Heartbreaker

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Capítulo 1

Tinha acabado de sair da aula de ciências, como eu adora ciências, apesar de não o mostrar, não podia ter reputação de “nerd” ou algo do género, apenas não podia.

Subi as escadas até ai segundo piso, contei as portas a minha frente com imensas pessoas a saírem delas até chegar à catorze, a sala onde a Natalie estava, a minha melhor amiga, praticamente irmã, mas de pais separados.

A porta estava aberta, pus a cabeça para lá da porta para ver o que se passava, a professora estava noutro sermão com a Natalie, apesar de ela parecer um anjo, não é.

Puxei a cabeça para fora da sala e encostei o meu corpo contra a parede, tirei o telemóvel dos calções e fiquei a ver as mensagens recebidas, ser a “heartbreaker” da escola dá nisto, recebo hate das raparigas que amam os rapazes que me preferem sempre a mim em vez delas, e mensagens de rapazes ou a pedir uma segunda oportunidade, ou a pedir desculpa e mesmo outros a dizer coisas.

Passado uns minutos vi um corpo a sair da sala, desviei o meu olhar do telemóvel para a figura da Natalie ao meu lado, os corredores já estava vazios, só se via a continua a esfregar o chão graças ao sumo que alguém tinha derramado nele.

-Vamos – desviei o olhar da continua olhando para a Natalie, dando um sorriso fraco de seguida.

-Sim, vamos!

Virei-lhe costas e comecei a andar, rapidamente ela apareceu ao meu lado.

A Natalie era das poucas pessoas em que podia confiar, apesar de ela não ser parecida comigo, menina de um só rapaz, se ela estivesse com ele, amava-o com todo o coração, aplicada nos estudos e eu sei que eles vão-me fazer falta no futuro mas depois mostrarei o que sou capaz, só não quero ser chamada de nerd.

Assim que chegamos ao piso de baixo dirigi-me ao meu cacifo e ela ao seu, eram um ao lado do outro, peguei nos livros que lá se encontravam dentro e enfiei-os dentro da mochila, tranquei e sentei-me num banco à espera da Natalie.

Olhei para ela confusa a mexer e remexer no seu cacifo desorganizado, a pegar em livros e cadernos e a enfia-los dentro da mala.

-A festa sempre se mantei? – Ela suspirou, virando costas ao cacifo reagindo ao que eu tinha dito, elevou uma sobrancelha a outra.

-Achas que eu ia cancelar a fez-ta do ano? N-U-N-C-A – Ela disse enquanto me virava costas, dei uma pequena risada.

-E as coisas com o Josh? – Esperava que ela vira-se costas para me olhar nos olhos mas não, ficou estática na mesma posição.

-Vão bem –Ela disse um pouco amarga, engoli-o em seco e voltou a fazer o que fazia antes da pergunta.

-Tens a certeza? – Olhei para as suas costas um pouco desconfiada.

-Sim… só que… já não me responde ás mensagens à três dias, não atende as chamadas nem apareceu na escola, estou apenas preocupada – ela fungou depois de dizer isto, se a conheço, se não a reconforta-se ia começar em lágrimas.

-Não te preocupes – levantei-me e pus a mão no seu ombro, ela virou a cara e olhou para mim – ele está bem!

-Espero que sim!

Passado uns segundos, ela trancou o cacifo, pôs a mala no ombro e olhou para mim. Levantei-me e dirigimo-nos para o portão.

As nossas casam eram a cerca de um quilómetro dali, demorávamos no máximo dez minutos a chegar a casa.

Não demos por nada e tínhamos chegado, estávamos a falar dos preparativos para a festa de hoje há noite que estávamos a organizar, alugamos um sítio ali perto parecido com uma discoteca com uma grande acústica, daria para um DJ. Entramos em casa da Natalie para ela ir buscar algumas coisas para a festa, decorações e essas coisas, pousei a mochila no canto da parede da porta principal tal como a Natalie.

-Então do que precisamos? – Perguntei enquanto me dirigia a cozinha para ir buscar os croissants que a mãe da Natalie tinha deixado para nós, de seguida dirigi-me para a sala e sentei no extenso sofá onde também estava Natalie com um caderno e um lápis na mão.

-Iluminação, está? – Ela perguntou-me, não me deixando acabar o longo gole de copo de leite, em vez, um gole pequeno e forçado.

-Está tudo já montado, só falta mesmo a decoração! – Esclarecia pegando num dos croissants que estavam no prato em cima na mesa de centro.

-Até a mesa do DJ? – Ela olhou para mim embasbacada, ela pensava que eu não tinha feito nada, que seria a mesma preguiçosa de sempre.

-Sim, não te preocupes – pus o croissant já trincado em cima do prato, colocando a minha mão no ombro dela – vai correr tudo bem – falei-lhe como se ela fosse um bebé, rimos as duas.

-E DJ? O teu primo vem? – Ela falou um pouco nervosa e eu ri-me da feição dela – DESTINY! Pára de te rir – ela disse enquanto as maçãs de rosto dela ardiam.

-Sim o Zayn vem, mas na festa chama-lhe DJ Malik, ele prefere – deu um gole no leite levantando a cabeça para o liquido sair totalmente do copo, pegando de seguida no croissant para p terminar – Não comes?

-Não, não tenho tempo, vou buscar as decorações e vamos ok? – Ela não me deixou responder, apenas correu pelas escadas a cima e passado uns minutos, assim que eu terminei o meu croissant, ela apareceu – Ajuda-me aqui – levantei-me e peguei em algumas decorações que ela trazia para lhe tirar algum peso de cima –Vamos?

- Vamos- abri a porta e andamos até ao local, a Natalie pegou na chave e abriu o a porta fechando-a logo de seguida e trancando-a, subimos os pequenos 4 degraus com a gigante parede ao lado e tivemos visão para a pista de dança, para a mesa do DJ, as mesas, cadeiras, tudo o que se podia encontrar numa discoteca

- Então, ao trabalho, temos duas horas para decorar isto, voltar a casa e vestirmo-nos – Ela olhou para mim com um ar desafiador – Consegues?

- Consigo mais depressa do que tu –disse, desafiando-a

- Isso é o que vamos ver – demos uma alta gargalhada e começamos a decoração, passado meia hora, o espaço estava pronto.

-Quando é que o Zayn chega? –A Natalie perguntou-me, olhando para o relógio, já ia com a boca entreaberta para a reconfortar e dizer que ele chegava não tarda nada, mas alguém bateu há porta.

-Agora – ri-me baixinho olhando para o chão, desci os degraus e abri a porta ao Zayn, já não o via a alguns meses – ZAYN – demos um abraço apertado

- DESTINY – fez o mesmo que eu, o tom de voz enquanto me abraçava – Está tudo pronto?

Parei o abraço fazendo-o subir comigo e mostrar-lhe o espaço, principalmente a mesa do DJ, ele esteve a adaptar-se a ela enquanto eu e a Natalie fomos a casa trocar de roupa, ia levar um vestido preto com um cinto no fundo da barriga e uns sapatos com um salto pequeno, cerca de 5 centímetros, a Natalie levava um vestido bege na zona da saia com uma flor da mesmo cor em folhos no topo da saia no canto direito, a parte do tronco um rosa velho adornado com milhões de brilhantes e uns sapatos tão altos que me faziam impressão.

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⏰ Última atualização: Aug 08, 2013 ⏰

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