Capítulo onze

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     — Eu não sou mais virgem — Elain contou, corando.

— Eu sei — ele sorriu ao cochichar em seu ouvido como se já soubesse há séculos. — Mas eu também não sou mais virgem, então estamos quites.

Elain abriu os lábios sem fôlego, não só pelo beijos, adrenalina e pelos amassos com o marido. Ela corou quando encontrou o olhar penetrante dele sobre ela.

— C-como você sabia? — engoliu em seco, ao gaguejar.

Oh! Meus Deuses! Ela desejava muito estar com Lucien, mas nunca pensava naquela grande questão. Elain não era mais virgem... e se ele quiser anular o casamento por ela não ser mais pura?

— Eu não me importo — Lucien beijou os lábios dela. — Prefiro que não seja, não tenho paciência com virgens.

Lucien realmente parecia não se importar com isso, mas também não havia respondido a sua pergunta.

— Como? — sussurrou ainda presa entre a parede e o corpo dele. — Quem lhe contou?

Ele apoiou o cotovelo na parede ao lado da cabeça dela, cercando-a.

— Você não é nenhum pouco retraída e já falou mais de uma vez em ser fodida...

Elain mordeu o canto do lábio e assistiu ele colocar a luva novamente.

— Isso não quer dizer nada — retrucou, e olhou envolta deles tentando desviar o olhar especulativo que recebia.

Lucien pegou o celular que vibrou entre eles.

— O velho não está mais na sala — ele disse, colocando o celular no bolso. — E respondendo sua pergunta, a forma que você me olhava e me beijou é prova suficiente de que não era mais virgem.

— Você realmente não se importa?

Eles se afastaram quando saíram de trás do armário. Ela sentiu falta do contato entre os corpos deles. Estar perto era tão bom e sua pele ainda ardia com o toque dele.

— Depende — Lucien olhou para os lados e tirou o quadro da parede e abriu o cofre que estava sem senha. — Se eu me importo de você não ter mais um hímen? Não. Agora se eu me importo em saber quem é o bastardo? Sim, e irei matá-lo.

Elain ficou no meio do escritório, desacreditada, e com o queixo no chão com a forma tão espontânea em que ele falou sobre matar uma pessoa. Como se fosse extremamente simples, e ela sabia que pra ele era... mas mesmo assim.

— Mas você disse que não se importava...

Lucien pegou o tablet e guardou no bolso de dentro do paletó e colocou tudo no lugar certo, de volta.

— Uma coisa é eu não me importar que não seja mais virgem, não irei puni-la — ele ergueu o olhar avermelhado. — mas é diferente para quem tocou em você.

Elain estremeceu e corou, e depois foi até o cofre aberto para fechá-lo e colocar a senha.

— Ele não fez nada contra a minha vontade — se sentiu obrigada a explicar, enquanto colocava a senha e fechava o cofre. — Eu fiz porque eu queria.

Levou um susto quando Lucien pegou o seu queixo com uma mão e ergueu seu rosto para ele. O toque dele ao mesmo tempo que era bruto, era também gentil e dominador.

— Não quero saber das suas aventuras, esposa — ele grunhiu com aqueles olhos brilhando de ciúmes. — Eu vou matá-lo e pronto.

— Então devo matar todas as mulheres que tocaram em você? — erguendo uma sobrancelha, Elain tentou fugir do aperto dele.

          

Ele riu e aquele sorriso chegou aos olhos dele, algo que era muito raro. Aquele sorriso era pura diversão, humor e orgulho da ousadia dela.

— Pode matar quem quiser, querida — ele a puxou contra si. — Sou seu.

Então ele a beijou novamente, com o mesmo fogo de antes. O celular vibrou de novo, e Lucien resmungou algo inelegível se afastando dela sem vontade alguma.

Lucien... — chamou por ele, atordoada com aquele beijo maldito. — O que você está fazendo?

Ele pegou o quadro e colocou no lugar. Parecia que tudo estava no local certo. Não parecia que o Martine havia notado algo quando entrou no escritório.

— Nesse momento vamos dar o fora daqui — ele pegou na mão dela, e a puxou consigo até a porta do escritório.

— E depois? — perguntou, quando eles saíram apressados da sala.

eles tiraram as luvas enquanto caminhavam pelo corredor.

— E depois vou foder sua boceta até você esquecer seu nome, esposa.

***

    Sabia que Elain não era mais virgem na primeira vez que ela lhe encarou com desejo. Os quadris também eram mais largos parecendo ansiosos para cavalgar em seu pau e gerar um bebê seu...

Aquele beijo era tudo, menos um erro que ele acreditou que seria. E ele avisou para Elain que se tocasse nela, não a deixaria em paz.

Já esteve em muitas bocetas, mas sempre protegido e com a mente em outro lugar, mas estava louco para entrar em Elain sem proteção alguma além de pele com pele e se perder no corpo dela.

Seu pau endureceu ao lembrar da forma que ela franzia o cenho e mordia o canto do lábio quando estava focada em algo ou quando seus olhos brilhavam de paixão após um beijo forte e duro.

Sua linda esposa era uma ladra também e estava loucamente excitado por ela. Agora no carro, Elain ainda estava em silêncio desde que tinham fugido da festa com as desculpas que estavam com urgência para voltar para casa.

— Está nervosa? — olhou para ela, enquanto dirigia acima da velocidade e tirava o tablet e jogava no banco de trás.

— Sim — ela resmungou. — Estou nervosa e pensando o que fazer quando eu der de cara em um muro.

Lucien riu e meteu o pé no acelerador.

— Sou muito bom no que eu faço — disse convencido, olhando para as pernas dela. — Levante o vestido para mim.

Elain olhou para ele totalmente corada, mas com os olhos brilhando em excitação e anseio.

— Para quê? — ela estava de braços cruzados e com uma carranca linda, desafiando-o.

— Quero ver sua linda boceta — sua mão foi parar na coxa dela. — Deixa eu ver o que é meu.

Elain parecia querer discutir e negar aquilo, mas ele sabia o quão excitada ela estava também. Mesmo irritada com as ordens dele, Elain ergueu o vestido até a cintura mostrando as pernas, coxas e calcinha vermelha de renda cavada em sua virilha.

Satisfeito? — ela ergueu uma sobrancelha com as pupilas dilatadas.

— Acho que posso bater o carro — grunhiu, soltando a coxa dela, e apertando o pau, enquanto a outra mão agarrava o volante. — Linda.

Sua mão ansiosa voltou para a coxa dela e seus olhos foram parar na estrada, enquanto deslizava a mão para dentro da coxa macia. Só mais cinco minutos e estariam em casa...

Acordo entre almas | elucienWhere stories live. Discover now