Capítulo 13

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- Eu posso encontrar outro lugar para ficar. Você sabe como levo a vida e não quero que seus pais briguem com você por minha causa.- Disse quando paramos em frente a casa dele.-
Era uma casa simples, assim como todas as outras. Não era de andar. Nenhum imóvel era de andar ali.
A casa ficava dentro de um sítio.
- Eles não vão falar nada para você.- Ele disse abrindo a porta.- Entre.- Eu ri e fiz isso.-
Ele entrou atrás de mim e fechou a porta. Havia uma senhora e um sonho sentados lado a lado assistindo televisão.
Eles viraram para nos olhar.
- Pai, mãe, esse aqui é o Dreuh.-João falou.-

- Oi.- Disse envergonhado.-

- Oi.- Eles disseram juntos e o pai dele levantou. Ele se vestia como o João.-

- o Paulo, aquela é a Chica.- Ele estendeu a mão para mim. Assim como a do João, estava cheia de calo.-

- Muito prazer.- Disse.-

- Ele está precisando ficar aqui em casa por umas duas semanas.- João disse a ele.- Tudo bem?

- Num sei se é uma boa ideia.- Ele disse.- Num é por nós. É por essa gente que fala demais.- Ele completou.-

- Pai, você não precisa se importar com o que esse povo fala.

- Não tem problema João, eu encontro outro lugar para ficar.- Disse.-

- Mas onde?

- Eu falo com o Carlos. Ele vai dar um jeito.

- Por favor pai.- João implorou.-

- Não precisa mesmo.

- Ocê pode ficar pro armoço.- Chica falou se levantando.- Mas não pra dormir.

- Eu só preciso de almoço e um lugar para tomar banho. Só isso.- Disse olhando para baixo.-

- Se ser assim, ocê tem. Só num espalhe pros outros.- Ela disse.-

- Obrigado. Eu nem sei o que faria.

- Vou colocar essas malas no meu quarto e eu vou te levar para conhecer o lugar.- João falou.-

- Eu te ajudo.- Disse e subimos cada um com uma mala.-
Entramos no quarto dele. Era pequeno. Tinha uma cama de solteiro. Uma cômodo com três gavetas. Nada de tevê e nem banheiro.
Ele colocou a mala em um canto, e eu coloquei a que eu estava segurando em cima da cama e tirei meu notbook.
Ele ficou olhando para a minha mão.
- O que é isso?

- É um notbook. E você pode fazer quase tudo com ele. E agora ele é seu.- Disse entregando a ele.- Depois te ensino a mexer.- Ele estava rindo.-

- Parece muito bom.

- E é.- Começei a mexer na mala. Eu ainda tinha roupas sem estampas de caverias, bandas ou qualquer outra coisa que lembre o rock.-
Encontrei três calças jeans simples. Cinco camisas regatas pretas e duas brancas.
- Eu sei que a vida aqui não é fácil, e sendo bastante sincero, você iria precisa trabalhar por uns seis meses para conseguir ir ao shopping e fazer compras por lá.

- Você não precisa me dar suas roupas.

- Eu tenho bastante, e essas estou dando de coração. Gosto de deixar meus amigos felizes. E você é meu amigo, e merece por tudo que está fazendo comigo.

- Muito obrigado Dreuh. Eu não sei nem o que falar.- Ele pegou as roupas.-

- Você não precisa falar nada. Basta vestir as roupas.

- Vou tomar um banho, você pode ficar a vontade.- Ele saiu com uma calça jeans e uma camisa regata preta nas mãos.-
Eu ri e sentei na cama. Fiquei olhando minhas roupas e vi uma camisa com estampa de guitarra. Droga, esqueci a guitarra.
Saí de casa tão apressado que não lembrei de pegá - la.
Depois de uns minutos, lembrei que a outra mala tinha ficado na sala. Saí do quarto e ouvi vozes vindo daquele cômodo. Era os pais dele.
- Eu sei que ocê tem medo que nosso Jão fique com ele, mas ocê sabe que ele gosta de muier.- A mãe dele falou.-

Aceitando ser assim(Conto Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora