carta para Lux

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Jinx

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Jinx

Enquanto voltávamos para casa, minha mente estava completamente tomada pela questão das testemunhas. Como eu faria para conseguir alguém que falasse a meu favor?

As únicas pessoas que poderiam me ajudar eram... Não, isso seria impossível. Não posso pedir para Lux sair de Demacia só para limpar minha barra. Não seria justo com ela, com tudo o que já passou.

Mas eu precisava de uma solução. Precisava de alguém.

Atravessamos a ponte novamente, eu e Sevika, desta vez em direção ao esconderijo dos Fogolumes, onde Ekko estava com Ellie.

Quando chegamos, não houve resistência. Fomos rapidamente autorizadas a entrar, como sempre. Eu me pergunto por que ainda chamam aquele lugar de "esconderijo". Todo mundo sabe onde fica, não é mais nenhum segredo.

Assim que entramos, meus olhos procuraram por Ellie. Ela estava ali, brincando com uma mulher que reconheci imediatamente: a médica que me atendeu quando estive aqui pela primeira vez.

Elas estavam sorrindo, se divertindo. A cena parecia estranhamente normal, algo que eu não costumava associar à minha vida.

Então, vi Ekko perto delas, rindo de algo que a doutora havia dito. A visão me deixou inquieta. Não era ciúmes exatamente, mas algo naquela interação me incomodava. Ellie ria, Ekko a pegava no colo, e por um breve momento eles pareciam... uma família. Uma família normal e saudável.

Meu peito apertou, mas antes que pudesse afundar demais nos meus pensamentos, Ellie me viu. Seus olhos brilharam, e ela correu em minha direção com os braços abertos.

— Mamãe! Que bom que você voltou!

Ela me abraçou com força, e eu a peguei no colo, sentindo seu calor reconfortante contra mim. Por um instante, tudo o que importava era aquele momento, com minha filha segura em meus braços.

Eu acariciei seus cabelos enquanto sentia aquele misto de alívio e culpa me invadindo. Cada sorriso dela era um lembrete de por que eu estava fazendo tudo isso, mas também um peso enorme sobre os meus ombros.

Ekko se aproximou devagar. Ele olhava para nós com uma expressão difícil de decifrar, algo entre alívio e preocupação.

— Como foi? — perguntou, sem rodeios.

— Sobrevivi — respondi, tentando dar um tom despreocupado, mas minha voz carregava uma tensão que eu não conseguia disfarçar.

Sevika deu um passo à frente, dando um suspiro.

— Vai ser uma longa jornada. Eles querem testemunhas que provem que a "nossa Jinx" aqui não vai explodir Piltover no meio de um ataque de nervos.

Ekko ergueu uma sobrancelha, claramente intrigado. — E quem você vai chamar pra isso?

•UM PRESENTE DO PASSADO• [Timebomb] • ArcaneOnde histórias criam vida. Descubra agora