fulga e caiu de uma ponte, encontraram  o corpo dele e o carro.
- uau, quanto perrengue.
- tem razão.
- olha só quem acordou.- um doutor veio até nós.- senhorita Rangel.
- pode me chamar de Nat.
- obrigada, Nat.
- querida, esse é o doutor Waltberg, ele realizou sua cirurgia na remoção da bala.
- sim, por sorte não rompeu nenhum dos ossos, ou algo grave. Você é bem forte e resistente.
- obrigada doutor Waltberg.
- por favor, me chame de Bryan.
- obrigada, Bryan.
Ele sorri.
- bom, tem uma boa gente querendo falar com você.
Olhei pra porta e vi, Duda, Dani, Sophia, Sam, Damiam, Pedro, Luna, meus pais, meu padrasto, Julia, Emma, Chris, Diogo, Andrew, Justin e Henrique.
Com balões, flores entre outros.
- meu Deus do céu.
- é muito querida, senhorita Rangel.
- tem razão doutor, ela é.
Rebeca diz.
Passo o resto da tarde atendendo meus fãs.

....

Fiquei uma semana de repouso até ir pra casa,  estava andando devagar por causa dos pontos.

Uma semana depois tudo já estava mais recuperada, os pontos cicatrizando aos poucos.
R

ebeca faltou a semana toda e ficou aqui, dando a desculpa de que precisava ir ao médico ver algo dos pontos.
Sim, exatamente.
Aproveitei que estava em casa e coloquei a matéria da faculdade em dia, já estávamos em novembro e minha prova começa daqui a três semanas, relatei o que aconteceu e a faculdade me deu apoio.
- três meses? É muito pouco tempo pra pensar em tudo pra um casamento.
Minha mãe fala alarmada.
Eu e Rebeca rimos.
- não é nada, vai ficar tudo bem.
Rebeca fala.
- olha, realmente, pra quem dizia que iria se casar ao vinte e tantos anos você mudou bem fácil.
Dei de ombros.
- acontece, você sabe.
- não sei não, não me casei aos vinte e dois anos.
Coloquei a mão no peito de brincadeira.
- aí!
Me levanto.
- onde vai.
Rebeca se levanta comigo.
- vou até a construção da escola, já volto.
- eu te levo.
- tudo bem. Até mais tarde mãe.
- até.
Saímos do escritório da minha mãe e depois de casa indo até o carro.
- está nervosa também? Quer dizer, em três meses vamos nos casar e puxa, ainda parece um sonho.
Ela diz enquanto dirige.
- eu também estou nervosa, mas também muito feliz, de verdade. E já disse, você é um sonho.
Ela ri e segura minha mão.
- tem uma coisa que eu quero muito falar.
- o que?
- os filhos da Merilyn.
Olhei pra ela.
- o que tem eles?
Ela parou o carro no sinal.
- e se depois que casarmos nós meio que assim, adotarmos eles?
- sério? Tá falando isso mesmo?
- sim, vi o quão apegada ficou com eles e um passarinho me contou que você estava com planos de adota-los. O Chris me levou pra conhecer eles, eles me receberam bem, apesar da mais velha ser muito desconfiada.
- é ela é sim. Nossa, obrigada por isso de verdade. Realmente me apeguei a essas crianças.
- por nada, meu amor, é bom te ver feliz.
- pode por favor me beijar? Eu não posso fazer esforço.
Ela sorri e faz o que eu peço, é curto mas o suficiente pra me deixar animada.
Meu Deus, agora eu tô parecendo uma coelha no cio.
- vamos.
O sinal abre.
Ela diz e dá partida.
Quando chegamos lá, vejo a equipe trabalhando com vontade, o primeiro andar está quase completo. Isso me faz sorrir ao sair do carro.
Tá tudo indo tão rápido, temos a autorização, vamos ser verificados pela vigilância sanitária quando tudo terminar, temos parceria com a própria prefeitura.
Logo mandarão o currículo dos professores, meu professor de arquitetura vai ser o diretor.
Conversei com todos e agradeci pelo trabalho ter continuado na minha ausência.
Eles me receberam bem e me parabenizaram pelo casamento o por tudo que promovi a realizar.
Fiquei um pouco ali, observando o início de um projeto que tá dando certo, muito aliás.
Rebeca me abraça ficando frente a frente comigo.
- pelo seu rosto, vejo o quanto está feliz.
Sorrio.
- você não imagina o quanto.
Abracei sua cintura.
- sabe... Eu havia renovado o contrato de quatro anos com a escola e acaba esse ano, posso morar aqui e conseguir um emprego derivado.
- não precisa trabalhar, sabe disso.
- eu sei, mas gosto do que faço.
Eu sorrio.
- é eu sei, e te admiro por isso.- beijei seu nariz- e sobre isso, quero te levar a um lugar.
- onde?
- vou te mostrar, eu dirijo.
Fomos juntas, abri a porta do carro pra ela e entrei no outro lado, dei partida.
- o que tá aprontando, Natalha?
- você vai ver, calma.
Falei em um tom divertido.

Demorou mas chegamos em Venice Beach.
- o que estamos fazendo aqui?
Ela pergunta.
- por que não vê você mesma.
Saímos do do carro, levei ela até uma casa que tinha um quintal incrível, era uma linda casa estilo família.
- uau, que casa linda. Vamos encontrar alguém aqui?
- não.
Mostrei as chaves na minha mão, ela abriu a boca.
- Natalha, você não...
- comprou uma casa linda em Venice Beach com um vista incrível, espaçosa e linda pra caber nossa família que mesmo sem ser casadas, já temos? Sim.
Abri o portão automático e estendi a mão dela e entramos.
- meu Deus, isso é... Incrível, você é incrível.
Sorri pra ela.
- é tudo nosso, minha tia me deu essa casa, você sabe, eu sou a filha única, até agora. Nunca soube o que fazer com ela mas com toda certeza não venderia, então prometi também que se um dia casasse eu traria minha pessoa amada pra morar comigo aqui.
- você fez muitas promessas a você mesma quando era solteira, parece que sempre quis casar.
- bom, de uns meses pra cá sim- rimos- vem, vamos entrar.
Fomos até a porta e abrimos, ela olhou admirada pra tudo.
- é tão grande e lindo.
Ela diz.
- eu queria que fosse, gostaria de que tudo tivesse nosso toque- segurei sua mão - e eu gostaria de que tudo tivesse você e eu.
- isso tudo é lindo meu amor.
Ela ne beijou e começou a andar pela casa.
- onde você tá indo é a cozinha.
- ah, sim. Acho que percebi pelo balcão.
Ele entrou e eu fui atrás dela, ela estava com as mãos apoiadas no balcão olhando tudo.
Me pus atrás dela e beijei seu ombro, abraçando seu corpo.
- eu quero te mostrar o resto da casa- beijei a nuca dela e ela se arrepiou.- só que fazendo amor com você por todos os cantos.
Ela sorri e se vira pra mim.
- não posso transar com você.
- por que?
- eu arranho muito suas costas quando está por cima.
Me virei, invertendo nossas posições, me pressionando pro balcão e puxando ela contra mim e beijei seus lábios.
- então fica por cima o tempo todo, eu não me importo. Faz o que quiser comigo hoje...
Sussurrei e ela me olhou com desejo eminente em seus olhos, eu não fiz nada e as pupilas dela dilataram, isso me fez sorrir maliciosamente.
Ela me pega pelos cabelos e me beija, lento e sensual.... Melhor maneira de inaugurar uma casa."

Beautiful Teacher- O Reencontro.Onde histórias criam vida. Descubra agora