Capítulo 11

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Olhei para Jéssica dormindo do meu lado e suspirei, sorri

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Olhei para Jéssica dormindo do meu lado e suspirei, sorri. Estava bobona por ela mesmo, apaixonada e tudo. Não contei para ela e nem para ninguém, mas naquele dia em que fui até a casa onde ela estava e ajudei-a, também estava mal.

Eu tinha brigado feio com a minha mãe porque disse que estava começando a trabalhar com o grego. Ela não aceitou, me bateu, me xingou, chorou. Sei que decepcionei-a igual ao meu irmão, mas não tinha outro caminho.

O Miguel, meu irmão, é conhecido como Metralha. Ele é gerente das bocas, trabalha para o grego há dez anos, o mesmo tempo que meu pai tem de morte. Ele também não queria que eu entrasse porque meu motivo era diferente do dele; eu queria vingança, iria atrás e conheceria gente. Eu iria matar quem matou meu pai e nada e nem ninguém me impediria disso.

Levantei da cama com cuidado, levei uma cueca, um short e um top até o banheiro e tomei banho. Vesti a roupa e saí do quarto sem fazer barulho. Eram oito e vinte da manhã; eu sempre tive o costume de acordar cedo.

Fui fazer café, tomei um gole e comi um pão. Depois, fui até a área da churrasqueira, acendi minha maconha e fiquei com ela enquanto limpava a grelha e algumas coisas por ali. Eram quase dez horas quando os meninos acordaram e logo as meninas. Eles tomaram café e depois limparam a mesa.

— Acordou há muito tempo? — Jéssica perguntou vindo até mim. Tirei a segunda maconha da boca e dei um selinho nela.

— Às oito — ela se sentou no balcão que tinha ali, ficando comigo. Agora eu estava limpando o chão que tinha deixado todo molhado.

— Vamo à praia hoje? — Maria perguntou. Logo, todos estavam reunidos ali — Tô assim de um bronze; por mim, a gente já ia e almoçava por lá mesmo.

— Eu topo também — Ana concordou.

— Então vão vocês lá, eu já tô pronto — Léo disse e as três saíram dali rapidinho. — Porra, minha amiga, tu fez o que ontem com a Jéssica? A doida gritou tanto que parecia estar sendo morta.

— Cala a boca, porra — sorri — não soco fofo igual tu não.

— A minha gata gosta — neguei. Passei meu baseado para ele. — Mas aí, queria falar para vocês que não vou embarcar nessa do tráfico junto não, vocês tá ligado que nós três é para vida toda, mas pô, isso é demais para mim.

— Fica de boa, Léo, a gente sabe. — Renan diz.

— Tu vai fazer o quê?

— Eu estava afim de abrir um bar, um da hora mesmo, com todo tipo de bebida — tenho um dinheiro guardado que dá para iniciar, foi daquelas vezes que o grego pediu para a gente fazer merda na pista e pagou bem pra caralho.

— Então, pô, abre teu bagulho. — falei e ele concordou — vou tomar todas de graça, mané.

— Ah, vai, para tu uma dose vai ser o triplo do valor — segurei meu pau e mostrei para ele, que gargalhou.

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— Meu pau pra tu, Léo. Vacilão.

Na praia, eu tive o trabalho de montar a tenda para nós, compramos uma grande para ficar legal e deu boa, dei um mergulho antes de sentar e abri uma cerveja.

— Que marzão gostoso, gente — Jéssica falou quando saiu da água e voltou para cá, estava de óculos enquanto eu via tudo. Ela usava um biquíni vermelho, a parte de cima era normal, mas o peito dela era grande, então o bagulho ficava perigoso. Já a calcinha, a parte da frente escondia bem, já a de trás era só fio, o que deixava a bunda enorme dela toda à mostra.

Não vou mentir, sou ciumenta pra caralho, e só tô marcando quem tá olhando pra ela.

— Eu quero sol — Maria esticou a toalha dela fora da tenda e deitou em cima, de barriga pra cima. Olhei pra Jéssica novamente; ela estava do meu lado, passando protetor solar no corpo todo. Puxei ela pra mim quando ela colocou o protetor na bunda, deixei ela na minha frente e comecei a espalhar o protetor.

— Não perde uma, né? — ela disse.

— Nasci com a mente rápida — apertei sua bunda e voltei a espalhar — vacilão, tua virada gostosa desse jeito — ela gargalhou.

— Tá com ciúmes?

— Lógico — ela virou um pouco pra mim.

— Você sabe o que eu vou dizer se vierem falar comigo? Tenho namorada, não, obrigado.

— Eu sei pô, mas mesmo assim — ela suspirou — relaxa, não vou causar confusão não, só tô avisando que tenho ciúmes.

— Tá bom — dei um tapinha na bunda dela avisando que já tinha terminado; ela se virou e se curvou pra mim segurando meu rosto — e eu também tenho, então, não me provoca — concordei.

Fiz um bico e ela sorriu me beijando; depois se afastou e foi deitar junto com a Maria, ela de bunda pra cima, fiquei secando por um tempo.

Passou uma hora e nós ainda estávamos ali, Renan e Léo tinham saído com a Ana pra comprar comida; eu estava deitada na área embaixo da tenda porque estava evitando um pouco o sol. A Maria e a Jéssica tinham ido pro mar novamente.

— Ei, oi? — Escutei uma voz feminina e tirei os óculos do meu olho. Encarei uma pretinha de cabelo trançado; ela usava um biquíni preto e estava cheia de sorrisos — estava dormindo?

— Não, pô. Que foi?

— Então, é que eu vi você aqui e tô precisando de ajuda com meu guarda-sol, você não poderia me fazer esse favor? — levantei, concordando — pode montar aqui do lado, muito obrigada.

— Foi nada não. Ei? — cumprimentei as amigas dela. Comecei a montar o guarda-sol enquanto elas puxavam papo comigo; eu respondi no maior carisma porque eu sou bem simpática.

— É solteira? — uma amiga dela perguntou pra mim.

— Solteira não, nem namorando. No momento eu tô amando — elas sorriram.

— Amando uma? — a pretinha, que já estava na minha intenção, falou.

— Uma só, claro — elas sorriram — aí terminei.

— Brigada, gata — a amiga dela disse.

— Obrigada de verdade — a pretinha falou. Mandei um beijo pra elas e voltei pra tenda. Vi a Jéssica voltando com a Maria; ela torcia a água do cabelo enquanto encarava eu e depois as meninas. Coloquei meus óculos e abri o cooler, pegando uma cerveja.

— Quem são? — ela apontou disfarçadamente para as meninas; olhei na direção dela e vi que as três estavam encarando, com certeza querendo saber se ela era a menina que eu falava.

— Pediram ajuda pra abrir o guarda-sol — falei. Ela se sentou na cadeira ao meu lado e suspirou.

— Qual a dificuldade de abrir um guarda-sol? — encarei ela.

— Tu tem dificuldade de abrir teu sutiã e vive pedindo pra mim. Ninguém fala nada — ela me olhou, puta.

— Tá defendendo por quê? Você sabe que foi só para chamar sua atenção e você, como a safada que é, adorou.

— Tu não sabe de nada, pô — ela se levantou e mudou de lugar; eu neguei com a cabeça e tomei minha cerveja.

Logo os três chegaram com a comida. Uma porção de camarão enorme e isca enorme. Comi benzão com uma cerveja gelada.

Fui até a Jéssica depois; ela estava deitada tomando sol. Fiquei em cima dela e dei um selinho em seus lábios; ela abriu os olhos me encarando.

— Tá toda gata hoje.

— Eu tô sempre gata. E para de querer me agradar.

— Não tô querendo agradar você, porque eu ia querer isso? — ela abriu a boca para falar mais, eu não deixei e beijei ela, beijei como se estivéssemos sozinhas, prestes a foder, e ela amou.

— Para, exibida.

— Para você, surtada — ela sorriu e me abraçou; coloquei o rosto no pescoço dela e beijei ali. A gente ficou na praia até umas quatro da tarde, depois voltamos pra casa, a Maria com uma baita insolação porque ela exagerou demais.

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