Além dos Cortes

Capítulo 4

CAPÍTULO REVISADO

LUCAS ACIMA. BOA LEITURA! 

Lucas narrando...

Me chamo Lucas Winchester e tenho 17 anos. Moro com minha mãe Rosa que tem 37 anos e minha irmã Clara, de 3 anos. Sou novo na escola e sempre fui muito famoso, ou seja, um dos populares.

Acordei com o meu despertador gritando. Era segunda-feira e tinha aula. Eu acabei de me mudar para uma nova cidade, uma nova escola e não conheço nada. Me levantei e fui tomar meu banho, fiz minhas higienes matinais e me arrumei. 

Tomei meu café, escovei os dentes e minha mãe me deixou na escola. Chegando lá já estava havendo aula. Encarei o número da porta e o número do papel, tomei coragem e bati na porta.
Uma professora veio em minha direção, acho que era professora de álgebra.

- Posso entrar? -Perguntei.

-Aluno novo? -A professora perguntou pegando meu papel de autorização.

-Sim. -Respondi rápido a fitando.

-Bom senhor Winchester, se apresente para seus colegas de classe e pode se sentar...-Ela disse observando a sala a procura de um lugar vazio e logo parou o olhar em uma menina linda. -...Na frente da senhorita Stonne, por favor. -Dei um sorriso.

-Sou Lucas Winchester, tenho 17 anos, é isso... -Algumas pessoas riram, as meninas suspiraram e alguns meninos reviraram seus olhos e me sentei na frente da ruiva que me encarava, mas logo ela voltou a copiar o dever e acabou nem dando muita importância pra mim. 

-O..Oi -Falei sem jeito.

-Oi. -Respondeu seca.

-Qual o seu nome ? -Perguntei.

- Anne.

-Prazer Anne, me chamo Lucas. -Dei um sorriso de lado.

-Eu sei. -Respondeu olhando para o quadro.

Acho que ela não queria papo comigo. Logo voltou a copiar e eu passei a aula toda a observando e uma pergunta que ecoava em minha cabeça "por que a ruivinha não quer conversar comigo?"

(...)

O sinal do intervalo tocou e Anne saiu correndo. Estava indo em direção a lanchonete quando uma gatinha me parou.

-Ei...Lucas ? - Ela sabe meu nome, como? -...Vem pra cá. -Ela disse me chamando.

-Ah...Oi.

-Então você tem namorada? -Ela perguntou enrolando o cabelo em um dos dedos, o típico jeito de uma garota galinha. 

-Não. Qual o seu nome? - Perguntei. 

-Ana. 

Anne passou do meu lado e logo foi embora, ela não deve ter me percebido aqui. 

-Luquinhas... Vamos....hum...pra trás da escola ? -Ela disse com um olhar malicioso e eu entendia bem aquele olhar.

Chegando lá vejo.... Anne e uma garota. O que ela faz aqui? Ana me puxou e fomos para um lugar mais reservado, sem que ninguém nos víssemos. 

-Vai ficar encarando a nerdzinha? -Nerd?

-Ahn... Não. -Dei um sorriso de lado.

-Vamos ao que interessa. -Ela disse e me puxou para dentro de uma sala vazia. Só tinha um colchão. Ela me puxou e começou a me beijar ferozmente. A deitei no colchão e ela logo veio tirando sua camisa.

-O que está fazendo? -Perguntei.

-Ué você sabe o que quero...

-Mas não aqui Ana.

-Está bem. -Ela respondeu e voltou a me beijar.

(...)

Dia seguinte...

Estava andando pelo o pátio da escola em direção a sala, havia acabado de tocar o sinal anunciando o final do intervalo, quando vejo uma rodinha se juntando de gente. Logo me aproximei para saber o que era.

-Me solta sua vaca. -Disse Anne sendo segurada por Ana. 

-Larga ela Ana. -Falei e todos olharam pra mim.

-Vai querer proteger a nerdzinha agora é? -Disse Ana.

-SOLTA ELA. -Gritei e puxei Anne. Mas logo Ana puxou ela e deu mais um tapa em sua cara.

-Isso é pra você aprender a não me chamar de vaca.

Eu a mesma menina que estava com Anne no intervalo do dia anterior, tiramos ela dali, mesmo a garota tendo sido machucada pelos amigos de Ana. A menina me pediu para buscar a mochila dela e eu sai correndo feito um doido. Peguei a mochila e ainda bem que o professor não estava na sala ainda mas todos me olhavam sem entender. Logo Anne aparece saindo do banheiro e dou a sua mochila.

-Anne seu moletom está...Vermelho. -Falei e fiquei extremamente confuso com aquilo.

-Anne...você...? -A menina perguntou pegando no seu moletom.

-Anne...você...? Eu não acredito, eu sou uma péssima amiga. -A menina, a qual descobri que se chamava Letícia, falou se lamentando pegando no moletom de Anne. 

-Sim, fiz e não, você não é uma péssima amiga. Posso te jurar que é mil vezes melhor do que Ana. -Respondeu ela enxugando as lágrimas. Então quer dizer que Anne era amiga de Ana? 

-Por que você fez isso? -Letícia perguntou olhando Anne com pena. 

-Por favor, não quero falar sobre disso. Não sinta pena de mim Letícia, você não sabe o quanto eu odeio quando fazem isso. 

As duas foram embora e me deixaram ali sem reação. Eu não sabia o que estava acontecendo com Anne e ver aquele moletom vermelho me deixou extremamente triste, por que sei que aquilo era sangue e se Ana tivesse batido nela antes de eu chegar? E se a força dela causou ferimentos? Eu preciso descobrir. Anne é um mistério, mas mesmo assim vou tentar desvendá-lo.