6:00 a.m.
"Acorda, Allicia. Vamos tomar café." Minha mãe disse brutalmente quando entrou no meu quarto.
Me levantei e fui fazer minha higiene, depois fui para a cozinha onde já estavam todos reunidos, inclusive Drew. Me sentei em uma cadeira e ouvi minha mãe falar que tinha algo importante para falar conosco, e eu automaticamente me arrependi de ter levantado da cama para ouvir mais bobagens da minha mãe.
"Meus queridos filhos..." Ela mal tinha começado e eu já sentia ânsia de vômito. "Terei que fazer um evento em outro estado, e vou ficar fora por um tempo. Eu gostaria de leva-los comigo, mas infelizmente não posso. Não vejo porquê contratar uma babá, visto que vocês são grandes o suficiente para cuidarem sozinhos de si mesmo." Eu comemorava por dentro ficar livre do estresse que minha mãe me fazia passar, e vi, do outro lado da mesa, Augusto comemorar contidamente por poder ser livre em todos os sentidos. "Mas peço para que não destruam a casa inteira." Ela completou.
"Pode deixar, mãe. Só destruiremos parte dela." Augusto riu e minha mãe tentou se fazer de brava com ele. "Quando você parte?"
"Esse é o problema. Fui avisada de ultima hora, e terei que partir hoje a noite." Minha mãe contou, mas não havia problema algum, por mim ela partiria agora mesmo.
"Tudo bem, eu cuido da Allicia e da casa." Meu irmão se colocou na posição de homem da casa e eu revirei os olhos por ele se fazer o papel do responsavel.
Minha mãe concordou com meu irmão e se levantou para arrumar algumas coisas, e só então eu percebi que Drew havia presenciado todo o discurso de minha mãe.
A noite, eu, augusto e Drew fomos levar minha mãe até o aeroporto, e eu fiquei sufocada de ter que dividir o mesmo banco que um ogro. Minha mãe estava sentimental como nunca antes, e chegou a chorar, mas nem assim saiu do telefone. Quando minha mãe partiu, confesso ter sentido um aperto no coração, mas a maior parte gritava por liberdade.
Nós três, fomos jantar fora, com direito a entrada, prato principal e sobremesa. Ninguém disse nada, mas era quase uma comemoração, Augusto estava mais alegre com a partida da minha mãe do que eu imaginei, e a ocasião era tão boa que quase me esqueci o quanto odiava o amigo presente.
Na volta para casa, foi bem melhor. Augusto e Drew foram na frente, e eu me senti melhor sozinha no banco de trás do carro junto aos meus pensamentos. Quando Augusto estacionou o carro na frente de casa, ele não desceu. Ele tinha um sorriso enorme no rosto que quase não podia conter, chegava a ser assustador.
"Festa amanhã, aqui em casa!" Augusto disse empolgado para Drew, e eu só desejava a morte.
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MAIS FESTAS PARA ALLI.
PARA UMA GAROTA TÍMIDA, SUA VIDA É BEM AGITADA, CONCORDAM?COMENTEM O QUE ACHAM DELA.
xoxo
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