Capítulo 11

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Nicholas:

Saio do banho e visto apenas um jeans casual e vou pra mesa de jantar.
Chegando lá eu vejo meus pais e irmãos.

-Cara porque você não veste uma blusa!?- pergunta Arom fingindo estar indignado.

-Porque eu não quero!?- responde simplesmente.- Tampinha!- complemento rindo.

Ele mostra a língua pra mim e mamãe nos repreende.

-Arom e Nicoh na mesa de jantar não!

-Sua mãe tem razão!- fala meu pai.

-Desculpa- falo simplesmente. E pergunto depois:

-Pai posso ir ver minha companheira?

- Apenas depois do jantar Nicholas!- fala em ordem e com um suspiro de frustração eu me sento à mesa.

-Como foi seu dia Nicoh?- pergunta minha mãe.

-Entediantemente longo!- falo burrado.

-Nicoh Você sabe muito bem que ela representa um perigo para todos nós estando livre não sabe!?- meu pai como sempre adivinhando meus mal-humores.

-Por enquanto pai!- falo incisivo.

Ele suspira e o assunto morre por isso mesmo.

Meus irmãos conversam com meus pais sobre a escola e amigos e festas de amigos e eu apenas enfio coisas na boca e mastigo, quando finalmente termino meu prato arrisco:

-Posso ir agora Alfa?- olho para meu pai que olha pra mim com desgosto.

-Pode.- responde

Levanto e saio da sala de jantar indo em direção ao porão. Ele fica no subsolo da nossa casa e é constituído de selas e salas de tortura sempre a usamos com nossos inimigos ou traidores para fazer interrogatórios ou simplesmente matar.

Vejo que meu pai a prendeu em uma das primeiras celas e me dirijo pra lá.

Para entrar ou sair da cela é preciso adicionar uma senha e nos identificar com a leitura da digital, só eu, meu pai e o chefe dos seguranças tem a senha e as digitais gravadas aqui.

Digito a senha numérica e ponho meu dedo indicador direito no leitor digital.

A porta destrava e eu entro. Minha pequena sanguessuga está deitada em posição fetal. Desse jeito nem parece a vampira que estava me atacando hoje de manhã, meu coração se comprime e me dirijo até ela.

Ela está realmente dormindo. Como a cama é de solteiro e não posso deitar do seu lado eu a pego no colo e deito com ela acima de mim.

Ela suspira ainda dormindo e me abraça. Eu sorrio e fecho meus olhos, adorando a sensação, acabo adormecendo.

Acordo assustado com Lucy gritando.

-Nnnnaaaaaoooooo... por favor NÃO, NÃO MACHUCA ELE NÃO!....

-Lucy!!! Linda ei- a chamo e ela finalmente acorda- calma anjo foi só um pesadelo- ela me olha e vejo lágrimas caindo de seus olhos incríveis.

-Promete que nunca vai morrer e me deixar sozinha! Promete!- ela fala me agarrando assustada.

-Ei calma linda! Calma eu prometo! Vem cá!- a abraço e ela me abraça com força de volta.

Vou beijando o topo de sua cabeça até ela se acalmar.

É aí que ela começa a cantar baixinho:

Essa é uma bela história de uma flor e um beija-flor, que conheceram o amor numa noite fria de outono.
E as folhas caídas ao chão da estação que não tem cor...
E a flor conhece o beija-flor e ele lhe apresenta o amor e todo o seu calor...
E diz que o frio é uma fase ruim, que ela é a flor mais linda do jardim, a única que suportou, merece todo seu amor...
Ai que saudades de um beija-flor que me beijou depois voou, pra longe demais, pra longe demais...
Saudades de um beija-flor,
Lembranças de um antigo amor.
O dia amanheceu tão lindo eu durmo e acordo sorrindo.

-Pra uma vampirinha que tá mais pra sanguessuga até que você canta bem!- digo sorrindo e ela me dá o pequeno tapa no peito que eu finjo que dói. Depois ela me olha arrependida e diz:

-Desculpa, não queria te machucar.- percebo que ela fica vermelha.

-Ahhh tapa de amor não dói!- falo gargalhando.

-Não me referi a tapa- diz e olha pro meu pescoço.

Entendo que ela me pede desculpa por ter me sugado até eu desmaiar.

Olho em seus olhos e sorrio assentindo com a cabeça e a beijo nos lábios em um consentimento velado de suas desculpas.

-Mas ainda odeio você!- ela fala emburrada- por sua culpa agora estou presa aqui!

Olho pra ela e suspiro.

-Okay, já nem ligo mais Lucy, pode me odiar o quanto quiser, te amo o suficiente pra aguentar suas crises de superioridade!

-E quem disse que eu me acho superior!?- fala ela empinando o nariz.

Apenas sorrio e a beijo nos lábios.

Ela me abraça e beija também.

Ficamos um tempo nos beijando e namorando na cama estreita.

-Nicho!?- chama Lucy.

-Sim vampirinha?- sorrio para ela de olhos fechados. Ela ainda está por cima de mim e eu tô adorando a sensação.

-Quero me alimentar!- ela fala e eu a olho.

-Contanto que não me mate... pode se fartar de meu sangue!- digo sorrindo e ela dá um sorriso de menina de matar o coração!

-Obrigado...Companheiro- sussura antes de me morder no pescoço.

Sinto a dor que já não é tão incômoda assim, agora ela parece... normal.

Ela suga enquanto esfrega seu corpo no meu e eu fico imediatamente excitado.

Quando termina Lucy me olha sorrindo com a boca suja de sangue e diz:

-Então cachorrinho, será que já aprendeu a ser dominado, ou precisa de mais aulas!?

-Hum... acho que umas aulinhas a mais, não seriam nada mal!

Começamos o ritual de excitamento e já estava por cima dela quando ouço a porta destravar e escuto passos que eu já conheço desde que era um BEBÊ!

-Não acha que já está na hora de ir para a cama Nicholas!- fala meu Pai!

-Pai! Você disse que eu poderia vir vê-la a noite!- digo tentando o convencer.

-Ver... não dormir! Ande vamos!- ele fala e eu me levanto com ódio.

-Você sabe que só está me fazendo te odiar né pai!- eu digo.

-Só estou fazendo o certo filho!- ele retribui.

Cubro Lucy com um lançou e lhe dou um beijo na testa.

-Amanhã eu volto, prometo!- falo e pego minha roupa a vestindo.

Após eu sair da sela meu pai tenta falar comigo:

-Filho... pre- o corto.

-Me deixa em paz!- e saio... vou caçar!

Entre InimigosOnde histórias criam vida. Descubra agora