117. Festejos

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Lúcia: Tu desconfias dele?


Mel: Não desconfio avó, apenas sinto que ele anda aprontando. Você sabe que eu confio no Rafa de olhos fechados.


Lúcia: Eu sei. Só não quero que entres em confusões. Ele pode ficar magoado por essa atitude tua. - me advertiu.


Mel: Eu sei, mas eu tenho de ter a minha consciência tranquila.


Lúcia: Eu fico com a Alice. - a abracei calorosamente agradecendo.


Duas semanas se passaram. Por trabalho Luan não teve folga na semana passada, mas hoje, quarta feira ele estava em casa e eu tinha a certeza de que iria para aquele compromisso. Aproveitei que ele estava no banho para arrumar a minha bolsa e a levar para a sala a escondendo. Ele logo desceu com a chave do carro na mão.


Luan: Amor vou no Dudu.


Mel: Posso ir com você? - pedi para saber a sua reação.


Luan: Amor vai ser chato procê ir, a gente vai trabaiá, os menino estão lá pra gente compor.


Mel: Tá bom. - fingi estar convencida - Na volta traz japa.


Luan: Claro que sim. - me deu um beijo e outro em Alice saindo.


Mel: Avó. - chamei e ela veio da cozinha. - Eu vou indo tá? - falei já pegando na bolsa e correndo para a porta.


Lúcia: Boa sorte. - ouvi-a dizer ainda.


Luan saiu e e logo atrás fui eu. Ele não estava conduzindo com grande velocidade o que me permitiu o seguir. O carro dele se destacava dos restantes e foi fácil. Demorámos 15 minutos mais ou menos e ele entrou no apê que ele mantinha em Sampa. A primeira e única vez que vim ele autorizou a minha entrada, por isso não haveria problema.


Mel: Boa tarde seu Vinicius lembra de mim ainda?


Vinicius: É a namorada do menino Luan né?


Mel: Isso, da última vez eu estava em outro carro mas como mudei a placa é diferente será que há algum problema para entrar?


Vinicius: Claro que não, fique á vontade.


Mel: Obrigado viu. - o portão se abriu e fui para a garagem estacionando ao lado da Ferrari dele.


Saí respirando fundo, não me podia precipitar e estragar tudo antes de descobrir o que estava rolando. Subi e quando saí do elevador fiquei na frente da porta alguns minutos pensando se valeria mesmo a pena fazer isso. O que mais me angustiava era saber que ele poderia ter ido lá só buscar algo que esqueceu e eu estar fazendo uma tempestade, mas o perfume e a hora marcada me davam a certeza de outra coisa e se fosse o que estava pensando nunca mais perdoaria Luan. Bati na porta e me afastei um pouco para não me ver no olho-mágico. A porta se abriu e assim que Luan me viu ficou boquiaberto.

"A minha exceção..."Onde histórias criam vida. Descubra agora