SaneGiyu {Sanemi x Giyuu}

Capítulo 7 - A Confissão Ardente

Sanemi já estava à beira da explosão. A cada dia que Tomioka o ignorava, a frustração dentro dele crescia como um vulcão prestes a entrar em erupção. Não importava o que fazia — provocava, falava alto, tentava interceptar o caminho de Tomioka —, tudo era recebido com o mesmo silêncio frio e indiferente.

"Por quanto tempo você vai continuar com isso, Giyu?" grunhiu Sanemi enquanto socava um tronco no jardim. Ele sabia que merecia aquele tratamento, mas não aguentava mais a distância.

Ele precisava resolver isso. E resolveria do jeito dele, mesmo que significasse forçar Tomioka a ouvi-lo.

Naquela noite, Sanemi aproveitou o momento perfeito. Sabendo que Tomioka estava em seu quarto, ele entrou sem cerimônia, fechando a porta atrás de si e trancando-a com um clique audível.

Tomioka, que estava sentado na cama, levantou os olhos imediatamente. "Sanemi? O que você quer agora?"

"Chega, Giyu", disse Sanemi, aproximando-se com passos firmes. "Eu tô cansado desse seu joguinho de me ignorar."

"Não estou jogando nada, Sanemi. Apenas... não tenho nada a dizer", respondeu Tomioka com um tom baixo, mas firme.

Sanemi parou diante dele, seus olhos queimando de frustração. "Nada a dizer? Depois de tudo que aconteceu entre a gente, é só isso? Um silêncio? Eu não aceito isso, Giyu."

Tomioka suspirou, desviando o olhar. "Eu acho melhor você sair."

"Eu não vou a lugar nenhum", disse Sanemi, cruzando os braços. "Você vai me ouvir, quer goste ou não."

"Você acha que é fácil pra mim?" Sanemi começou, sua voz carregada de emoções. "Você acha que eu queria te rejeitar daquele jeito? Que foi simples dizer aquelas coisas e fingir que não me importava? Porque não foi. Foi a droga de um pesadelo."

Tomioka piscou, surpreso com a honestidade repentina de Sanemi.

"Eu fiquei com medo, tá legal? Medo do que os outros iam pensar. Medo do que eu ia pensar. Mas, caramba, Giyu, eu não consigo mais segurar isso."

Antes que Tomioka pudesse reagir, Sanemi se inclinou e o puxou para um beijo rápido, mas intenso. Tomioka tentou falar algo, mas Sanemi o interrompeu novamente.

"Não fala nada. Só escuta."

Sanemi o empurrou gentilmente contra a cama, segurando os ombros dele, enquanto o olhava nos olhos. "Eu gosto de você, Giyu. Gosto mais do que achei que fosse possível. E você sabe disso."

Tomioka, visivelmente abalado, tentou processar as palavras, mas antes que pudesse dizer algo, Sanemi o beijou novamente, desta vez mais lento, como se quisesse transmitir tudo o que sentia.

A noite seguiu com ambos descobrindo uma nova proximidade. O quarto parecia mais quente, mais vivo, enquanto eles compartilhavam momentos de carinho e intimidade.

Mais tarde, ambos estavam deitados lado a lado, respirando tranquilamente.

"Você é impossível, sabia?" disse Tomioka, olhando para o teto com um leve sorriso.

"Você que é teimoso", retrucou Sanemi, rindo baixinho. "Mas acho que é por isso que gosto de você."

Tomioka se virou para encará-lo, os olhos mais suaves do que Sanemi estava acostumado a ver. "Você sempre faz as coisas do jeito mais difícil, não é?"

"Faz parte do meu charme", respondeu Sanemi com um sorriso travesso, puxando Tomioka para mais perto.

Quando a manhã chegou, a luz do sol invadiu o quarto, iluminando os dois ainda deitados na cama. Sanemi, com o braço jogado sobre Tomioka, acordou primeiro e observou o rosto tranquilo do outro.

"Até dormindo você é sério", murmurou ele, rindo baixinho.

"Eu ouvi isso", disse Tomioka, abrindo os olhos lentamente.

Sanemi riu, afastando o cabelo da testa de Tomioka. "Acho que agora você não vai mais me ignorar, né?"

Tomioka suspirou, mas havia um pequeno sorriso em seus lábios. "Não. Mas só porque você é irritantemente insistente."

"Admito. E agora você vai ter que lidar comigo para sempre."

Tomioka fechou os olhos novamente, deixando escapar um suspiro de resignação. "Eu já deveria ter me acostumado."

E assim, sob o brilho suave da manhã, os dois começaram um novo capítulo juntos, com menos barreiras e mais confiança.