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Oi bonitinhos, eu sou obcecada por John Green e essa história dele me agrada muito, pois as coisas acontecem devagar, no seu tempo... Foi fácil designar os personagens, mas a adaptação foi mais complicadinha. Porém, valeu a pena!

Espero que gostem da adaptação. Qualquer errinho eu arrumo depois.

Agradeço por lerem desde já.

Qualquer coisa, só me chamarem no twitter: jaureguilaurin <3


-x-

Dinah, Camila e eu estávamos no quarto filme da maratona Ryan Goslin quando minha mãe ligou para casa pela sexta vez em cinco horas. Eu nem olhei para o identificador de chamadas. Sabia que era ela. Camila revirou os olhos e pausou o filme.

- Ela acha que você vai sair? Está caindo uma nevasca.

Dei de ombros e atendi o telefone.

- Sem sorte - disse mamãe. No fundo, uma voz alta tagarelava sobre a importância de manter o território seguro.

- Sinto muito, mãe. Isso é uma droga.

- Isso é ridículo! - gritou ela. - Não conseguimos um voo para lugar nenhum, muito menos para casa. - Eles estavam presos em Boston havia três dias. Uma conferência médica. Ela estava meio desanimada de ter que passar o Natal em Boston. Era como se Boston fosse uma zona de guerra. Sinceramente, eu estava pouco animada com isso. Algo em mim sempre gostou do drama e da inconveniência do mau tempo. Quanto pior, melhor, na verdade.

- É, que droga - comentei.

- Deve melhorar de manhã, mas tudo está tão atrasado. Não podem garantir que estaremos em casa amanhã. Seu pai está tentando alugar um carro, mas as filas estão longas. E, mesmo assim, chegaremos oito ou nove da manhã, ainda que passamos a noite toda dirigindo! Mas não podemos passar o Natal separados!

- Posso ir para a casa de Camila - falei. - Os pais dela já disseram que eu poderia ficar lá. Vou lá e abro todos os meus presentes e explico como meus pais me negligenciaram, e, então, talvez Camila me dê alguns dos presentes dela, porque vai se sentir muito mal por minha mãe não me amar. - Olhei para Camila, que deu um risinho contido.

- Lauren... - disse mamãe como reprovação. Não era uma pessoa particularmente engraçada. Isso combinava com ela do ponto de vista profissional, quer dizer, você não quer que seu cirurgião oncologista entre no consultório e aja tipo: "O cara entra num bar. O barman diz: 'O que você vai querer?' E o cara diz 'O que você tem?' E o barman diz 'Não sei o que tenho, mas seu o que você tem: melanoma em estágio IV.'"

- Só estou dizendo que vou ficar bem. Vocês vão voltar para o hotel?

-  Acho que sim, a não ser que seu pai consiga um carro. Ele está agindo como um santo em relação a tudo isso.

- Tudo bem - respondi. Olhei na direção de Dinah e ela formou as palavras: Desliga. O. Telefone. Eu queria muito voltar para o lugar no sofá entre Dinah e Camila e continuar a assistir ao novo Ryan Goslin amar pessoas de modos fascinantes e intensos.

- Está tudo bem aí? - perguntou mamãe. Meu Deus.

- Sim, sim. Quer dizer, está nevando. Mas Camila e Dinah estão aqui. E não podem exatamente me abandonar também, porque congelariam se tentassem voltar para casa. Estamos só vendo filmes do Ryan Goslin. Ainda tem eletricidade e tudo.

- Ligue se alguma coisa acontecer. Qualquer coisa.

- Tá, pode deixar - respondi.

- Tudo bem - disse ela. - Tudo bem. Ai, meu Deus, sinto muito por isso, Lauren. Eu amo você. Sinto muito.

O Milagre da Torcida de Natal ❄ CAMRENOnde histórias criam vida. Descubra agora