- "Alô?"
- "Talita, tudo bem? Obrigada por atender. Que saudade de ouvir sua voz no telefone, que saudade de você, da gente..." Resolvi cortar essa nostalgia e logo perguntei:
- "É.. Aconteceu alguma coisa pra você me lugar?"
- "Aconteceu... há 4 meses atrás. A pior coisa que eu poderia fazer na minha vida, a coisa que eu mais me arrependeria, a coisa que quebrou meu coração e o das pessoas que mais amo. Aconteceu que meu amor não é mais meu, a mulher que eu quero para formar uma família poderia formar com outro e o culpado sou eu".Não tinha como e nem porquê falar nada, ele chamou meu nome por duas vezes, quando tentei falar:
- "Rafa eu entendo que pode não ter sido tão fácil pra você quanto você demonstrou, mas não dá pra ignorar o que você fez. Se apenas tivesse terminado e ponto, tudo bem. Mas não, você desligava o telefone na minha cara, você passava para outras mulheres falarem coisas horríveis pra mim. Você manda snaps privados das suas baladas e até de conquistas. Porque isso? E pra que isso agora? Agora que eu estou bem, agora que eu consegui assimilar tudo que aconteceu. Porque logo agora?"
- "Não é de agora Talita, eu apenas agora tive coragem de ir atrás de você. Eu te vi com aquele cara na balada aquele dia e ali vi que não conseguiria viver sem você. E antes que me diga que é exagero, nesses 4 meses, os únicos momentos que me senti vivo foram os que tive contato contigo, foram os momentos em que você me procurou. E eu não falei contigo porque eu não conseguia, queria manter minha pose de superado armada. Eu não queria dar o braço a torcer, não queria que você tivesse certa mais uma vez e se eu ouvisse a sua voz, não resistiria. Me desculpe pela covardia, pelos momentos que lhe causei dor. Não to tentando me isentar de nada. Eu só preciso saber uma coisa de você..."
- "Que coisa?"