𝗖𝗮𝗽𝗶́𝘁𝘂𝗹𝗼 𝗨́𝗻𝗶𝗰𝗼...

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[ Narrador !! ]

Suzuka nunca gostou do outono. As folhas caindo a faziam lembrar que tudo na vida era passageiro, e o céu nublado parecia pesar ainda mais em seu humor. Mas, naquela tarde, algo estava diferente.

Moa havia arrastado Suzuka para uma caminhada pela floresta, ignorando as ameaças de chuva.

— Você precisa aprender a aproveitar o momento! — dizia Moa, rindo enquanto chutava um amontoado de folhas secas.

— Aproveitar se molhando até os ossos? — retrucou Suzuka, cruzando os braços.

Mas, secretamente, Suzuka não se importava tanto assim. Era impossível ficar irritada com Moa, especialmente quando ela parecia tão cheia de vida.

Quando a chuva finalmente começou, foi suave, como um sussurro.

— Ah, eu sabia que isso ia acontecer! — Moa riu, estendendo os braços para sentir as gotas.

— Eu avisei — Suzuka respondeu, mas sem a dureza que pretendia.

Moa olhou para Suzuka e, em vez de reclamar ou procurar abrigo, sorriu de uma maneira que fez Suzuka esquecer o frio.

— Sabe... eu adoro a chuva. Parece que ela limpa tudo, sabe? Como se fosse um recomeço.

Suzuka abriu a boca para responder, mas não conseguiu. Moa estava tão perto, os olhos brilhando mesmo sob o céu cinza. O coração de Suzuka bateu mais rápido, e antes que pudesse pensar, Moa segurou sua mão.

— Suzuka, tem algo que eu preciso dizer...

Suzuka congelou. O tom de Moa era sério, algo raro nela.

— Eu gosto de você. Quero dizer, gosto mesmo.

Por um momento, o mundo pareceu parar. As gotas de chuva escorriam pelo rosto de Suzuka, mas ela mal sentia.

— Você... gosta de mim? — Suzuka perguntou, a voz quase um sussurro.
— Muito. — Moa riu, nervosa. — Sei que sou meio bagunceira e às vezes te irrito, mas... eu não consigo evitar.

Suzuka olhou para ela, as palavras engasgadas. Mas, em vez de responder, deu um passo à frente e segurou o rosto de Moa com delicadeza.

— Você não me irrita tanto assim. — E, antes que a coragem lhe faltasse, Suzuka se inclinou e a beijou.

Foi suave, tímido no início, mas logo se tornou algo mais profundo, como se ambos estivessem esperando por esse momento há muito tempo.

Quando se separaram, Moa sorriu, com as bochechas vermelhas.

— Então... suponho que você também gosta de mim? — brincou.

— Talvez. — Suzuka sorriu de volta, tentando esconder a vergonha.

Elas ficaram ali, sob a chuva, de mãos dadas, com o coração quente, como se o mundo inteiro tivesse desaparecido. E, pela primeira vez, Suzuka percebeu que o outono também podia ser bonito.

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Fim . . .   (⁠*⁠´⁠ω⁠`⁠*⁠)

Sob A Chuva De Outono ! - SumoaOnde histórias criam vida. Descubra agora