Assisto o nascer do sol, lendo o diário que eu escrevi com quinze anos.
Ele estava vazio nas últimas treze páginas, devo ter esquecido de terminá-lo..
Nas últimas três páginas que eu não terminei, eu falava sobre a morte do meu pai, eu e Charles éramos muito apegados a ele.
Eu estava planejando me matar para encontrar meu pai..
Charles descobriu isso, e desde então eu tenho que tomar remédios para ansiedade.
As vezes eu esqueço, as vezes não, também não dou muita importância para isso como antes.
Em algumas páginas eu dizia o como era importante o fato de que meu nome ia ser Soleil, eu achava isso um máximo, até hoje eu acho um máximo, mas por algum motivo que eu nunca ousei perguntar, meu nome é Emma.
Sabe? As vezes eu me pergunto
Se algum dia alguém vai me amar de verdade, não tenho um corpo bonito, um cabelo bonito..Charles diz que não é verdade, e que eu sou especial do meu jeitinho, mas é difícil acreditar depois do que eu ouvia na infância.
"Ela não pode fazer educação física, vão confudir ela com a bola na hora do futsal"
"Qual Emma? A gorda ou a loira?"
Dançar, escrever, ouvir música e atuar. Tudo contribui para me ajudar a esquecer esse sofrimento,pelo menos por alguns minutos..
Ah, também me xingavam por usar óculos, mas isso aí já fudeu a família Leclerc inteira, praticamente toda.
Quando nós juntamos no fim do ano, sempre brincamos com o fato da minha prima não usar óculos, ela que começou com esse negócio de "ser adotada" mas ela que é sortuda mesmo, é horrível tirar o óculos e não enxergar luzes direito e nem poder ler um caderno que está na minha frente.
Com uns dezoito anos, fui para o Brasil, fiz intercâmbio por um ano,digamos que eu sei falar o básico do básico, as músicas de lá me encantam, por mais que umas só falem de chifre, eu tô pouco me fudendo, se tem ritmo, eu gosto.
Levanto da cama, guardando o diário e indo em direção à porta a abrindo com cuidado para ir até a cozinha.
Desço as escadas, pegando um copo e o enchendo com água.
Enquanto eu bebia água tranquilamente, vejo Arthur entrar pela porta.
— Opa Opa Opa, não vai passar fácil assim não, bonitinho. faço uma pausa para colocar o copo em cima do balcão— Aonde você estava e por que você chegou as fucking seis e quarenta da manhã?
— Eu estava na casa da Loui..
— Nem precisa continuar, já sei o que foi fazer até porque Leclerc não presta e eu estou me incluindo neste pacote. — pego o copo novamente, voltando a beber água.
— Por que perguntou então, porra? — O mais novo pergunta irritado.
— Porra nada, você me respeita. — Agora eu entendo o que o Lorenzo passou quando o Charles tinha a idade do Arthur.
— E vê se some antes de eu te tacar essa chinela nas suas costas, criança mal educada.
Arthur sobe as escadas correndo e eu vou lavar o copo. — Eu hein, tá difícil a situação nessa casa.
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✵Horas depois do ocorrido de manhã, lá estava eu, escolhendo uma roupa para ir a GP, vestido branco ou casaco da Ferrari que eu roubei do Charles e ele não sabe?
Casaco+saia+meia calça para não parecer piranha+tênis
Não é tão ruim assim, vai..
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✵Visto a roupa, me sentindo levemente desconfortável "E se ficarem olhando para a minha roupa?" "e se ficarem me julgando?"
Eu estava a um fio de desistir de ir, mas eu respiro fundo, me olhando no espelho.
— Eu sou linda, gata, gostosa, e se ficarem me olhando que tomem bem no meio do cu.
Passo um blush leve e um gloss, prendo o cabelo em rabo de cavalo, mas eu desisto e acabo soltando ele de novo, amo minhas "ondinhas".
Só bora que o que falta é tempo.
Desço as escadas correndo, e vejo Charles e Arthur no sofá.
— Finalmente a donzela tá pronta. — Arthur ri.
— Muito engraçadinho você, Arthur.
Antes de ir, acaricio a barriguinha de Leo e corro para alcançar Charles e Arthur, aff, vou ter que ficar no banco de trás.
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Eu e o meu motivo bobo para te amar
Fanfiction𝘼𝙤𝙣𝙙𝙚 Emma conhece Max Verstappen em um simples passeio para assistir a GP de Mônaco.