Chuva. Sim, um dia bastante chuvoso e desagradável. Olhava impaciente para as horas... quando, finalmente, ouço o som da campainha do meu colégio. Vou em direção á porta da saída, apressadamente.
Hoje, era o grande dia. O reencontro. Sou uma rapariga calma, e compreensiva perante as situações. Desde pequena, familiares e amigos sempre me trataram e tratam por Mel. O meu nome é Melissa, e tenho uma irmã gémea que "desconheço" visto que, fomos separadas à nascença devido a um engano. Já passaram 17 anos desde esse, triste, acontecimento. Perdi o contacto com ela. Vivo com o meu pai ( Tomás ) e com a minha mãe ( Constança ). Ela, certo que vive com os seus pais adotivos. Só descobri a minha irmã, passado este tempo todo... Fomos a um programa televisivo, avisar sobre esta situação e pedimos para quem soubesse informações, avisar. Recebemos muitas mensagens de apoio, e até que chegou uma carta a dizer várias informações onde eu poderia encontrar a minha irmã. Infelizmente, a pessoa que escreveu a carta escreveu em anónimo... O que é mau, pois eu e os meus pais gostaríamos imenso de agradecer este gesto.
Faltavam 10 minutos para a hora marcada e o meu coração já estava a "mil". Não sei, nem imagino a reação dela pois nem eu nem ela nos vamos sentir muito á vontade. Penso eu.
Estava no meu quarto, quando ouço a voz doce da minha mãe a chamar-me.
- Mel, vem cá.
Corri, pelas escadas e quando chego à sala. Deparo-me com uma rapariga de tamanho médio, magra, de cabelos longos e claros, de olhos verdes e com uns lábios finos. Igual a mim. Por pelo menos, sete segundos o silencio era profundo. Talvez este momento fosse a sensação mais estranha, que alguma vez tivesse passado pela minha vida.
Caminhei para perto dela. Respirei fundo, e mesmo assim.. Gaguejando disse:
- Ol - lá, eu so - u a Mel... Melissa!
...