A Revelação (Parte 1)

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Nas trevas, era o lugar onde eu me escondia, não podia enfrentar o sol. Meu sonho era poder sentir os raios solares infiltrarem minha pele novamente sem que eu deixasse de existir. Toda vez que o sol toca em alguém como eu queimamos até a morte. Eu era diferente das outras pessoas, meu guardião Rick me transformou quando me viu morrendo. Há um ano atrás dois homens entraram na minha casa e atiraram no meu pai e em mim, quando Rick chegou até o local só eu havia sobrevivido, mas não teria sido por muito tempo, se Rick não tivesse me transformado hoje estaria morta, agora sou imortal. Posso dizer que a cada dia que passa tenho mas sede e principalmente sede em descobrir por que alguém mataria a minha família a sangue frio. Chamo-me Meghan e posso dizer que a casada está só começando.

(...)

Estou com vinte e um anos e assim permanecerei para sempre. Vivo nas sombras, ando apenas na luz da escuridão. Meu guardião Rick me transformou há um ano e desde então sou eternamente grata a ele. Ele nunca me disse o porquê de ter me salvado naquele dia e nem o motivo daquelas pessoas estar atrás de mim e de meus pais. Ele só me disse que essas pessoas eram chamadas de caçadores de recompensas, mas não entendia o que eles estavam querendo, pois éramos pobres e não tínhamos bens materiais, então não existia razão para que essas pessoas quisessem nos caçar. Até parece que estou enfrentando uma  história de caçadores onde eu relutantemente sou a caça. Lembro- me de poucas coisas sobre aquele dia.

Estávamos jantando eu, meu pai Algenor e minha mãe Kira. Era praticamente uma regra jantar em família, eu era filha única e por esse motivo era mimada de todos os modos. Já passavam das 20h00 horas quando tudo aconteceu, dois homens chegaram de repente gritando.

- Pro chão, pro chão, agora.

Não entendi, no começo eu imaginei que fosse um assalto até eles perguntarem:

- Cadê o medalhão, Kira?

- Eu não sei.

- Como assim não sabe?

- Realmente eu não sei onde ele está, mas mesmo que eu soubesse não te diria.

- Ah! Então você prefere ver toda a sua família morrendo ao invés de me dizer onde está o medalhão?

- Sim, se for para salvar outras vidas das mãos de Nhor, sim.

- Mãe, do que eles estão falando?

- Agora não querida.

- Anda, levanta Kira. Acho que Nhor pagará uma boa recompensa por você - minha mãe levantou-se, e então rapidamente um dos homens a algemaram - essas algemas são imunes a magia.

- Eu não uso magia há muito tempo.

- Mãe? Eu não entendo.

- Querida, um dia você entenderá.

- Um dia, Kira? Você tem certeza que ela verá a luz do dia?

- Por favor, não os mate, eu irei com vocês.

- Sinto muito, é tarde de mais.

BEEEMM... A arma disparou, acertando primeiro em cheio o coração do meu pai. Fui correndo ao encontro dele, mas não havia nada que eu pudesse fazer. Eles apontaram a arma para mim e minha mãe disse:

- Não, por favor!

- Tudo bem, eu irei dar uma chance para ela, tendo uma morte lenta. - Os dois homens riram.

Assim, acontece que um deles atirou na minha perna direita, acertando a minha artéria femoral, o que levaria pouco tempo para que eu também morresse. Levaram minha mãe aos prantos e me deixaram lá para morrer de hemorragia, não havia como eu pedir socorro. O vizinho mais próximo ficava a 15 km de distância. Eu estava sozinha, a dor me imobilizou, já estava me preparando para morrer, quando de repente vejo alguém, a única coisa que eu me lembro depois disso era de acordar na minha cama. No começo achei que poderia ser apenas um sonho, levantei-me mais que depressa e fui até o quarto dos meus pais, mas eles não estavam, mas isso era normal. Fui até a cozinha encontrar a minha mãe porém não à encontrei. A casa estava muito escura, janelas fechadas, as portas e janelas com vidros estavam tampadas com um lençol escuro, quando estava prestes a abrir uma das portas alguém me puxa. Começo a gritar que nem uma doida, mais ele logo diz:

- Calma! Não precisa ter medo.

- Como assim não precisa ter medo? O que você fez com os meus pais?

- Eu não fiz nada com eles.

- Então onde eles estão?

- Você não se lembra de nada?

- Lembro de poucas coisas , mas achei que era um sonho.

- Um sonho? Quem me dera se fosse um sonho.

- Quem é você?

- Eu me chamo Rick, desculpa por ter te assustado.

- Tudo bem, mas não confio em você!

- Ok, Rick, lembre-se de nunca ajudar ninguem novamente, é isso que você recebe, uma desconfiança.

- Olha, eu não sei como você me curou, porque pra ser sincera não estou sentindo dor do tiro que levei nem estou vendo ou sentindo meus ferimentos, mesmo assim muito obrigado. Porém agora eu preciso ir procurar a minha mãe.

- Você não pode ir.

- Por que não? Sou sua prisioneira agora?

- Não, é claro que não. Eu só não posso deixar você ir agora pois é dia.

- Sim, é daí?

-E daí que transformei em uma vampira.

- Você está de zoação, não é? Isso não existe!

- É claro que existe e você é uma dessas criaturas agora.

- Tá e qual prova eu terei de que me transformei realmente em uma vampira?

-Beba isso.

- Isso é sangue?

- Sim. Beba e sua fome passará. Está com fome, não?

- Estou, mais não de sangue.

- Sim, sua fome é de sangue, apenas Beba e se saciara.

- Me dê isso.

Bebi todo o sangue muito rápido. Enquanto bebia percebi que eu realmente era uma vampira. Até agora não havia notado, mas eu tinha algo diferente nos meus dentes. Eu tinha duas presas. Eu realmente era uma vampira. Rick me explicou ao básico o que havia acontecido e me levou para sua casa onde eu moro até hoje. Sei o que eu sou e sei no que ele me transformou. Agora, devo a minha vida a ele.

( Continua)

Notas finais:

E ai galera, gostaram da primeira parte desse capítulo?

Votem por favor, pois seu voto me faz crescer.
:)

Revolution: A Guerra Entre os MundosOnde histórias criam vida. Descubra agora