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Lieve elsie
O dia amanheceu nublado e de alguma forma, quando Lieve abriu os olhos ela sentiu que seus dias estavam prestes a mudar.
Depois que tomou um banho e se aprontou para seu dia, ela foi para o primeiro andar da casa e encontrou carl e Sophie fazendo o café da manhã e do outro lado da casa, na sala, estavam lorenzo e theo dormindo agarrados e de boca aberta.
Lieve fez uma careta e se aproximou da bancada da cozinha ficando ao lado de carl
- bom dia - sorriu para os dois - pronto pra voltar pra casa? - Lieve perguntou a carl
- sim, meu pai vai querer me matar por ficar tanto tempo fora. Inclusive Lieve, eu preciso falar com você depois - disse parecendo apreensivo
- claro! Pode ser depois do café da amanhã? - Lieve viu o garoto concordar com a cabeça.
Os três sentaram na mesa e comeram tranquilamente, não demorou muito para theo acordar e se juntar a eles fazendo o clima ficar mais leve com suas brincadeiras.
Depois do café da manhã carl e Lieve foram para o depósito de comida da comunidade preparar algumas coisas pra pequena viagem que iriam fazer. No caminho questões chegaram a cabeça de Lieve, dúvidas como: carl seria confiável o bastante para simplesmente o largarmos assim? Ele contaria a todos sobre a comunidade?
As dúvidas fizeram o corpo de Lieve gelar por um momento e respirar fundo tentando se sentir calma
- tudo bem? - perguntou carl tocando o ombro dela
- sim - deu uma risadinha sem graça pra disfarçar - só estava.. pensando - sorriu pra ele, mas Carl não tinha caído no papinho dela. Lieve com toda certeza era péssima em disfarçar
Os dois chegaram rapidamente ao depósito e logo começaram a arrumar as coisas
- Lieve, sobre o que eu queria falar com você.. - ele começou parecendo nervoso
- pode falar - liv sorriu
- eu queria te pedir um favor, um favor dos grandes - sorriu amarelo pra ela e abaixou a cabeça - eu já te falei sobre negan e sobre como ele tá atacando minha comunidade né? - ergueu a cabeça vendo Lieve concordar - olha, o seu povo é treinado e armado até os dentes. Vocês parecem preparados para qualquer coisa e acho que.. vocês seriam ótimos pra nos ajudar
- carl.. - Lieve o olhou e carl não conseguiu distinguir o significado daquele olhar, era medo? Podia ser até pena dele
- obviamente não seria de graça! - ele se apressou a dizer - a gente poderia trocar comida, plantação. O que vocês quiserem! Ter amizades com outras comunidades é sempre bom.
Lieve o olhou com pena, ele estava praticamente implorando por ajuda e liv sentia que ele era uma boa pessoa, mas ela não queria colocar sua comunidade, as suas pessoas em risco assim
- carl eu te entendo, sério - ela suspirou e abaixou o olhar - acontece que eu não posso colocar os moradores em risco assim, além de que os outros precisam concordar - ela sorriu triste pra eles
ela viu perfeitamente a esperança desaparecendo no olhar de carl e quis se bater por o deixar assim.
- mas.. isso não é um não - carl a olhou no mesmo segundo - eu e Luccas vamos juntos hoje para sua comunidade, a gente precisa negociar melhor.
- sério? Muito obrigada, obrigada mesmo liv! - carl respirou fundo e sorriu de orelha a orelha fazendo Lieve sorrir também
Depois desse diálogo que quase fez Lieve morrer de pena e carl morrer do coração, Lieve foi pra cada ajeitar algumas coisas e deixou carl ajudando o pessoal que iria junto.
Quando chegou ela foi ao seu quarto encontrando Luccas ainda dormindo lá
- acorda bela adormecida - falou batendo nas costas dele - já são nove horas, a gente sai depois do almoço.
Ela apenas ouviu alguns murmúrios ( que não entendeu, mas chutava que eram xingamentos direcionados a ela) e resmungos.
Pegou uma uma calça jeans verde escuro com dois bolsos na parte da coxa, uma blusa de manga longa preta que tinha alguns botões no meio e era fina o bastante pra não a fazer passar calor e uma bota preta básica. Foi ao banheiro se trocar e depois de alguns minutos já estava vestida, quando saiu pode ver Luccas sentado na cama e olhando pra um canto aleatório
Ela não se importou nem um pouco já que era acostumada com as esquisitices dele, deu um tapinha na cabeça dele e pediu pra ele se arrumar logo antes de sair do quarto com sua mochila nas mãos.
Antes de sair de casa ela deixou um beijo na bochecha das meninas que estavam na cozinha e bagunçou o cabelo de lorenzo, não fazia a mínima ideia de onde estava theo.
Foi a enfermaria e enfiou alguns remédios na sua mochila, o básico: gazes, remédio pra dor, ataduras e soro fisiológico pra limpar feridas.
Saiu da enfermaria e andou até a onde estava carl e alguns outros meninos da comunidade, chegou cumprimentando a todos e riu quando avistou uma menina se jogando pra cima de carl
Carl a olhava com os olhos arregalados tentando entender como alguém tinha tanta ousadia assim e quando avistou Lieve quase gritou por ajuda, felizmente Lieve entendeu e foi o salvar
- Oi carl e.. cleo - Lieve fingiu que não tinha a visto ali e recebeu um oi azedo da garota - eu preciso de uma ajudinha sua lá - Lieve falou pra carl, ela colocou um dos braços envolta do pescoço dele e acariciou levemente
Essa ação fez Cleo olhar para os dois com as sobrancelhas franzidas antes de revirar os olhos e sair dali, o que fez carl suspirar aliviado
- obrigado, ela parecia uma louca - Lieve ri com a fala dele
- ela é assim mesmo, me ajuda a pegar umas comidas pra viagem?
Carl concordou e eles foram encher algumas mochilas de comida, aproveitaram o tempo arrumando outras coisas e quando perceberam já era 12:00PM, o tempo passou voando!
Eles foram pra casa almoçar junto com os outros e logo depois do almoço eles se prepararam pra sair.
Já no portão, Lieve se despedia de seus amigos juntamente com carl e Luccas
- se vocês não voltarem em três dias eu juro que bato nos dois! - Miranda disse fazendo todos rirem
- cuidado amiga! - Sophie abraçou Lieve
- se acontecer algo você pode jogar o Luccas pros zumbis tá bom! - Lise falou enquanto a abraçava
- pode deixar - Lieve falou e recebeu um tapinha atrás da cabeça de Luccas.
Depois da despedida de sempre os três partiram em um carro separado
- carl, não me leva a mal mas preciso que você use isso - Lieve disse estendendo um lenço e fez carl a olhar confuso - é pra tampar os olhos e você não ver o caminho, é só por alguns minutos
- tudo bem - carl disse depois de pensar um pouco e se aproximou deixando Lieve amarrar em volta da cabeça dele
O caminho foi tranquilo e depois de alguns minutos carl já pode tirar o lenço dos olhos, eles conversaram quase a viagem inteira e sem perceber já estavam nos portões de Alexandria
- é grande! - Lieve disse parecendo nervosa
- tem certeza que eles não vão nos matar né caipira? - Luccas perguntou pra carl
- relaxem! - disse e saiu do carro sendo seguido pelos outros dois, que estavam com armas na cintura e algumas facas escondidas pela roupa, isso sem mencionar as bombas caseiras que Lieve escondeu na mochila dela e do Luccas.
