Richard Pov's.
Hoje, domingo é o dia da véspera de aniversário da Gaby e ela vai fazer um jantar pré aniversário lá, resumindo coisas de Gaby.
Esses dias fui na casa dela e Luana estava lá era óbvio, escutei muito bem elas falando que Luana ficou com o Piquerez e sinceramente não era oque eu queria ouvir e ainda mais que ele levou ela no Rio, eu podia ter feito isso, mas o idiota aqui foi tão burro mais tão burro que ficou com aquela porra da Natália.
Real estava com zero vontade de ir, mas só ia por causa da minha consideração com a Gaby. Coloquei uma calça, uma blusa branca e um tênis.
Não estava falando muito com o Piquerez mesmo ele tentando falar comigo, oque eu fiz com a Luna foi falta de consideração, mas da parte do Piquerez também! Ainda mais que não se pega ficante de amigo e muito mais transa com ela.
Esperei dar umas 23h pra ir mesmo sabendo que começava as 20h. Pego a chave do carro e vou pra casa da loira.
Luana Pov's.
Estava conversando com Piquerez no canto da sala, mas os meus pensamentos estavam em outro lugar, ele não chegou até agora.
- Tá procurando alguém?- ele percebe que meu olhar estava ao redor.
- Não! Só estava viajando na minha cabeça.- olho para a porta logo depois que falo.
Meus olhos se encontram com o do Colombiano, meu coração acelera e o frio na barriga era surreal.
Ele cumprimenta todos da festa menos eu e o Piquerez, era óbvio que ele não ia falar com ele.
- Ele nem veio falar com a gente.- ele olha pro colimbiano.
— Ele deve ter ficado chateado né?
— Talvez..— ele me olha e eu encarava o colombiano que conversava com uns amigos do outro lado.— Você gosta dele né?
—Nao! Óbvio que não.
— Para de mentir para si mesmo, Lua.— ele vira meu rosto para ele.
— Eu não tô mentindo! — desvio o olhar, tentando manter a compostura.
Piquerez ri de forma contida, mas vejo que seu sorriso é meio triste. Ele não insiste, mas também não parece convencido.
— Tá bom, Lua, se você diz. Mas, ó, só quero que você saiba que eu tô aqui. — Ele dá um leve aperto na minha mão antes de sair para falar com outros amigos.
Fico parada no mesmo lugar, meu olhar involuntariamente voltando para Richard. Ele está do outro lado da sala, rindo de algo que um amigo falou, mas parece desconfortável. Nossos olhares se encontram mais uma vez, e, por um segundo, sinto que ele está tentando dizer algo com aquele olhar intenso.
Minha vontade era de ir até ele, mas algo me trava. Talvez seja o medo, talvez seja o orgulho. Ou talvez seja porque, no fundo, eu sabia que, se me aproximasse, tudo o que aconteceu entre nós viria à tona como uma avalanche.
Decido me afastar do barulho, caminhando para a varanda. Lá fora, o ar estava fresco, mas não o suficiente para acalmar o turbilhão dentro de mim. Encosto no parapeito e olho para o céu, tentando organizar meus pensamentos.
— Fugindo da festa? — A voz grave e familiar me faz congelar.
Viro lentamente e vejo Richard parado na porta, com as mãos nos bolsos e aquele olhar que sempre me desarma.
— Não tô fugindo, só precisava de um tempo pra respirar. — Respondo, tentando parecer tranquila.
Ele dá um passo para fora, se aproximando lentamente.
— Também achei que você tava fugindo de mim. — Ele diz, com um meio sorriso.
— Por que eu fugiria? — pergunto, cruzando os braços em uma tentativa de me proteger.
— Porque eu também estava fugindo de você.— a resposta dele me surpreende.
— De mim?
— De você e do Piquerez.— ele de senta no sofá e faz um sinal para eu sentar ao seu lado e assim faço.— Eu fiquei sabendo que vocês foram pro Rio juntos e ficaram né, se é que você me entendem
— Óbvio que eu entendo né.— rio fraco.
— Afinal, vocês estão juntos?
— Não! Ficamos só umas 2 vezes e nada demais.— faço alguns gestos
— Sinto falta de ser seu amigo.
— Eu também.— sorrio leve.— Tudo bem! Eu esqueço tudo oque eu vi naquele quarto e você esquece tudo oque rolou com o pique.
— Não é tão fácil assim sabia? Ele era meu melhor amigo e não se pega ficante de amigo.
— Ficante? Eu era sua ficante?
— Pra você não?— ele franzi a sobrancelha.
— É.. ficante isso ai.— balanço a cabeça concordando comigo mesmo.
— Licença gente, mas o Endrick está chamando todos pra sala porque ele comprou um bolo pra cantar parabéns pra Gaby e quer todos lá.— Brenda aparece chamando a gente.
— Estamos indo.— falo me levantando.
Fomos para aonde estavam todos e Endrick aparece com o bolo da Gaby e começamos a cantar parabéns. Gabriela estava radiante, o brilho dela era única e a loira era uma amiga incrível.
aí mais uma vez para a varanda, onde a brisa fresca me ajudava a organizar meus pensamentos. Era difícil ignorar a presença dele, o jeito como seu olhar parecia me seguir, mesmo quando ele estava do outro lado do ambiente.
— Não vai pegar um pedaço de bolo? — a voz dele me pegou de surpresa mais uma vez.
Virei para vê-lo parado na porta da varanda, com as mãos nos bolsos e aquele olhar curioso que ele sempre tinha quando tentava ler meus pensamentos.
— Não tô com fome. — Respondi, tentando parecer indiferente.
— Engraçado, achei que você tava fugindo de novo. — Ele disse com um meio sorriso, aproximando-se.
Suspirei e cruzei os braços, encarando-o.
— Talvez eu esteja.
— Por quê? — Ele perguntou direto, parando ao meu lado.
Olhei para ele, tentando encontrar as palavras certas, mas tudo o que consegui foi:
— Porque tudo entre a gente é complicado, Richard.
Ele deu uma risada curta, sem humor, e balançou a cabeça.
— Complicado? Luana, nada entre a gente era complicado até você começar a me evitar.
— E você acha que foi fácil pra mim? — Retruquei, minha voz mais alta do que eu pretendia. — Você acha que foi fácil ver você com ela?
Ele me encarou por um momento, o sorriso sumindo de seu rosto.
— Eu errei, tá bom? Eu sei que errei. — Ele admitiu, a voz mais baixa, mas firme. — Mas você também não ajudou, Luana. Você correu direto pra ele.
— Eu tava tentando seguir em frente! — Respondi, sentindo a frustração crescer.
— E conseguiu? — Ele perguntou, a intensidade em seus olhos me desarmando completamente.
Fiquei em silêncio. Porque a verdade era que eu não tinha conseguido.
Richard se aproximou mais um passo, agora tão perto que eu podia sentir o calor dele.
— Você sabe que não. — Ele disse suavemente. — Porque eu também não consegui.
Senti meu coração acelerar, e antes que pudesse processar o que estava acontecendo, ele segurou meu rosto entre as mãos e me beijou.
Foi intenso, como se todo o tempo que passamos longe tivesse acumulado naquele momento. Eu deveria ter recuado, deveria ter pensado em todas as razões pelas quais isso era uma má ideia, mas não consegui.
Quando nos separamos, ainda com a respiração descompassada, ouvi um som atrás de nós.
Virei e vi Piquerez parado na porta, segurando um pedaço de bolo. Ele nos observava, mas não parecia surpreso, apenas... chateado.
— Só vim trazer isso pra você. — Ele disse, estendendo o prato para mim com um sorriso fraco.
Peguei o prato, sem saber o que dizer, e antes que pudesse pensar em algo, ele deu um passo para trás.
— Aproveitem a noite. — Ele falou antes de sair, me deixando ali com Richard.
Fiquei olhando para a porta por alguns segundos antes de Richard me puxar de volta à realidade.
— Você tá bem? — Ele perguntou, segurando minha mão.
— Eu não sei... — Respondi honestamente, olhando para ele. — Mas acho que agora sim.
E, pela primeira vez eu estava feliz com uma decisão, mas não queria deixar o Piquerez machucado talvez era melhor conversar com ele depois, porém não agora, agora só queria aproveitar o momento que me resolvi com o Ríos.