Nicholas:
Saio do banho e visto apenas um jeans casual e vou pra mesa de jantar.
Chegando lá eu vejo meus pais e irmãos.-Cara porque você não veste uma blusa!?- pergunta Arom fingindo estar indignado.
-Porque eu não quero!?- responde simplesmente.- Tampinha!- complemento rindo.
Ele mostra a língua pra mim e mamãe nos repreende.
-Arom e Nicoh na mesa de jantar não!
-Sua mãe tem razão!- fala meu pai.
-Desculpa- falo simplesmente. E pergunto depois:
-Pai posso ir ver minha companheira?
- Apenas depois do jantar Nicholas!- fala em ordem e com um suspiro de frustração eu me sento à mesa.
-Como foi seu dia Nicoh?- pergunta minha mãe.
-Entediantemente longo!- falo burrado.
-Nicoh Você sabe muito bem que ela representa um perigo para todos nós estando livre não sabe!?- meu pai como sempre adivinhando meus mal-humores.
-Por enquanto pai!- falo incisivo.
Ele suspira e o assunto morre por isso mesmo.
Meus irmãos conversam com meus pais sobre a escola e amigos e festas de amigos e eu apenas enfio coisas na boca e mastigo, quando finalmente termino meu prato arrisco:
-Posso ir agora Alfa?- olho para meu pai que olha pra mim com desgosto.
-Pode.- responde
Levanto e saio da sala de jantar indo em direção ao porão. Ele fica no subsolo da nossa casa e é constituído de selas e salas de tortura sempre a usamos com nossos inimigos ou traidores para fazer interrogatórios ou simplesmente matar.
Vejo que meu pai a prendeu em uma das primeiras celas e me dirijo pra lá.
Para entrar ou sair da cela é preciso adicionar uma senha e nos identificar com a leitura da digital, só eu, meu pai e o chefe dos seguranças tem a senha e as digitais gravadas aqui.
Digito a senha numérica e ponho meu dedo indicador direito no leitor digital.
A porta destrava e eu entro. Minha pequena sanguessuga está deitada em posição fetal. Desse jeito nem parece a vampira que estava me atacando hoje de manhã, meu coração se comprime e me dirijo até ela.
Ela está realmente dormindo. Como a cama é de solteiro e não posso deitar do seu lado eu a pego no colo e deito com ela acima de mim.
Ela suspira ainda dormindo e me abraça. Eu sorrio e fecho meus olhos, adorando a sensação, acabo adormecendo.
Acordo assustado com Lucy gritando.
-Nnnnaaaaaoooooo... por favor NÃO, NÃO MACHUCA ELE NÃO!....
-Lucy!!! Linda ei- a chamo e ela finalmente acorda- calma anjo foi só um pesadelo- ela me olha e vejo lágrimas caindo de seus olhos incríveis.
-Promete que nunca vai morrer e me deixar sozinha! Promete!- ela fala me agarrando assustada.
-Ei calma linda! Calma eu prometo! Vem cá!- a abraço e ela me abraça com força de volta.
Vou beijando o topo de sua cabeça até ela se acalmar.
É aí que ela começa a cantar baixinho:
Essa é uma bela história de uma flor e um beija-flor, que conheceram o amor numa noite fria de outono.
E as folhas caídas ao chão da estação que não tem cor...
E a flor conhece o beija-flor e ele lhe apresenta o amor e todo o seu calor...
E diz que o frio é uma fase ruim, que ela é a flor mais linda do jardim, a única que suportou, merece todo seu amor...
Ai que saudades de um beija-flor que me beijou depois voou, pra longe demais, pra longe demais...
Saudades de um beija-flor,
Lembranças de um antigo amor.
O dia amanheceu tão lindo eu durmo e acordo sorrindo.-Pra uma vampirinha que tá mais pra sanguessuga até que você canta bem!- digo sorrindo e ela me dá o pequeno tapa no peito que eu finjo que dói. Depois ela me olha arrependida e diz:
-Desculpa, não queria te machucar.- percebo que ela fica vermelha.
-Ahhh tapa de amor não dói!- falo gargalhando.
-Não me referi a tapa- diz e olha pro meu pescoço.
Entendo que ela me pede desculpa por ter me sugado até eu desmaiar.
Olho em seus olhos e sorrio assentindo com a cabeça e a beijo nos lábios em um consentimento velado de suas desculpas.
-Mas ainda odeio você!- ela fala emburrada- por sua culpa agora estou presa aqui!
Olho pra ela e suspiro.
-Okay, já nem ligo mais Lucy, pode me odiar o quanto quiser, te amo o suficiente pra aguentar suas crises de superioridade!
-E quem disse que eu me acho superior!?- fala ela empinando o nariz.
Apenas sorrio e a beijo nos lábios.
Ela me abraça e beija também.
Ficamos um tempo nos beijando e namorando na cama estreita.
-Nicho!?- chama Lucy.
-Sim vampirinha?- sorrio para ela de olhos fechados. Ela ainda está por cima de mim e eu tô adorando a sensação.
-Quero me alimentar!- ela fala e eu a olho.
-Contanto que não me mate... pode se fartar de meu sangue!- digo sorrindo e ela dá um sorriso de menina de matar o coração!
-Obrigado...Companheiro- sussura antes de me morder no pescoço.
Sinto a dor que já não é tão incômoda assim, agora ela parece... normal.
Ela suga enquanto esfrega seu corpo no meu e eu fico imediatamente excitado.
Quando termina Lucy me olha sorrindo com a boca suja de sangue e diz:
-Então cachorrinho, será que já aprendeu a ser dominado, ou precisa de mais aulas!?
-Hum... acho que umas aulinhas a mais, não seriam nada mal!
Começamos o ritual de excitamento e já estava por cima dela quando ouço a porta destravar e escuto passos que eu já conheço desde que era um BEBÊ!
-Não acha que já está na hora de ir para a cama Nicholas!- fala meu Pai!
-Pai! Você disse que eu poderia vir vê-la a noite!- digo tentando o convencer.
-Ver... não dormir! Ande vamos!- ele fala e eu me levanto com ódio.
-Você sabe que só está me fazendo te odiar né pai!- eu digo.
-Só estou fazendo o certo filho!- ele retribui.
Cubro Lucy com um lançou e lhe dou um beijo na testa.
-Amanhã eu volto, prometo!- falo e pego minha roupa a vestindo.
Após eu sair da sela meu pai tenta falar comigo:
-Filho... pre- o corto.
-Me deixa em paz!- e saio... vou caçar!
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Entre Inimigos
RandomÉ possível se apaixonar pelo seu maior inimigo? É totalmente improvável que aquela sanguessuga seja minha companheira... né!? Obs: Créditos à @juliaSmenezes pela capa. Plágio é crime!