ฯ Capítulo 14- Atormentadaฯ

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Queridos não sabem o quanto estou feliz pelas 200 visualizações, pode parecer pouco para alguns, mas para mim é um incentivo maravilhoso.
Obrigada a todos vcs, leitores maravilhosos.
SEM REVISÃO.
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-Você não acha que os rapazes estão muito estranhos?- Susan sussurrou por trás de mim.
-Eles são estranhos mas...- coloquei o lapis sob os lábios e olhei para ela por cima de meu ombro- Pensando bem, eles estão ainda mais.
-Acho que isso tenha a ver com os assassinatos daquelas garotas?- ela arqueeou as sobrancelhas pensativa.
-Eu tenho certeza.
Voltamos a prestar a atenção na aula de Biologia, e não tocamos mais no assunto até estarmos do lado de fora da escola.
-Será que eles descobriram algo?- segurei as alças de minha mochila e olhei para o ceu nublado, já havia algum tempo que o sol não brilhava em St. Louis.
-Acho que sim, que tal irmos na casa deles hoje conferir?- ela sorriu animada.
-Pode ser, meu castigo foi somente de uma semana. Eu gosto do fato de minha mãe ser compreensiva e redundante- sorri, minha mãe era o exemplo de mulher incrível que eu queria me tornar.
-Acho tão lindo a forma de que vocês se amam- seus olhos brilharam em pesar- Eu tinha esse mesmo laço com minha mãe, mas ai... ela se foi...
Eu não sabia o que dizer, nunca lidei muito bem com perdas, por isso sempre evitei me apegar as pessoas. Então de súbito a abracei, surprendedendo-a e até a mim mesma.
-Obrigada Katlin, eu precisava disso- ela apertou o abraço.
Nos soltamos, e voltamos a conversar sobre amabilidades do tempo em que éramos crianças.
-Desde criança você já sabia que era uma bruxa?- perguntei quase num sussurro.
-Sim. Meus pais sempre me ensinaram o que fazer com os feitiços e como usa-los- sorriu orgulhosa- Mas mesmo assim eu nunca fui tão forte.
-Sabe aquilo que eu te contei de quando fui sequetrada?
-A sua noite com Rhett?- ela arregalou os olhos azuis.
-Não. O que eu fiz com um dos sequestradores- brinquei com as mangas de meu casaco.
-Ah sim. Eu procurei algo em de meus livros de magia, e não achei nada parecido- ela juntou as sobrancelhas- Mas eu achei algo que talvez você gostasse de ver, mas pessoalmente.
-Amanhã depois da escola eu irei em sua casa- disse, a curiosidade se apossando de minha mente.
Quando percebi já estava na frente da casa de Rhett, na verdade cometi um equívoco. Mansão antiga e exuberante de Rhett.
-Nunca irei me cansar de achar a casa dele esplêndida- Susan comentou.
-Nem eu- concordei.
Entramos e assim que passamos pelo jardim, vi o quanto bem tratado era ele. A grama verde e bem cuidada, roseiras belíssimas e...
Minha atenção foi desviada para Susan que já entrava na casa, como se já fosse íntima do lugar.
-Caramba me espera- caminhei a passos largos até acompanhá-la.
-A casa parece estar vazia- ela olhou para os lados e gritou- Tem alguém presente?!
Vi uma parede entreaberta e ela automaticamente me chamou a atenção.
-Su...- olhei para o meu lado e ela já não estava em nenhum lugar visível- Maldição...
Revirei os olhos, o que poderia me machucar ali afinal.
Tudo querida. Minha voz do subconsciente respondeu sarcástica.
Ótimo então.
Avancei para a parede e a empurrei, a uma distância que eu pudesse passar.
-Tem alguem aqui?- perguntei timidamente.
Tudo estava escuro e eu quase voltei quando ouvi alguns sons mais a diante. Dei alguns passos para frente até avistar um lugar um pouco iluminado, parecido com um octógono daquelas lutas de MMA hesitei em prosseguir, mas então percebi que quem socava constantemente um saco preto de areia era Rhett.
Me aproximei mais, silenciando ainda mais meus passos para não interromper sua concentração.
Ele socava aquilo numa fúria descontrolada e avassaladora, seu cabelo negro caia pesado sobre sua testa por causa do suor, ele estava sem camisa e eu estava perdendo o fôlego com os musculos de suas costas se movendo a cada violenta investida sua contra o saco de areia. Percebi que ele tinha uma tatuagem negra, que não consegui distinguir que o deixava ainda mais sexy e instigante.
Ser gostoso assim deveria ser proibido. A parte lubrica de minha mente disse.
Mordi meu labio e engoli em seco. Eu estava hipnotizada com aquela imagem dele.
-Rhett- meu nome saiu imperceptivelmente de minha boca, no momento em que sua mão atravessou o saco de areia com força.
-O que está fazendo aqui?- perguntou rudimente.
-Eu... eu...- balancei a cabeça-Desculpa eu já estou indo.
Dei as costas e caminhei rapidamente na direção na qual eu tinha vindo, senti mãos grande envolverem minha cintura por trás e me puxarem para um corpo extremamente quente.
-O que está fazendo?- senti meus batimentos cardíacos se alterarem drasticamente.
-O que você quer inconscientemente- ele me virou para que eu ficasse de frente para ele.
-Eu não quero nada, não podemos você é o meu guardião- pus as mãos sobre seu peito quente e umido. Ele cheirava a luxúria e excitação.
-Claro que quer, essa sua boquinha sagaz diz uma coisa. Mas seu corpo que exatamente o contrário- ele me puxou mais para perto e enfiou a mão por meu cabelo puxando-o.
-Rhett não- afastei.
-Seu cheiro me deixa fora de mim- seus olhos encontraram-se com os meus- Você também me quer.
Não encontrei o brilho dourado que eu havia recém descoberto em seus olhos extremamente negros. Ele poderia não estar se consciente, ali poderia ser seu lado psicopata.
-Não eu não o quero- disse com a voz firme.
-Tanto faz- ele tentava esconder com uma expressão dura mais parecia decepcionado e magoado- Susan deve estar te procurando.
Ele me soltou e ficou de costas desaparecendo pela escuridão.
Não que eu não quisesse beija-lo com todo o meu ardor, mas aquilo não era bom. Ele poderia ser punido já que era meu guardião e eu... bem, eu não queria que ninguém se machucasse por minha causa. E fora que eu não conseguia me controlar quando a linha tênue de nossos corpos se rompia.

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