Bem-vindo à Storybrooke

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Storybrooke, dias atuais.

                                            


                                                                                          Emma

Minha vida nunca foi normal.

Hoje completava alguns dias que eu estava em Storybrooke. Depois de um garotinho visitar minha casa em Boston. Henry, meu filho primogênito, que eu tive a terrível ideia de abandona-lo em um orfanato logo após seu nascimento. A culpa desse erro eu carrego até hoje em meu coração.

Penso em mim, meus pais também me abandonaram ao nascer, mas isso não era motivo de querer fazer isso com meu filho. Queria dar a melhor chance para ele, gosto de pensar que meus pais tiverem esse mesmo pensamento. Mas ao contrário de mim, Henry foi adotado com alguns meses, já eu, fiquei minha vida indo e vindo de orfanatos.

Agora eu estava aqui tentando recuperar o tempo perdido com esse menino que agora já estava com oito anos de idade. Ele tem uma imaginação muito forte, é muito inteligente e suas feições me faz lembrar um pouco seu pai. Neal, pai de Henry, era uma parte de meu passado que eu gostaria de esquecer, ele era um ladrão, e em um de seus roubos ele acabou fugindo e eu acabei sofrendo as consequências. Mas a coisa mais cruel que Neal fez em sua vida, foi ter me dado esperança de ser feliz.

Como disse, Henry tinha muita imaginação, ele dizia que todos daqui da cidade eram personagens de contos de fadas, que uma terrível maldição lançada pela Rainha Má os trouxe para esse mundo sem magia, a agora eles estavam esperando uma salvadora para tirá-los desse coma. Eu achava a ideia fascinante, mas era só imaginação de uma criança de oito anos.

Henry, foi adotado pela prefeita de Storybrooke, Regina Mills, ele dizia que ela era a Rainha Má, da para acreditar? Tudo bem que ela tinha seu jeito arrogante, e superior, mas o titulo de Rainha Má ela não tinha.

Eu estava hospedada na pensão da Vovó, e decidi descer para tomar algo. A pensão era repartida em pensão atrás e uma pequena lanchonete na frente, mas a Vovó era como um ponto turístico importantíssimo na cidade.

Ao descer vi Graham, o xerife da cidade. Suas feições poderiam ser consideradas bonitas, quando me viu seus olhos me admiravam com curiosidade, ao contrário de mim que o fuzilava com o olhar. Tinha perdido o apetite com uma companhia dessas. Estava saindo da lanchonete quando um dardo acertou a poucos centímetro de minha mão encostada na porta. Ao olhar para trás vi que quem o atirará foi o xerife psicopata.

-Você está louco?- Eu disse ao vê-lo se aproximar de mim.

-Precisamos conversar Emma. – Ao chegar ao meu encontro, ele pegou meu braço e puxou para si. Seus olhos azuis me olhavam com ansiedade- Por favor.

-Não precisamos conversar Graham!-Digo por fim me livrando de seus braços e saindo da lanchonete.

Ao sair, comecei a caminhar sem rumo pelas ruas de Storybrooke, aquela cidade parecia mesmo muito estranha, as pessoas andavam sem olhar para os lados seguindo suas rotinas, seus olhares vazios eram percebidos de longe. Para uma cidade pequena, Storybrooke parecia uma cidade grande. Pareciam zumbis em busca de alimento.

Chego ao castelo de Henry, e o encontro sentado no nosso lugar especial. Era ali que nós encontrávamos para debater sobre a "operação cobra", codinome para "salvar os habitantes de Storybrooke da maldição". Eu sabia que era loucura, mas gostava de participar dessa loucura para ficar com ele.

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