A festa

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Durante a tarde eu pesquisei sobre magia, olhei métodos para saber se vc tinha ou não, essas coisas, um deles era colocar um lápis na mesa e tentar movimentá-lo:
-Ta bom, acho que consigo fazer você se mexer, mas espero que não consiga. Aqui diz que se deve imaginar o lápis flutuando na sua cabeça.
Tentei por uns 30minutos, mas para minha sorte nada aconteceu, foi então que resolve deixar isso de magia para lá.
Quando deu 19:40 mais ou menos eu fui me arrumar, peguei uma roupa no meu armário, tomei banho, quando acabei passei maquiagem, troquei de roupa e fui falar para meu pai me levar, mas ele disse que não podia, e Danila Marz estava no trabalho.
  Então fui lá para fora sentei-me no banco que tinha à frente de minha casa e me conformei de que não iria para festa. Mas para minha surpresa o carro de Maurício parou na minha frente:
  -Khatryn, venha eu te dou carona. (Disse ele enquanto abria o vidro do carro).
-Não quero nada de você além de distância. (Respondi a ele).
-Mas por que? Eu só quero te ajudar. (Falou).
-Me ajudar? Agente quase fico sendo que você na verdade estava me iludindo, ao mesmo tempo que quase me beijava, tinha a pessoa que eu mais odeio naquele colégio como namorada. (Disse a ele muito irritada).
-Certo, preciso falar com você sobre isso. Por favor, entre e te explico tudo.
Então eu muito desconfiada entrei no carro enquanto o motorista dele nos levava até a festa:
-Khatryn, eu queria te dizer que estava pensando em mim e Patrícia, em você e eu. Então percebi que o lance com a paty é muito, muito irreal. Eu não sinto nada verdadeiro por ela, mas por você Khatryn, por você eu só sinto amor. (Disse ele vindo para cima de mim me beijar, mas eu recuei).
Fiquei pensando no que ele disse durante a viagem, depois quando chegamos a festa ele saiu e eu sai logo atrás, a festa era em um lugar aberto, e assim que chegamos todos nos olharam com nojo.
Ele foi direto para os amigos, assim que ele chegou aonde os amigos estavam todos começaram a zoar ele por ter me dado carona.
Eu fui então para um canto sozinha. A festa até sem muitos problemas, quase ninguém me xingando. Se passou uns 5minutos e Patrícia chegou, em um carro com uma roupa que eu tenho que admitir, estava linda.
Mas assim que ela chegou olhou para mim por cima, então para causar-me desespero agarrou Maurício por trás e lhe deu um beijo quando ele se virou para seu rosto.
Nesse momento eu fiquei com muita raiva, mas fiquei com mais raiva ainda quando ela o levou para dentro de casa e quando entrou em casa, quando ia subir as escadas deu uma olhada para o porta da casa aonde eu estava e picou o olho enquanto já tirava a camisa de Maurício.
Eu fiquei com tanta raiva que fiquei esperando os dois deverem, mas ninguém descia, então acabei adormecendo no sofá aonde eu estava.
O dia estava quase amanhecendo quando acordei. Todos estavam indo ver ao nascer do sol, afinal a casa de bola ou Davi sla, era do lado da praia.
-Venha, rápido, estamos todos indo ver o sol nascer. (Falou um menino que passava correndo).
Então segui ele até a beira do mar, de lá de fora dava para ver da janela os dois se pegando olhando o sol.
Mas surpresa foi o que aconteceu depois. Depois de alguns poucos minutos de todos vendo o sol, eu estava indo embora. Mas quando estava me distanciando um pouso da multidão, uma fantasia de órfã caiu encima de mim:
-Aaa, o que é isso? (Gritei).
Mas enquanto gritava um bando de garotas e garotos vindos da praia começaram a atirar com armas de água sangue falso em mim.
-Órfã, esquisita assassina... (Começaram a gritar).
-Não, nãoo. (Gritei).
Nesse momento o céu começou a escurecer e tudo ficou escuro, ao mesmo tempo uma ventania muito forte abalou toda a festa:
-Gente, mas, mas o que é isso. (Começaram a se perguntar).
Dava para ver que Maurício via o espetáculo do lado de cima.

Maurício P.O.V.

-Mas o que é isso? (Disse olhando para a janela vendo tudo se escurecer).
-Khatryn? (Perguntei quase sussurrando). O que você fez Patrícia? (Gritei eu me virando para Patrícia).
-Além de te pegar a noite inteira, esse showzinho aí embaixo. (Disse ela tentando me beijar, indo em minha direção).
-Não, para, para agora, você não presta. (Falei eu pegando minha camisa e descendo correndo para ver Khatryn).
Peguei a camisa para nada, pois estava com tanta presa que nem deu tempo. Lá embaixo todos falavam que a culpada da ventania que estava tendo era Khatryn, ou melhor "a órfã, esquisita assassina".
-Khatryn, venha cá. (Gritei o mais alto que pude para ela).
-Saia daqui, vá embora. (Falou ela andando para um gramado enquanto a ventania só aumentava).
-Khatryn, pare com isso. Eu sei que está triste, porque eu te iludi, te fiz coisas horríveis, mas eu não quero a Patrícia, eu acabo tudo com ela, só para ficar com você. (Falei com toda sinceridade).
-Não interessa o que tem a me dizer. Vai embora agora. (Nesse fala dela o vento quase me arrastou, minhas costas e minha barriga estavam sangrando pois o vento levantava pedras pequenas que me cortavam).
-Khatryn, não precisa ser assim, eu te amo. (Disse quase não aguentando as pedras).
-Não, ninguém me ama, ninguém. (Gritou).
-Não Khatryn, eu te amo, estou aqui quase morrendo, quase morrendo por você. (Disse em meu último suspiro caindo no chão com muita dor).
Nesse momento o vento parou, e depois ela veio correndo em minha direção e me deu um beijo, que selou nosso amor em um único momento. Na hora que nossos lábios se tocaram, o céu voltou a ficar claro e o vento parou.
-O que foi isso? (Perguntei para ela).
-Um pedido de perdão. (Falou tirando seus lábios dos meus e esfregando suas mãos em meus peitos).
Então voltamos a nos beijar de novo. Até que todos foram ver agente na grama, e claro, Patrícia estava junto.

Patrícia P.O.V.

Não acredito, não acredito que ele me trocou por uma órfã. Aquela menina ainda sofrerá. Mas agora, ela já tem sua vitória, vou para casa.

Khatryn P.O.V.

Depois que a festa acabou, todos passaram a me olhar com outros olhos, parecia que eu tinha virado outra pessoa. Maurício é claro me levou em casa, e a viagem toda agente passou se pegando. Quando cheguei lá em casa meus pais estavam dormindo, fui para o meu quarto em silêncio.
Dormi o resto do dia pensando em Maurício é claro, geralmente também pensaria no resto, quero dizer, na ventania, no céu, na minha vó e sua foto, mas hoje eu não tinha espaço para mais nada na minha cabeça.

As quinze noites de prazerOnde histórias criam vida. Descubra agora