Capitulo 25.

0 0 0
                                    

O silêncio da noite de Nova York parecia incomum. Mesmo em uma cidade que nunca dormia, as ruas abaixo estavam estranhamente calmas, como se o universo tivesse dado um tempo para que Benjamin e Peter respirassem. Depois de semanas intensas, com lutas contra vilões, ameaças do multiverso e a tensão de manterem seu relacionamento em segredo, os dois finalmente tinham um momento só para eles.

Peter havia sugerido algo diferente naquela noite: uma escapada para o telhado de um prédio no Brooklyn, longe das luzes e do movimento constante de Manhattan. Ele conhecia o lugar desde os tempos de ensino médio, um refúgio silencioso que agora parecia perfeito para o que planejava.

Benjamin, ainda se acostumando com o romantismo peculiar de Peter, aceitou sem muitas perguntas. E agora estavam lá, sentados em um cobertor que Peter havia trazido, olhando para as estrelas.

— É estranho pensar que, lá fora, existem tantos universos... — Peter disse, quebrando o silêncio. Ele estava deitado de costas, as mãos atrás da cabeça, encarando o céu. — E, mesmo assim, de alguma forma, nós dois acabamos juntos.

Benjamin sorriu, deitando-se ao lado de Peter. Ele olhou para o céu, mas seus pensamentos estavam fixos no rapaz ao seu lado.

— Eu costumava pensar que era tudo uma questão de acaso — respondeu Benjamin, sua voz calma. — Mas, depois de tudo o que passamos, começo a acreditar que algumas coisas simplesmente tinham que acontecer.

Peter virou o rosto para ele, seus olhos brilhando com a luz das estrelas.

— Você acha que estávamos destinados a isso?

Benjamin pensou por um momento antes de responder.

— Destinados, não sei. Mas acho que, em qualquer universo, em qualquer realidade, eu teria encontrado uma forma de me apaixonar por você.

As palavras de Benjamin fizeram Peter sorrir, mas também o deixaram sem palavras. Ele nunca havia se sentido tão visto, tão compreendido. Por alguns segundos, apenas ficou olhando para Benjamin, absorvendo cada detalhe dele: os olhos brilhantes, o sorriso meio tímido, a forma como parecia carregar o peso do mundo, mas ainda encontrava espaço para amar.

— Isso foi bonito, Ben. Acho que você ganhou o prêmio de frase mais romântica da noite. — Peter disse, tentando aliviar a intensidade do momento, mas ainda sentindo o peso das palavras de Benjamin.

Benjamin riu, jogando uma almofada improvisada no rosto de Peter.

— Eu tento.

Depois de alguns minutos de brincadeiras, o silêncio voltou a envolvê-los. Mas, dessa vez, não era desconfortável. Era um silêncio que falava mais do que palavras poderiam.

— Peter — Benjamin começou, hesitante. — Você já pensou sobre o futuro?

Peter se sentou, apoiando-se nos cotovelos, e olhou para Benjamin.

— Tipo... o futuro, futuro?

— É. O que acontece depois disso tudo? Depois de tantas batalhas, de tudo o que enfrentamos... o que acontece conosco?

Peter ficou em silêncio por um momento, pensando. Ele sabia que Benjamin tinha razão em se preocupar. O trabalho que faziam, as responsabilidades que tinham como heróis, tudo era imprevisível. Mas ele também sabia que não podia deixar o medo ditar suas ações.

— Eu não sei, Ben. — Peter finalmente respondeu, com sinceridade. — Não sei o que vai acontecer amanhã ou daqui a um ano. Mas sei de uma coisa: não importa o que aconteça, eu quero que você esteja lá.

Benjamin sentiu um calor se espalhar por seu peito. As palavras de Peter eram simples, mas carregavam um significado profundo.

— Você tem ideia do quanto eu te amo? — Benjamin perguntou, com um sorriso que era ao mesmo tempo divertido e cheio de emoção.

𝙲𝚘𝚗𝚎𝚡ã𝚘 𝙼𝚘𝚛𝚝𝚊𝚕 Onde histórias criam vida. Descubra agora